Geoprocessamento e geoeconomia: análises multidisciplinares está licenciado sob CC BY 4.0.Esta licença exige que as reutilizações deem crédito ao criador. Ele permite que os reutilizadores distribuam, remixem, adaptem e construam o material em qualquer meio ou formato, mesmo para fins comerciais. O conteúdo da obra e seus dados em sua forma, correção e confiabilidade são de responsabilidade exclusiva dos autores, não representando a posição oficial da Editora Amplla. É permitido o download da obra e o compartilhamento desde que sejam atribuídos créditos aos autores. Todos os direitos para esta edição foram cedidos à Editora Amplla.
Mercury (Hg) is a chemical element that, depending on its concentration, may become toxic to living organisms due to the ability of Hg to bioaccumulate in food chains. In this study, we collected samples of soil, litter and organisms in the Middle Araguaia floodplain, Brazil. Total mercury (THg) concentrations in litter were significantly higher (p < 0.0001) than that in soil, ranging from 10.68 ± 0.55 to 48.94 ± 0.13 and 20.80 ± 1.07 to 55 .19 ± 1.59 ppb, respectively. Total mercury concentration levels in soil showed a linear, inversely proportional relationship with soil organic matter (SOM) contents and soil pH, which is consistent with the geochemical behavior of chemical elements in flooded environments. Ten orders of organisms were identified and the average THg concentrations determined in their bodies were up to 20 times higher than those in soil and litter. We found a significant linear relationship between the levels of THg in litter and the levels found in soil organisms, thereby allowing the prediction of THg concentration levels in soil organisms through the analysis of litter at the sample units. The different dynamics and feeding habits of soil organisms, the concentration of THg in these organisms may be influenced by the course of the river. The bioaccumulation factor (BAF) calculated based on litter indicated the formation of trophic guilds, thus, BAF is a strong indicator of the trophic level of the sample units.
A emissão de mercúrio (Hg) por atividades antrópicas tornou-se um processo capaz de modificar o seu ciclo biogeoquímico natural. Os sedimentos são o principal compartimento para a metilação do Hg nos ecossistemas aquáticos, enquanto os solos superficiais são os maiores reservatórios de Hg nos ambientes terrestres. O objetivo deste estudo foi caracterizar as concentrações médias de mercúrio total (HgT) nos sedimentos dos córregos da Estação Ecológica de Águas Emendadas (ESECAE), em conjunto com a distribuição espacial do Hg nos solos superficiais da reserva, analisada a partir de dados secundários. Dados de sensoriamento remoto foram empregados para avaliar a influência da paisagem local nas concentrações médias de HgT. A concentração de mercúrio total (HgT) no sedimento variou de 16,12 a 96,80 ng.g-1, com média de 41,46 ± 28,01 ng.g-1. A avaliação do uso e cobertura do solo demonstrou que as áreas antrópicas são predominantes no entorno da ESECAE. A combinação entre o modelo digital de elevação e os autovetores indicou a orientação do HgT nos solos superficiais em direção às menores altitudes, favorecendo o acúmulo nos córregos. A tendência da distribuição decrescente do HgT de fora para o centro da ESECAE e as maiores concentrações nos córregos marginais às rodovias indicam a influência das atividades humanas desenvolvidas no entorno da área de estudo. Portanto, a combinação das análises espaciais foi eficaz para a determinação da distribuição de mercúrio nos solos superficiais e definição de locais mais vulneráveis à poluição.
Os sistemas de água doce neotropicais são importantes abrigos da biodiversidade global de peixes. Os tucunarés (Cichla spp) são peixes endêmicos dessa região biogeográfica, ocorrendo naturalmente no Brasil e outros países da América do Sul como Venezuela, Colômbia, Bolívia, Peru, Guiana Francesa, Guiana e Suriname. O interesse econômico pelo mercado de peixes ornamentais, da pesca esportiva, aquicultura e, sobretudo, a criação em reservatórios, culminaram na ampla introdução dos tucunarés nas demais bacias hidrográficas brasileiras e do mundo. O presente artigo teve como objetivo realizar uma revisão bibliográfica sobre a estrutura populacional de diferentes espécies do gênero Cichla introduzidas em ecossistemas não nativos no Brasil. A estrutura populacional foi caracterizada pela proporção sexual, comprimento e peso dos indivíduos. Fatores como as características reprodutivas e alimentares que contribuem para o estabelecimento das populações também foram comentados, bem como os possíveis impactos da introdução do tucunaré à ictiofauna nativa. Apesar da dificuldade de comparação direta dos dados obtidos em cada artigo, as populações de tucunaré demonstraram estar bem estabelecidas em reservatórios, tanto em sua amplitude de ocorrência natural quanto no semiárido nordestino e nas regiões Sudeste e Centro- Oeste do Brasil. A maioria dos estudos identificados em nossa busca foi realizada em reservatórios, reforçando a importância das pesquisas sobre o tucunaré nesses ambientes. No entanto, houve poucos estudos focados na avaliação da estrutura das populações de tucunarés em si. Considerando que estas espécies apresentam elevado potencial de causar impactos negativos à biodiversidade nativa, o monitoramento populacional contínuo é importante para identificar e mitigar os possíveis impactos.
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