IntroduçãoA primeira relação sexual, considerada um marco na vida dos jovens, tem iniciado cada vez mais precocemente. No contexto brasileiro, a idade média da primeira relação sexual é de 14 anos para o sexo masculino e 15 para o feminino 1 .As mulheres priorizam o sentimento de "entrega e amor" na primeira relação sexual, ao mesmo tempo em que existe o desejo de se descobrir, impõe-se a necessidade de se "preservar". Em contrapartida, a experiência sexual masculina é vista como um ganho, sustentando o poder da masculinidade 2 . Estudo revela que jovens tendem a não usar preservativo no início de sua vida sexual e definem esta relação como casual. Os principais motivos alegados para a sua não utilização de modo consistente são: não gostar de usá-los, confiar no parceiro e a imprevisibilidade das relações sexuais 3 .Além disso, há uma relação entre o uso de ál-cool e outras substâncias psicoativas com comportamentos sexuais de risco na adolescência 4 . Ademais, investigações indicam que a iniciação sexual precoce está associada a um maior risco de contaminação por doenças sexualmente transmissíveis (DST) e gravidez na adolescência 5,6,7 . A literatura científica sugere que os fatores associados à iniciação sexual dependem de aspectos culturais. O uso de substâncias apresenta associação significativa com iniciação sexual precoce em países europeus e nos Estados Unidos, ARTIGO ARTICLE
O objetivo foi verificar a prevalência de transtornos mentais comuns (TMC) e sua associação com qualidade de vida em jovens da cidade de Pelotas, Rio Grande do Sul, Brasil. Estudo transversal de base populacional com jovens de 18 a 24 anos. A seleção amostral foi realizada por conglomerados. Para a investigação dos transtornos mentais comuns foi aplicado o Self Report Questionnaire (SRQ-20), enquanto os níveis de qualidade de vida foram mensurados por intermédio da Medical Outcomes Survey Short-form General Health Survey (SF-36). A prevalência de TMC na amostra estudada foi de 24,5% (N = 382), apresentando-se mais evidente entre as mulheres, entre aqueles que pertenciam à menor classe socioeconômica (D ou E), não estavam estudando, não estavam trabalhando, consumiram álcool e usaram tabaco pelo menos uma vez na última semana e que fizeram uso de alguma substância ilícita nos últimos três meses. Os jovens com TMC obtiveram uma menor média nos escores da SF-36 em todos os domínios de qualidade de vida avaliados. Deve-se investir em medidas preventivas de TMC no intuito de proporcionar uma melhor qualidade de vida à população.
IntroduçãoA gestação é um período de transição que faz parte do desenvolvimento humano. Há transformações no organismo da mulher e no seu bemestar, alterando seu psiquismo e o seu papel sociofamiliar, podendo assim, ser um período em que se observam aumentos de sintomatologias, ou mesmo, o desenvolvimento de transtornos psiquiátricos 1,2 .Transtornos mentais comuns (TMC) incluem sintomas depressivos não-psicóticos, ansiedade e queixas somáticas que afetam o desempenho das atividades diárias. Os sintomas dessa categoria são: dificuldade de concentração e de esquecimento, insônia, fadiga, irritabilidade, sensação de inutilidade, e queixas somáticas, entre outros 3 . Na população geral, os TMC apresentam prevalência de 22,7% (17,9% entre os homens e 26,5% entre as mulheres) 4 . Enquanto estudos com a população de gestantes e mesmo instrumento de aferição têm encontrado prevalência um pouco maior, sendo 33,6% em estudo no Paraguai 5 e 43,1% em Recife no Brasil 6 .Pesquisas têm mostrado vários fatores associados aos TMC, tais como, baixo nível de escolaridade e/ou socioeconômico, maior faixa etária, sexo feminino, ser solteiro ou estar divorciado, estar desempregado ou não ter nenhuma ocupação, tabagismo, alcoolismo, sedentarismo e insatisfação com a imagem corporal 4,5,6,7,8,9,10,11,12,13 .ARTIGO ARTICLE
Is important to evaluate suicidal potential and related factors during pregnancy among women who have attended public health services. To determine the suicidal potential, question 10 from Edinburgh Postnatal Depression Scale (EPDS) was used. In this sample (N = 1,334), 8.1% of pregnant women demonstrated suicidal potential. The potential risk factors for suicide in depressed pregnant women were being single, divorced or widowed, thinking about having an abortion, and having anxiety symptoms; in nondepressed pregnant women were lower age, low education level, low socioeconomic class, thoughts about having an abortion and anxiety symptoms.
