Este artigo pretende investigar a clínica com bebês desde o ponto de vista da depressão materna. Primeiro, avaliando os efeitos da depressão materna e de crises agudas de angústia da mãe sobre o bebê recémnascido. Segundo, investigando as reações do bebê à depressão, partindo da observação de que, ao contrário do que se pensa normalmente, os bebês são capazes de reagir, defender-se e oferecer saídas em condições de intensa carga afetiva, tal como o são a depressão ou crises de angústia excessiva, como o pânico. Elabora-se, então, a hipótese de o bebê funcionando como um “anteparo à angústia materna” e minimizando os efeitos da angústia para a mãe e para si. Tal hipótese traz novas e importantes aberturas para a clínica, uma vez que permite que novas formas de intervenção sejam realizadas diretamente com os bebês, ampliando assim o horizonte clínico e criando indagações ainda incipientes no tocante à psicopatologia e metapsicologia psicanalíticas.
Este artigo pretende discutir a clínica do autismo a partir de aspectos referentes à transferência e ao surgimento do sujeito. O autismo, momento da constituição anterior à formação da <(imagem corporal" e do "eu ", é um momento onde não podemos ver um sujeito constituído. A falta de olhar, de linguagem, o isolamento ativo, a recusa ao outro, nos fazem ver uma criança para quem as instâncias da consciência e do inconsciente não estão ainda instituídas. Na transferência pode ocorrer um desinvestimento por parte do analista, o que fará obstáculo à continuação do tratamento. Ε preciso que o analista possa permitir a continuidade do circuito pulsional, supondo sempre um sujeito, mesmo onde ele parece não querer existir ou se fazer mostrar. Disto, resulta a possibilidade de todo tratamento do autismo.
Este artigo é resultado do esforço coletivo para a conclusão de uma disciplina de Preparação Pedagógica para o Ensino Superior, cuja sugestão foi um debate focado no eixo Educação e Gênero. A partir desta proposta, pretendemos problematizar o discurso da Escola sem Partido, projeto de lei que se diz politicamente neutro, mas se mostra, pelo contrário, aderido ao combate da chamada ideologia de gênero, carregando valores de moral e religião bem específicos, característicos de uma visão conservadora e de perpetuação das desigualdades de gênero. Para a discussão, retomamos principalmente a concepção da educação enquanto prática emancipadora, tal qual abordada por Adorno e Paulo Freire, pois ambos supõem sujeitos ativos e questionadores, potencialmente transformadores da sociedade e, portanto, com potencial para a superação do sexismo e machismo. Como conclusão, reafirmamos a educação como lócus privilegiado e fundamental para que possamos avançar em tantas questões relativas à violência e discriminações estruturais entre homens e mulheres.
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