OBJETIVOS: avaliar de forma perceptivo-auditiva as características vocais de idosos institucionalizados, identificar se essas características interferem no processo de comunicação e correlacioná-las com a avaliação das estruturas do sistema estomatognático e do padrão de fala. MÉTODOS: estudo clínico do tipo transversal, no qual foram realizadas anamneses e avaliações fonoaudiológicas em uma amostra aleatória de 48 indivíduos idosos, residentes na Casa do Ancião Francisco Azevedo - Belo Horizonte/MG, que não apresentavam nenhum tipo de alteração neurológica, uma vez que, buscou-se traçar as manifestações fonoaudiológicas de idosos em processo de envelhecimento sadio. Utilizou-se protocolos específicos, desenvolvidos pelas autoras, de acordo com os aspectos pertinentes aos objetivos do presente estudo. RESULTADOS: na avaliação perceptivo-auditiva da qualidade vocal, constatou-se predominantemente qualidade vocal rouca (70,8%), em grau moderado (33,3%), loudness reduzida (56,2%), pitch grave (62,5%) e tempos máximos de fonação reduzidos (81,2%). Dos 48 participantes, 85,4% relataram que a voz não interfere no processo de comunicação. Em relação aos padrões de fala, predominaram inteligibilidade preservada (83,3%), articulação preservada (72,9%) e precisão articulatória preservada (83,3%). CONCLUSÕES: existem alterações nos parâmetros referentes à voz decorrentes da idade, sendo que elas não interferem na comunicação e mantêm relação diversa com outras mudanças nas estruturas do sistema estomatognático. Este estudo veio complementar as pesquisas na área de voz envolvendo indivíduos da terceira idade, sob processo de envelhecimento sadio e residentes em instituições de longa permanência.
O presente estudo caracterizou o perfil dos pacientes com queixas e/ou alterações vocais atendidos de julho de 2003 a dezembro de 2006 no ambulatório de fonoaudiologia do Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Minas Gerais de acordo com as variáveis idade, sexo, profissão, escolaridade, procedência, tratamento realizado e fatores interferentes na evolução do atendimento. Trata-se de um estudo retrospectivo baseado na análise dos dados dos prontuários, coletados de acordo com protocolo especialmente elaborado. Os resultados apontaram que os indivíduos estudados eram predominantemente mulheres jovens, encaminhadas para o atendimento fonoaudiológico por um médico especialista, procedentes de Belo Horizonte, sem uma ocupação profissional e com ensino fundamental incompleto. O atendimento fonoaudiológico aconteceu de forma individual e quase metade dos pacientes recebeu alta. Os indivíduos mais idosos, com disfonia funcional ou psicogênica e com voz do tipo neutra ou soprosa apresentaram correlação com alta fonoaudiológica. Os indivíduos mais jovens e com disfonia organofuncional tiveram correlação estatística com o desligamento do serviço. Os sujeitos que evoluíram para abandono não apresentaram correlação com as variáveis cruzadas.
OBJETIVO: avaliar de forma objetiva e subjetiva a voz de pacientes com disfonia espasmódica nos momentos pré e pós aplicação de toxina botulínica A. MÉTODO: as emissões vocais de onze pacientes do sexo feminino foram registradas antes e após (15 dias) o tratamento. As amostras vocais foram analisadas por duas fonoaudiólogas com experiência em voz por meio da análise perceptivo-auditiva (escala GRBASI) e da análise espectrográfica. RESULTADOS: na análise perceptivo-auditiva com vogal sustentada os parâmetros que alteraram após o tratamento foram o grau de severidade, tensão e instabilidade, enquanto na fala encadeada foram o grau de severidade e a tensão. Na análise espectrográfica ocorreu melhora do traçado após o tratamento sem significância estatística entre os parâmetros. CONCLUSÃO: ocorreu melhora significante dos aspectos perceptivo-auditivos após o tratamento e, portanto, as injeções de toxina botulínica A mostraram-se eficazes no tratamento da disfonia espasmódica no grupo estudado.
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