RESUMO.As crises mundiais se encontram em voga em todos os países do mundo. As discussões trazidas neste ensaio abordam, de forma especial, a crise ambiental, social e econômica, sendo que apresentamos análises e estudos especificamente do caso brasileiro. Evidenciaremos modelos antagônicos de agricultura como o campesinato versus o agronegócio e, diante disso, as principais políticas de créditos agrícolas em vista da produção de alimentos. As reflexões são feitas, inclusive, a partir de dados disponibilizados pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (EMATER) e Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA). Destacamos como relevante a urgência de pensar e projetar outras formas de desenvolvimento, para além do crescimento econômico, no sentido de potencializar a agroecologia, bem como a valorização do trabalho camponês feminino, no que tange ao cuidado do planeta e a produção de alimentos saudáveis.Palavras-chave: desenvolvimento, alimentos saudáveis, política de créditos.The world crisis and food production in Brazil ABSTRACT. Global crises are the focus of discussion throughout the world. The main topics in current essay deal particularly on the environmental, social and economic crises, and provide analysis and specific studies on Brazilian conditions. Antagonistic agricultural models will be shown, especially, the peasantry versus agribusiness and the main policies of agricultural loans for food production. Themes are discussed from data provided by the MDA, EMATER and IPEA. The most relevant thing, however, is the need to think and plan development forms beyond economic growth to boost agro-ecology and to valorize feminine peasant labor with regard to the care of the planet and the production of healthy food.Keywords: development, healthy food, credit policy. IntroduçãoPor meio deste ensaio propomos refletir e problematizar a temática da produção de alimentos no Brasil, considerando o cenário atual das crises mundiais, de forma especial, nos aspectos econômico, social e ambiental. Uma das questões centrais que trazemos ao debate é a necessidade de maior volume de produção de alimentos diante do crescimento populacional estimado em cerca de 9 bilhões de pessoas até o ano de 2050. Concomitantemente, somos levados a considerar limitantes como desastres ou intempéries ambientais e a fronteira agrícola.As análises e reflexões são baseadas em estudos teóricos e o que nos leva a discutir o tema proposto é a necessidade de apresentar, ainda que de forma singela, algumas considerações a partir dos estudos realizados. Trazemos presente o campesinato como proposta oposta ao agronegócio e as imbricações ou desafios e confrontos entre a produção de alimentos na óptica da Revolução Verde versus a produção de alimentos saudáveis, o que implica em modelos antagônicos de agricultura. Desse modo, estará presente o entendimento de sustentabilidade e desenvolvimento social e econômico.A crise econômica geradora de inúmeros protestos e efervescências populares em divers...
O texto apresenta uma breve retomada do processo de colonização na Amazônia Mato-grossense, enfatizando aspectos relacionados à floresta, aos povos indígenas nativos e às populações removidas, diante de uma perspectiva de desenvolvimento e de educação para o campo. Aborda-se, desse modo, a chamada modernização da agricultura, sob a lógica de mercado, aparecendo conflitos entre o agronegócio e a agricultura familiar e camponesa. Por fim, são lançados desafios em relação à sobrevivência e existência dos povos do campo e da floresta, implicando na agroecologia. Assim, compreende-se a necessidade de outro paradigma de desenvolvimento da sociedade e de conhecimento filosóficocientífico-tecnológico.
Neste artigo, trata-se da Educação do Campo e da Educação de Jovens e Adultos no estado de Mato Grosso, em uma perspectiva que apresenta elementos da trajetória dessas duas modalidades de educação a partir da década de 1990. O artigo resulta de estudos teóricos, da experiência dos autores como docentes da Educação de Jovens e Adultos e da Educação do Campo, assim como de pesquisa empírica realizada em uma Escola do Campo do município de Nossa Senhora do Livramento, a qual atende a quatorze salas anexas na modalidade de Educação de Jovens e Adultos. As reflexões desenvolvidas apontam a década de 1990 como um período contraditório, tendo em vista o desenvolvimento de políticas públicas de viés neoliberal ao mesmo tempo em que se estabelecia como a década de educação para todos. No final do período, eclode um novo conceito na sociedade brasileira, o de Educação do Campo. É a partir do ano 2000 que surgem mudanças significativas no campo do direito e das políticas públicas, ao serem instituídas as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação de Jovens e Adultos (Parecer CNE/CEB nº 11/2000) e as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação do Campo (Parecer CNE/CEB nº 36/2001), tendo sido criados organismos na estrutura de Estado para desenvolvê-las. Contudo, a atualidade aponta para instabilidade e retrocessos dos avanços conquistados em pouco mais de uma década.
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