ResumoEste estudo tem como objetivo apresentar um olhar sobre a dança de salão de modo que esta atividade possa ser compreendida como uma prática social da linguagem. Para tanto, foram ministradas aulas semanais de dança de salão para crianças (de quinta à oitava série) do Colégio Sistema Positivo da cidade de São José do Rio Preto (SP) num período de três meses. Com base na teoria do Paradigma Indiciário, fizemos uma análise subjetiva das informações coletadas, voltando nossa atenção para sinais discursivos (verbais e não-verbais) apresentados nos enunciados dessas crianças. A partir das aulas de dança de salão, observamos que algumas crianças passaram a lidar de modo diferente com a auto-imagem e, também, estabeleceram uma nova forma de convivência entre os membros participantes dessa atividade. Palavras-Chave: Dança de salão; Linguagem; Corpo; Discurso. IntroduçãoDe acordo com os ensinamentos de Poter (1992), desde de que o filósofo René Descartes (1596-1650) propôs que o ser humano é formado por matéria (o corpo) e por alma (a mente), houve, a partir desse dualismo, uma predominância da mente sobre o corpo. A mente passou a ser interpretada como a responsável pelas reações do corpo, justificando, principalmente aquelas reações que não eram condizentes ao comportamento natural humano. Segundo esse mesmo autor, Até há pouco tempo, a história do corpo tem sido, em geral, negligenciada não sendo difícil a se perceber o porquê. Por um lado, os componentes clássicos, e por outro, as judaico-cristão, de nossa herança cultural, avançaram ambos para uma visão fundamentalmente dualista do homem, entendida como uma aliança muitas vezes ansiosa da mente e do corpo, da psiquê e do soma; e ambas as tradições, em seus caminhos diferentes e por razões diferentes, elevaram a mente ou a alma e denegriram o corpo. (POTER, 1992).
A contribuição da neurolingüística discursiva para a fonoaudiologia na construção de um novo olhar sobre a linguagem de sujeito cérebro-lesado / Lílian Fátima Zaniboni.
RESUMOEste estudo descreve como aconteceu o processo de ensino e aprendizagem da dança de salão com uma aluna com deficiência auditiva e visual. Para tanto, foi feita uma análise longitudinal das aulas realizadas entre o professor J. A. R., sexo masculino, 37 anos, e sua aluna W. L. W, sexo feminino, 52 anos. Os resultados mostram que a interação entre professor-aluna dava-se a partir da técnica elaborada e adaptada pelo professor, em que o mesmo usava da língua de sinais na palma da mão esquerda de sua aluna. Além da efetividade dessa técnica comunicativa, observou-se que, após as aulas de dança de salão, a aluna passou a apresentar uma melhor postura corporal, agilidade física, mais equilíbrio físico e uma significativa melhora da auto-confiança, que lhe rendeu uma nova estratégia de comunicação e uma vida social mais ativa. Conclui-se, assim, que o ensinoaprendizagem da dança de salão, quando fundamentado em conhecimentos que perpassam pelo bio-psico-social do corpo humano, proporciona bem mais que técnicas e (re)produção de passos. Possibilita superação física, emocional e social, bem como pode viabilizar a inclusão e a realização pessoal.Palavras-Chave: Dança de salão; Deficiência auditiva e visual; Inclusão social. BALLROOM DANCE: SOCIAL INCLUSION AND PERSONAL FULFILLMENT ABSTRACTThis study describes the process as did the teaching and learning ballroom dancing with a person with hearing and visual disorders. For this purpose, we did a longitudinal analysis of the classes performed between J. A. R., the teacher, male, 37 years old, and his student W. L. W, female, 52 years old. The results show that the teacher developed and adapted some technique to interact with your student; he used sign language on the left hand of your pupil. Besides the communicative effectiveness of this technique, we observed that, after school ballroom dance, the student has to present a better posture, physical agility, more physical balance, and a significant improvement in self-confidence, which resulted in a new communication strategy and more active social life for her. We conclude that the teaching and the learning of the ballroom dancing, when based on knowledge that underlie the bio-psycho-social of the human body, provides much more than technical and (re)production steps. Allows overcoming physical, emotional and social, and can facilitate the inclusion and personal fulfillment.
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