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Este artigo tem como escopo analisar as propostas e os diagnósticos apresentados por importantes atores que estiveram à frente da organização e gestão da assistência social, no Rio de Janeiro, então capital federal, o jurista Ataulfo Nápoles de Paiva, o médico Luiz Barbosa e o criminólogo Evaristo de Moraes. Objetiva-se recuperar os modelos institucionais de amparo social, propostos por essas importantes referências na medicina e no setor jurídico, as quais apoiaram ações voltadas para a construção de um sistema de socorros aos desvalidos no Distrito Federal. De igual maneira, procuramos avaliar as práticas médico-assistenciais hegemônicas durante os primeiros anos do século XX e identificar como esses reformadores sociais pensaram os papéis que competiam ao Estado liberal e à filantropia na gestão da assistência.
Este artigo avalia, através de charges publicadas na revista O Malho entre 1902 e 1910, a percepção dos caricaturistas e/ou editores desse periódico acerca dos processos políticos republicanos – a prática eleitoral, a classe política e suas instituições – e de como tal interpretação era divulgada. As publicações revelam a dinâmica eleitoral e os resultados dos pleitos, tradicionalmente criticados como excludentes, previsíveis e fraudulentos. Tais manifestações tornaram-se objeto de pesquisas recentes e vêm demonstrando que as eleições eram mais competitivas do que aparentavam. Buscamos relacionar a visão política da Revista O Malho aos trabalhos historiográficos atuais que abordam e revisitam a interpretação dos pleitos eleitorais.
Este artigo avalia a gestão infantojuvenil no Distrito Federal por duas instâncias – a Polícia, a quem cabia zelar pela ordem social, e os juízes da Câmara de Apelação, cuja atribuição consistia em analisar as solicitações de habeas corpus, impetradas pelos menores internos da Colônia Correcional dos Dois Rios (CCDR) – entre 1910 e 1920. Criada pelo governo republicano, em 1893, a instituição gerida pela polícia deveria corrigir pelo trabalho, adultos condenados e menores infratores na Ilha Grande (RJ). Em vista disso, a ênfase recai sobre o trabalho policial, dado que competia a seus agentes a missão de investigar a vida dos menores e suas famílias, além de produzir representações sobre eles. Assim, indaga-se sobre as diretrizes que guiaram os agentes responsáveis por deliberarem os destinos dos internos em Dois Rios. De igual maneira, investigamos os discursos construídos pelos menores e por suas famílias com o fim de convencer o chefe de polícia de que eram merecedores da liberdade. Por fim, buscamos delinear o perfil das famílias dos menores. Os referenciais teóricos estão centrados nos estudos de Foucault, Bretas, Godelier, entre outros. Acredita-se que ao revisitar a gestão infantojuvenil contribuiu-se para a escrita de uma história social da infância abandonada na Primeira República.
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