ResumoTendo como base os estudos recentes sobre as sexualidades e os gêneros e, em especial, os relativos à diversidade sexual, este artigo promove uma discussão ética sobre as vicissitudes da clínica psicológica com a população LGBT (lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais). Para tanto, problematizamos a construção sócio-histórica-cultural da homossexualidade e da heterossexualidade, as hierarquias das sexualidades e algumas ações terapêuticas na clínica direcionada ao público não-heterossexual, tendo em vista a Resolução do Conselho Federal de Psicologia nº 1/99 que estabelece normas de atuação para os psicólogos em relação à questão da orientação sexual. Desse modo, matizamos o discurso da clínica usualmente orientada para o trabalho com pessoas heterossexuais, pensando de modo crítico o trabalho desenvolvido com sujeitos que transitam entre a vulnerabilidade e a invisibilidade devido a sua dissidência dos preceitos heteronormativos.Palavras-chave: clínica psicológica; diversidade sexual; homossexualidade; ética. AbstractThe psychological clinic and the LGBT public
This paper presents the results of a study carried on with 2,159 male and female high school students from three cities in the countryside of São Paulo State, Brazil. The data obtained by a Likert scale were analyzed by a multivariate statistical technique. Regarding the factor analysis, the method used for extracting the factors was the major component and oblique rotation method, in which the six factors obtained aid to interpreting the possible correlations among the homophobic views presented in items. The study revealed that moderate tolerance for gay, lesbian and transgender people in this young sample is a reality that needs attention of public policies in education targeting strategies for the deconstruction of gender stereotypes and eradication of homophobia, lesbophobia and transphobia among adolescents.
RESUMO Este trabalho é parte de uma dissertação de mestrado que estudou o modo como estigmas e estereótipos a respeito da lesbianidade influenciam a vida, na esfera da sexualidade, de mulheres que se autodenominam lésbicas, residentes em uma cidade do interior do Estado de São Paulo. O estigma aqui analisado é que lésbicas são mulheres que se frustraram com homens. Tentamos mostrar, a partir das narrativas das participantes da pesquisa e baseando-nos nos estudos de gênero e feministas, como o sistema heteronormativo naturaliza a masculinidade aos homens, a feminilidade às mulheres, e legitima os discursos sobre as lesbianidades a partir do referencial da heterossexualidade. Buscamos mostrar, ainda, algumas estratégias do biopoder para a manutenção desse sistema e, a partir de entrevistas em profundidade, apresentamos como as participantes da pesquisa (mulheres que se autodenominam lésbicas) se articulam com esse estigma e o re-significam a partir de suas próprias narrativas. Essa pesquisa
Este artigo é parte de uma dissertação de mestrado que estudou o modo como estigmas e estereótipos a respeito da lesbianidade influenciam a vida, na esfera da sexualidade, de mulheres que se autodenominam lésbicas. Baseando-se nos estudos de gênero e feministas, questionamos as legitimações da sociedade heteronormativa apresentados como discursos arbitrários sobre a vivência da lesbianidade – a promiscuidade e a ilegitimidade sexual. A partir de entrevistas em profundidade, apresentamos como asparticipantes da pesquisa (mulheres lésbicas) discursam sobre esse estigma na construção de suas subjetivações, por meio de narrativas de suas histórias de vida. Essa pesquisa foim financiada pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo – FAPESP, e realizada pelo Programa de Pós-Graduação da Universidade Estadual Paulista – Campus de Assis-SP.
este artigo, articular as maneiras como mulheres, que se autodenominam lésbicas, vivenciam e consideram as masculinidades e as feminilidades. Os discursos foram colhidos por meio de entrevistas semidirigidas, realizadas com dez mulheres em idades variadas, residentes em municípios do interior paulista e paranaense. Buscou-se referencial teórico em autores pós-estruturalistas que abordam a construção social dos gêneros e dos sexos como categoria de análise, necessário para reflexão dos processos de subjetivação que estão permeados pelas materialidades e transitoriedades inerentes aos contextos sociais, históricos, culturais, políticos e territoriais.Palavras-chave: Lesbianidade. Gênero. Masculinidade. Feminilidade.Our propose in this article is to articulate the ways how women that call themselves lesbians, live and consider the masculinities and the femininities. The discourses were obtained through semi-structured interviews with ten women from different ages, who live in different towns in São Paulo and Paraná states. Theoretical references were sought in poststruturalists authors who approach the social construction of gender and sexes as category analysis, necessary for the reflection of the subjectivity processes that are permeated by materiality and transitoriness that are inherent to social, historical, cultural, political and territorial contexts.
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