ResumoObjetivo: Investigar a associação entre depressão e qualidade de vida em jovens de 18 a 24 anos de idade. Método: Estudo transversal de base populacional, composto por 1.560 jovens de 18 a 24 anos residentes na zona urbana de Pelotas (RS). A seleção amostral foi realizada por conglomerados: da divisão censitária de 448 setores, 97 foram sorteados aleatoriamente. A avaliação da depressão foi realizada através do Mini-International Neuropsychiatric Interview (MINI), e a qualidade de vida foi mensurada pela Medical Outcomes Study Short-Form General Health Survey (SF-36), ambos validados para uso em língua portuguesa. Resultados: A prevalência de depressão foi de 12,6%. A média dos escores de qualidade de vida entre os oito domínios do SF-36 foi menor entre os jovens com depressão, apresentando associação significativa no teste t para todos os domínios (p = 0,000). Conclusão: Jovens com indicativo de depressão apresentaram menores níveis de qualidade de vida nos domínios explorados. Descritores: Depressão, qualidade de vida, adulto jovem, estudos transversais. AbstractObjective: To investigate the association between depression and quality of life in young adults aged 18 to 24 years. Method: This cross-sectional, population-based study included 1,560 young adults aged 18 to 24 years living in the urban area of Pelotas, southern Brazil. Sample selection was based on cluster sampling: of a total of 448 sectors, 97 were randomly selected. Depression was assessed using the Mini-International Neuropsychiatric Interview (MINI), and quality of life was measured using the Medical Outcomes Study Short-Form General Health Survey (SF-36), both validated for use in Brazilian Portuguese. Results: The prevalence of depression was 12.6%. Mean scores obtained for quality of life in the eight domains assessed by SF-36 were lower in depressive young adults, reaching statistical significance in all domains when assessed using the t test (p = 0.000). Conclusion: Young adults with signs and symptoms suggestive of depression presented lower levels of quality of life based on the domains assessed. Keywords: Depression, quality of life, young adult, cross-sectional studies. Artigo original Correspondência IntroduçãoA depressão se tornou um problema de grande importân-cia nos dias de hoje e parece estar relacionada a uma rea ção ao mundo moderno. O Relatório Mundial de Saúde 1 expõe que a urbanização, o envelhecimento e as mudanças globalizadas nos estilos de vida combinam-se entre si para tornar as doenças crô-nicas e não transmissíveis -incluindo a depressão -causas cada vez mais importantes de morbidade e de mortalidade.Segundo o Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders, 4th edition (DSM-IV) 2 , o transtorno depressivo maior, comumente chamado de depressão, caracteriza-se por um perí-odo mínimo de 2 semanas durante as quais predomina um humor deprimido ou perda de interesse ou prazer por quase todas as atividades. Em crianças e adolescentes, o humor pode ser irritável ou rabugento em vez de triste. O indivíduo também ...
OBJETIVO: Avaliar a prevalência de ideação suicida, assim como de seus fatores associados, em adolescentes entre 15 e 18 anos da cidade de Pelotas (RS). MÉTODOS: 960 adolescentes responderam a um questionário autoaplicado e sigiloso em estudo transversal de base populacional. A ideação suicida foi aferida por meio do item 17 do SRQ-20, que avalia transtornos psiquiátricos menores. Para a análise estatística, utilizou-se a regressão logística. RESULTADOS: A prevalência de ideação suicida foi de 7,7%. A baixa escolaridade da mãe, a baixa escolaridade do adolescente, o sedentarismo, o uso de álcool e de outras substâncias e o comportamento agressivo mantiveram associação estatisticamente significativa com ideação suicida. CONCLUSÃO: Programas preventivos devem preferencialmente atingir adolescentes de baixa escolaridade que apresentem comportamento agressivo e relatem uso de substâncias.
ResumoEste estudo teve por objetivo verificar a relação entre a presença de transtornos de ansiedade e risco de suicídio em jovens. Em delineamento transversal de base populacional, os jovens respondiam a um questionário sobre questões sociodemográficas, comportamentais e de saúde. Avaliou-se o bem-estar psicológico através da Escala de Faces de Andrews e consumo de substâncias foi efetuado pelo Teste de Triagem do Envolvimento com Álcool, Cigarro e Outras Substâncias, (Alcohol, Smoking and Substance Involviment Screening Test -ASSIST). A Mini Internacional Neuropsychiatric Interview 5.0 avaliou transtornos de ansiedade e o risco de suicídio. Dos 1.621 jovens entrevistados, 20,9% apresentaram algum transtorno de ansiedade e 8,6% risco de suicídio. A presença de algum transtorno de ansiedade esteve significativamente associada ao risco de suicídio (RP 6,10 IC95% 3,95 a 9,43). Dessa forma, salienta-se a importância de maior atenção ao risco de suicídio também em pacientes com transtornos de ansiedade. Palavras-chave: Suicídio; Ansiedade; Distúrbios Mentais. Suicide risk in young adults with anxiety disorders: population-based study AbstractThis study aimed at investigating the relationship between the presence of anxiety disorders and suicide risk in young adults. In a cross-sectional population-based design young adults answered a questionnaire about sociodemographic, behavioral and health characteristics. The measure of psychological well-being was made by Faces Scale of Andrews while the substances use evaluation was performed according to the Alcohol, Smoking and Substance Involvement Screening Test (ASSIST). The Mini International Neuropsychiatric Interview 5.0 evaluated anxiety disorders and suicide risk. Among the 1.621 young adults interviewed, 20.9% had some anxiety disorders and 8.6% suicide risk. After multivariate analysis, the presence of any anxiety disorder was significantly associated with suicide risk (PR 6.10 95% CI 3.95 to 9.43). Thus, it is highlighted the importance of greater attention to suicide risk in those patients with anxiety disorders.
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