Objetivo: Descrever a prevalência de atraso no desenvolvimento neurológico de prematuros internados em unidades de cuidados intermediários. Métodos: Trata-se de um estudo transversal, documental e quantitativo realizada nas Unidades de Cuidados Intermediários Convencionais de uma maternidade do Ceará. A coleta foi realizada com recém-nascidos internados com histórico de prematuridade. Foi preenchida uma ficha com dados relacionados à identificação da história clínica da mãe e dos bebês, e posteriormente eles foram submetidos a Hammersmith Neonatal Neurological Assessment (HNNE). Resultados: Foram incluídos no estudo 31 bebês, dentre eles 58,1% eram do sexo masculino. A idade média da mãe foi 28,32±7,05 anos e a idade gestacional média dos bebês foi 30,87±3,64 semanas. O desconforto respiratório foi a maior manifestação clínica ao nascer e 83,9% dos bebês passaram por intercorrências durante a internação, dentre elas destaca-se os quadros infecciosos. A maioria dos bebês fez uso de algum tipo de suporte ventilatório. As pontuações obtidas pela HNNE foram abaixo do ideal. Conclusão: Observou-se alta prevalência de atraso no desenvolvimento neurológico. Novos estudos devem ser conduzidos para elucidar fatores de causalidade para o problema em estudo e propositivas de prevenção e tratamento.
RESUMO O desenvolvimento infantil deve ser promovido pela família com apoio formal na puericultura. O presente estudo analisou o desempenho motor de bebês submetidos à intervenção parental na puericultura. Foi realizado um estudo de série de casos, observacional, longitudinal e descritivo, com 215 bebês de 0-18 meses atendidos em uma Unidade de Atenção Primária em Saúde de uma capital do Nordeste brasileiro. O desempenho motor dos bebês foi avaliado pela Alberta infant motor scale e orientações foram transmitidas aos pais a depender do atraso motor observado. Observou-se que 77,7% dos bebês tiveram seu primeiro atendimento no primeiro semestre de vida, 57,6% apresentaram baixo risco e 76,7% desempenho motor normal. Houve relação significativa entre a estratificação de risco e a idade gestacional e entre a estratificação de risco e o desempenho motor. Os intervalos entre as avaliações variaram de 7-252 dias. A porcentagem de bebês com atrasos motores é maior para os que chegam à puericultura após o terceiro trimestre de vida. Todos os bebês identificados com suspeita de atraso ou como atípicos, que frequentaram a puericultura, melhoraram o desempenho motor até a terceira avaliação. Bebês que são levados precocemente à puericultura, para orientações sobre intervenção parental, recuperam o atraso do desenvolvimento motor, porém muitas famílias não comparecem ao seguimento da puericultura ou chegam tardiamente para atendimento.
Direitos para esta edição cedidos à Atena Editora pelos autores. Todo o conteúdo deste livro está licenciado sob uma Licença de Atribuição Creative Commons. Atribuição-Não-Comercial-NãoDerivativos 4.0 Internacional (CC BY-NC-ND 4.0).O conteúdo dos artigos e seus dados em sua forma, correção e confiabilidade são de responsabilidade exclusiva dos autores, inclusive não representam necessariamente a posição oficial da Atena Editora. Permitido o download da obra e o compartilhamento desde que sejam atribuídos créditos aos autores, mas sem a possibilidade de alterá-la de nenhuma forma ou utilizá-la para fins comerciais. Todos os manuscritos foram previamente submetidos à avaliação cega pelos pares, membros do Conselho Editorial desta Editora, tendo sido aprovados para a publicação com base em critérios de neutralidade e imparcialidade acadêmica.A Atena Editora é comprometida em garantir a integridade editorial em todas as etapas do processo de publicação, evitando plágio, dados ou resultados fraudulentos e impedindo que interesses financeiros comprometam os padrões éticos da publicação. Situações suspeitas de má conduta científica serão investigadas sob o mais alto padrão de rigor acadêmico e ético.
Introdução. Programas de intervenção precoce (IP) são implementados após o nascimento e até os três anos de idade e objetivam minimizar atrasos do desenvolvimento infantil e promover a saúde e o desempenho global familiar. A organização dos serviços de IP passou por diferentes estágios ao longo dos anos. A Classificação Internacional de Funcionalidade, Incapacidade e Saúde (CIF) permitiu incorporar o modelo Biopsicossocial no planejamento das intervenções. Objetivo. Analisar como a abordagem da funcionalidade evoluiu ao longo do tempo nos programas de IP sob a perspectiva dos conceitos e domínios da CIF. Método. Realizou-se uma revisão integrativa nas bases de dados Scielo, PEDro, Lilacs e PubMed com as estratégias de busca: "child development" AND "early intervention" AND functioning; "child development” AND "early intervention" AND disability; "child development" AND "early intervention" AND disabilities. Os critérios de inclusão foram: ensaios clínicos que estudaram práticas de IP em crianças com idade entre zero e três anos. Resultados. 23 artigos foram incluídos. Observou-se que as práticas que integram as várias perspectivas da funcionalidade e destacam a abordagem biopsicossocial são recentes, publicadas em sua maioria na última década. Conclusão. Conforme a família assumiu o protagonismo na condução das intervenções, os programas passaram a individualizar os cuidados de acordo com as necessidades específicas de cada uma e a funcionalidade passou a ser abordada em sua totalidade pelas intervenções, com os artigos mais recentes abordando os domínios Funções do corpo, Atividade, Participação e Fatores Contextuais.
