O controle da verminose gastrintestinal de pequenos ruminantes representa grande desafio no manejo sanitário destas espécies. O aumento de casos de resistência dos parasitos aos diferentes princípios ativos tem gerado uma demanda por alternativas de controle não químico, como a seleção de animais que são geneticamente resistentes aos parasitos. Com o objetivo de identificar animais resistentes e susceptíveis aos helmintos gastrintestinais foram realizados dois experimentos, estudando 70 ovelhas e 28 caprinos. A contagem de ovos por gramas de fezes (OPG), valores de hematócrito (Ht), contagem de eosinófilos sanguíneos e classificação pelo método FAMACHA© foram utilizados na análise de Cluster para esta identificação. No primeiro experimento, 11 ovelhas (28,9%) foram classificadas como resistentes e 11 (28,9%) como susceptíveis. Após a classificação, o rebanho foi acompanhado e as médias dos animais em período de lactação, para o grupo de resistentes e susceptíveis, foram de 435,2 e 3924,0 OPG; e de 1,5 e 1,9 para o FAMACHA©, respectivamente. Já para as ovelhas fora do período de lactação, as médias foram de 80,0 e 354,4 OPG para resistentes e susceptíveis, respectivamente, e de 1,3 para o FAMACHA©, para ambos os grupos. No segundo experimento, em 28 caprinos, usando dados do FAMACHA©, foi possível classificar como susceptíveis 10,7% dos animais e 17,85% como resistentes. Quando foram utilizados somente os dados de OPG, também houve uma separação em grupos. Porém, o resultado obtido pelo FAMACHA© é o mesmo do OPG somente quando se tratam dos animais susceptíveis. O FAMACHA© identifica animais resilientes (capazes de suportar os efeitos da infecção parasitária) e não necessariamente resistentes (capazes de evitar o estabelecimento da infecção). O método FAMACHA© pode ser útil na classificação de animais em susceptíveis e resistentes/resilientes aos helmintos gastrintestinais, desde que utilizado a longo prazo e em rebanhos com maior grau de infecção parasitária.
O objetivo deste trabalho foi comparar a eficácia da ivermectina em formulação oral em gel com a formulação “pour-on” em eqüinos. Foram utilizados 24 animais, distribuídos em dois grupos (n=12), onde o grupo 1 recebeu ivermectina por via oral e o grupo 2, por via “pour-on”. Foram realizados exames coproparasitológicos antes da administração do anti-helmíntico para se obter os valores de ovos por grama de fezes (OPG) e dividir os grupos de forma a se obter uma carga parasitária semelhante em número. Os exames coproparasitológicos foram realizados aos 7, 14, 21 e 28 dias após administração dos medicamentos. Verificou-se que o tratamento via oral apresentou redução significativa da contagem de OPG (p<0,05), o que não ocorreu nos animais quando a ivermectina foi aplicada sob a forma “pour on”. Foi possível concluir que a formulação existente da ivermectina “pour-on” usada em bovinos não é eficaz para eqüinos, não sendo indicada a sua utilização nessa espécie.
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