O objetivo deste artigo foi investigar as repercussões do nascimento prematuro do bebê sobre o(s) seu(s) irmão(s), sob a perspectiva materna, durante a internação do recém-nascido na Unidade de Terapia Intensiva Neonatal. O estudo contou com a participação de 37 mães, entrevistadas no 15º dia após o parto. Elas responderam a instrumentos que contemplaram dados demográficos familiares, informações clínicas do bebê e da mãe, e a experiência da maternidade no contexto da prematuridade. A entrevista sobre maternidade continha questões acerca do irmão do bebê, cujas respostas foram examinadas a partir de análise de conteúdo qualitativa. Os resultados revelaram alteração na rotina dos irmãos em razão da maior ausência materna. Os sentimentos e reações dos irmãos incluíram questionamentos, preocupações, ciúme e ansiedade, ao lado de contentamento e curiosidade. A visita do irmão ao bebê prematuro não foi permitida por alguns hospitais. Evidencia-se a importância de os irmãos serem atendidos em suas necessidades de cuidado nesse período de hospitalização do bebê.
RESUMO -Buscou-se identificar fatores associados à não adaptação do bebê na creche, tais como, temperamento do bebê, relações pais-bebê e crenças e práticas ligadas aos cuidados alternativos. Participaram quatro famílias, cujos bebês entraram na creche entre 10 e 12 meses de idade e foram retirados por não adaptação segundo avaliação dos pais. Realizou-se entrevistas na gestação, 3, 8 e 12 meses do bebê. Análise de conteúdo qualitativa revelou que os fatores mais relevantes na compreensão da não adaptação relacionaram-se à dinâmica da interação pais-bebê, a saber: sentimentos ligados à separação e forma com que os pais vivenciaram o ingresso na creche. Os resultados sugerem a importância de ações que promovam acolhimento à situação de separação pais-bebê na transição para a creche. ABSTRACT -We aimed to identify factors associated with the not adjusting of babies to daycare, such as, baby's temperament, parents-baby relationship and beliefs and practices about alternative care. Participants were four families whose babies entered into daycare between 10 and 12 months of age and were removed by not adjusting as evaluated by their parents. Interviews were applied during pregnancy, and when the baby was three, eight and twelve months old. Qualitative content analysis indicated that the most relevant factors to understand the not adjustment were related to dynamics of parents-baby interaction, like: feelings related to separation and the way that parents experienced daycare center entrance. The results highlight the importance of promoting the acceptance of parents-baby separation in transition to daycare. PalavrasKeywords: adjustment of babies to daycare, parents-baby separation, case study De maneira geral, parece haver um consenso entre profissionais e pais sobre a importância de que os primeiros dias de um bebê na creche precisam ser tratados de maneira especial para facilitar a sua adaptação. No Brasil, o Referencial Curricular para a Educação Infantil (Brasil, MEC/SEF, 1998) sugere a presença de familiares durante o período de adaptação, uma inserção gradual da criança na creche e o respeito à variabilidade do tempo de adaptação de cada criança. Embora diretrizes gerais para a atuação dos profissionais, já estejam bem consolidadas, a complexidade do momento de transição família-creche traduz-se em desafios sutis de como lidar com as especificidades de cada caso.Essa complexidade se expressa, por exemplo, na dificuldade de definição do próprio conceito de adaptação. Por exemplo, Aloa (2008) chamou atenção para duas dimensões do conceito: 1) adaptação como transição família-creche, que envolve o processo de mudança no contexto de desenvolvimento da criança e nas relações pais-bebê; e 2) adaptação como o resultado esperado na criança após o período de transição. O presente estudo focaliza em especial a primeira dimensão, a adaptação como transição família-creche. Para Strenzel (2002), a transição tem sido entendida como um processo que se inicia quando os pais efetivam a matrícula de sua criança. Já para Ferreira...
A preparação para a alta do bebê prematuro, que precisou ficar internado em uma Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (UTI Neo) após o nascimento, é um processo complexo, permeado por diversos sentimentos e expectativas das mães. O objetivo do presente estudo foi investigar os sentimentos e as expectativas maternos no momento próximo à alta hospitalar de seus bebês nascidos prematuros. Participaram 42 mães, que responderam a uma entrevista estruturada quando o bebê estava a poucos dias de receber alta. Uma análise qualitativa revelou maior envolvimento das mães nos cuidados com o bebê em relação aos momentos anteriores da internação, sendo um período marcado por mais contato e proximidade entre a díade. Destaca-se a relevância do papel da equipe, incentivando esse envolvimento e sendo parte importante da transição para o cuidado materno. Esse momento também foi marcado por sentimentos diversos e contraditórios e pela expectativa materna de poder contar com a ajuda de outras pessoas da família nos cuidados em casa. Evidencia-se a importância de que a alta do bebê seja planejada desde o início da internação, considerando-se as especificidades emocionais de cada mãe.
A embolização arterial gástrica (EAG) é uma das terapias minimamente invasivas que vêm sendo estudada como alternativa à cirurgia bariátrica, a fim de se mitigar possíveis complicações cirúrgicas. A EAG é realizada há mais de 40 anos para tratamento de hemorragias gastrointestinais, porém mais recentemente pesquisadores estudam a hipótese de que o procedimento possa ser realizado com finalidade anorexígena, associando a redução na produção do hormônio grelina à perda ponderal alcançada. Essa revisão sistemática objetiva sumarizar os resultados obtidos nos últimos 5 anos, avaliando a eficácia e segurança da EAG com finalidade anorexígena e sua relação com o hormônio grelina. Metodologia: Foi feita busca cruzada com os descritores "gastric artery embolization" e "obesity", retirados do DeCS/MeSH, nas bases de dados Pubmed, MEDLINE e Cochrane Library. Resultados: Essa revisão revelou 87 pacientes obesos submetidos à embolização da artéria gástrica esquerda, com perda ponderal média de 9,32% (T= 6,9 meses) e redução média dos níveis séricos de grelina de 15,05% (T= 6 meses). Discussão: Até o momento, os resultados sugerem que a EAG pode ser uma técnica segura, porém não eficaz para o tratamento da obesidade. Considerações finais: Considerando-se que a cirurgia bariátrica proporciona perda de peso sustentada entre 45-80% em até 2 anos, são necessários ensaios com N maior para avaliação de perda ponderal sustentada proporcionalmente à queda dos níveis de grelina, pois estatisticamente a relação entre as variáveis não se comprova. Além disso, são necessárias pesquisas com maior duração para análise de potenciais complicações a longo prazo.
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