Este estudo propõe ampliar a discussão teórica sobre referenciação, analisando artigos de opinião que tratam de temas associados à violência, publicados na mídia em Portugal e no Brasil. Na perspectiva teórica, serão discutidos tópicos referentes à correferencialidade e à inferencialidade necessárias para a identificação dos objetos de discurso, seguindo o aporte teórico da Linguística de Texto e de outras pesquisas com viés textual-discursivo, como Fonseca (1992), Fuchs (1992), Apotheloz e Reichler-Béguelin (1995), Koch e Marcuschi (1998), Mondada e Dubois (2003), Cornish (2011) Maalej (2011), Pecorari (2015), Cabral e Santos (2016), entre outros. Convocamos igualmente alguns pressupostos sobre argumentação, alicerçando a reflexão nos estudos de Ducrot (1988), Charaudeau (2008) e Amossy (2008, 2009). Visa-se descrever o comportamento das anáforas como marcadores axiológicos da condução argumentativa dos textos com temática política, polarizando a complexa rede de poder. Pretendemos, portanto, colaborar nos estudos de interface entre referenciação e gênero textual, especificamente em se tratando de gêneros textuais aos quais os leitores têm fácil acesso via web, demonstrando como anáfora e dêixis podem ajudar a marcar ideologicamente o texto.
Este artigo visa a colaborar para as reflexões sobre o ensino de adverbiais modalizadores à luz de uma abordagem que envolve a Linguística do Texto (KOCH, 2003, 2014) e o Funcionalismo norte-americano (GIVÓN, 1990; 1995; TRAUGOTT, DASHER, 2005). Analisamos o tratamento dado ao tema em quatro coleções de livros didáticos de Ensino Médio aprovados pelo Programa Nacional do Livro Didático de 2015, observando se os manuais tratam esses elementos como articuladores textuais argumentativos e a partir de seus efeitos de sentido. Percebemos que os adverbiais modalizadores quase não são citados nesses manuais didáticos e geralmente os efeitos de sentido construídos nos gêneros textuais em que aparecem não são trabalhados. Além dessa análise, elaboramos algumas sugestões de abordagem diante das lacunas encontradas nos livros e no confronto com o uso real desses elementos, a partir do trabalho de Castanheira (2017).
Neste artigo, traçamos um panorama teórico dos estudos de referenciação, considerado como um processo sociocognitivo de construção de sentidos, seguindo os estudos atuais de Linguística de Texto, conforme Mondada e Dubois (2003), Koch (2014), Cavalcante (2011), Cavalcante e Santos (2012), dentre outros autores. Visando a colaborar para o ensino de língua portuguesa, sugerimos análises de dois gêneros textuais frequentemente abordados nos anos finais do ensino fundamental: fábula e conto de terror. Nossa proposta de análise inclui sugestão de atividades que destacam as estratégias referenciais utilizadas nesses textos, considerando-as constitutivas dos gêneros em que ocorrem. Pretendemos demonstrar, com essa abordagem, como é possível articular pesquisas recentes em Linguística de Texto ao ensino de aspectos gramaticais e textuais-discursivos, como propõem os PCN.
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