Objetivo: Analisar a variação em desfechos hemodinâmicos e ventilatórios após aplicação da Técnica de Reequilíbrio Toracoabdominal (RTA) em neonatos no pós-operatório de cirurgias da parede abdominal. Métodos: Tratou-se de uma série de casos, realizada com 10 neonatos internados na Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (UTIN) em pós-operatório de cirurgias de parede abdominal de uma maternidade de referência do Ceará. Resultados: Da população estudada, 60% eram do gênero feminino, 90% dos casos apresentaram intercorrências na UTIN. Após a aplicação da técnica de RTA observou-se que o nível de sedação necessário reduziu em 75% e a dor em 50% segundo a escala N-PASS. Em relação as variações dos parâmetros ventilatórios houve uma diferença estatística significativa, com baixo tamanho de efeito e alta margem no intervalo de confiança, na pressão inspiratória máxima de base e na medida realizada 15 minutos após a intervenção e do volume corrente medido antes e após 5 minutos. Conclusão: Com os resultados obtidos neste estudo, pode-se concluir que a ocorreu redução da dor e sedação, e que ocorreu mudança de desfecho entre antes e após aplicação da técnica nas variáveis de volume corrente e pressão inspiratória máxima, tais mudanças não podem ser relacionadas com impactos em desfechos clínicos visto as limitações da pesquisa.
Direitos para esta edição cedidos à Atena Editora pelos autores. Todo o conteúdo deste livro está licenciado sob uma Licença de Atribuição Creative Commons. Atribuição-Não-Comercial-NãoDerivativos 4.0 Internacional (CC BY-NC-ND 4.0).O conteúdo dos artigos e seus dados em sua forma, correção e confiabilidade são de responsabilidade exclusiva dos autores, inclusive não representam necessariamente a posição oficial da Atena Editora. Permitido o download da obra e o compartilhamento desde que sejam atribuídos créditos aos autores, mas sem a possibilidade de alterá-la de nenhuma forma ou utilizá-la para fins comerciais. Todos os manuscritos foram previamente submetidos à avaliação cega pelos pares, membros do Conselho Editorial desta Editora, tendo sido aprovados para a publicação com base em critérios de neutralidade e imparcialidade acadêmica.A Atena Editora é comprometida em garantir a integridade editorial em todas as etapas do processo de publicação, evitando plágio, dados ou resultados fraudulentos e impedindo que interesses financeiros comprometam os padrões éticos da publicação. Situações suspeitas de má conduta científica serão investigadas sob o mais alto padrão de rigor acadêmico e ético.
Introdução: A Organização Mundial da Saúde define parto prematuro aquele que acontece antes da 37ª semana gestacional. A prematuridade limita os processos de maturação cerebral e o aumento da sobrevida do recém-nascido, traz possíveis agravos futuros, consequência da própria imaturidade de órgãos e o baixo peso ao nascer. Em virtude dessa imaturidade de órgãos e sistemas o recém-nascido prematuro necessita de suporte ventilatório e seu uso prolongado causa complicações como a displasia broncopulmonar. As repercussões respiratórias somadas ao longos períodos de internação em Unidades de Terapia Intensiva Neonatais pode ainda restringir o desenvolvimento infantil causando no neonato alterações musculoesqueléticas e neurocomportamentais. Objetivo: Avaliar o desenvolvimento motor e comportamental de lactentes broncodisplásicos. Métodos: Este estudo tratou-se de uma série de casos, realizada com 5 lactentes internados na Unidade de Cuidados Intermediários Neotanal Convencional (UCINCO) da Maternidade Escola Assis Chateaubriand (MEAC) localizada no município de Fortaleza- CE. A coleta ocorreu nos meses de janeiro a maio de 2021 e foram incluídos na pesquisa lactentes internados no hospital de estudo com diagnóstico de displasia broncopulmonar, de ambos os gêneros, sendo excluídas crianças que apresentassem outras patologias associadas. As crianças foram caracterizadas de acordo com uma ficha de dados pré, peri e pós-natais e avaliados pela Escala Motora Infantil Alberta (AIMS) e Neonatal Intensive Care Unit Network Neurobehavioral Scale (NNNS) adaptada. Resultados: Observou-se, quanto ao tipo de parto, a cesariana como via predominante nos nascimentos prematuros correspondendo a 80% dos casos, 80% das mães eram multíparas e todas realizaram pré-natal com o mínimo de 6 consultas. Houve uma maior incidência com 60% dos lactentes do gênero feminino, 60% da população estudada teve alguma intercorrência, peso ao nascimento variou entre 765g e 1.320g, 40% eram adequados a idade gestacional (AIG) e 40% pequeno para idade gestacional (PIG). O tempo de internação variou de 71 a 112 dias, sendo que 60% encontravam-se com mais de 81 dias internados. O índice de Apgar no 5º minuto em 100% dos lactentes estavam entre 7 a 10. Para a avaliação da AIMS a idade corrigida variou entre 37 semanas e 21 dias, em nossos resultados todos os lactentes apresentaram resultados entre 25th e 50th mostrando normalidade nos resultados. Conclusão: A displasia broncopulmonar associada a alguns fatores pré e pós-natais pode ser considerada um fator risco para o atraso do desenvolvimento motor e comportamental em lactentes nascidos prematuramente e com baixo peso.
na Publicação (CIP) (eDOC BRASIL, Belo Horizonte/MG) I34 Impactos das tecnologias nas ciências biológicas e da saúde 2 [recurso eletrônico] / Organizadora Christiane Trevisan Slivinski. -Ponta Grossa (PR): Atena Editora, 2019. -(Impactos das Tecnologias nas Ciências Biológicas e da Saúde; v. 2)
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