O presente trabalho tem por objetivo analisar como a Amazônia Brasileira é representada em um filme de ficção. Diante de uma série de títulos voltados para os mais diversos públicos, escolhemos A Floresta de Jonathas, lançado em 2013, filme voltado para o público infanto-juvenil que narra o romance entre Jonathas, um garoto nativo do Amazonas e Milly, garota estrangeira (ucraniana) que visita Manaus em busca de lazer e aventura. Para análise dos enunciados, tomamos os filmes como dispositivos pedagógicos que fazem circular representações que são capazes de produzir efeitos sociais que se traduzem em regime de verdade que nos ensinam formas de ver e dizer a Amazônia, bem como as pessoas que lá habitam. Buscamos em Michel Foucault os conceitos de discurso, poder, enunciado, dispersão e subjetivação para embasar nossas análises. Foi possível observar, a partir do objeto que elegemos para este estudo, que de uma forma geral a Amazônia é representada como local inóspito e distante. Para os moradores locais é um local de aprisionamento e para os que vêm de fora, a promessa de exotismo, beleza e aventura. O enredo do filme mostra o espaço que ora é representado pelo misticismo (presente em elementos femininos como a floresta e a mãe do protagonista), ora por sua força e poder ao castigar aqueles que lá se aventuram.
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