This article deals with the relationship between curriculum knowledge, the skills accumulated in work practices and the cultures of peasant communities in the teaching conducted at the Escola José de Lima Barros, in the municipality of Nossa Senhora do Livramento, MT, Brazil. It seeks to evidence how the diverse skills, cultures and knowledge interweave, considering the specifics of countryside education. It builds on the study conducted during a postdoctoral internship and uses the method of participant observation, directly involving six secondary education students and four teachers, including the school's pedagogical coordinator and principal. Observations conducted at the school were recorded in a field diary. As part of our observation of subjects, the recorded and transcribed interviews followed a semi-structured script of questions. Even considering the contradictions typical of capitalist society, we highlight that the education provided in this countryside school is able to relate the contents of areas of knowledge with the cultural background and life/work experiences in the communities where the subjects live. Belonging in a rural area evokes a world of work, religiousness and festivities/socializing between families, hence the need for countryside education to be articulated with these key aspects. KeywordsTeaching -Culture -Knowledge -Countryside school.
RESUMO.As crises mundiais se encontram em voga em todos os países do mundo. As discussões trazidas neste ensaio abordam, de forma especial, a crise ambiental, social e econômica, sendo que apresentamos análises e estudos especificamente do caso brasileiro. Evidenciaremos modelos antagônicos de agricultura como o campesinato versus o agronegócio e, diante disso, as principais políticas de créditos agrícolas em vista da produção de alimentos. As reflexões são feitas, inclusive, a partir de dados disponibilizados pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (EMATER) e Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA). Destacamos como relevante a urgência de pensar e projetar outras formas de desenvolvimento, para além do crescimento econômico, no sentido de potencializar a agroecologia, bem como a valorização do trabalho camponês feminino, no que tange ao cuidado do planeta e a produção de alimentos saudáveis.Palavras-chave: desenvolvimento, alimentos saudáveis, política de créditos.The world crisis and food production in Brazil ABSTRACT. Global crises are the focus of discussion throughout the world. The main topics in current essay deal particularly on the environmental, social and economic crises, and provide analysis and specific studies on Brazilian conditions. Antagonistic agricultural models will be shown, especially, the peasantry versus agribusiness and the main policies of agricultural loans for food production. Themes are discussed from data provided by the MDA, EMATER and IPEA. The most relevant thing, however, is the need to think and plan development forms beyond economic growth to boost agro-ecology and to valorize feminine peasant labor with regard to the care of the planet and the production of healthy food.Keywords: development, healthy food, credit policy. IntroduçãoPor meio deste ensaio propomos refletir e problematizar a temática da produção de alimentos no Brasil, considerando o cenário atual das crises mundiais, de forma especial, nos aspectos econômico, social e ambiental. Uma das questões centrais que trazemos ao debate é a necessidade de maior volume de produção de alimentos diante do crescimento populacional estimado em cerca de 9 bilhões de pessoas até o ano de 2050. Concomitantemente, somos levados a considerar limitantes como desastres ou intempéries ambientais e a fronteira agrícola.As análises e reflexões são baseadas em estudos teóricos e o que nos leva a discutir o tema proposto é a necessidade de apresentar, ainda que de forma singela, algumas considerações a partir dos estudos realizados. Trazemos presente o campesinato como proposta oposta ao agronegócio e as imbricações ou desafios e confrontos entre a produção de alimentos na óptica da Revolução Verde versus a produção de alimentos saudáveis, o que implica em modelos antagônicos de agricultura. Desse modo, estará presente o entendimento de sustentabilidade e desenvolvimento social e econômico.A crise econômica geradora de inúmeros protestos e efervescências populares em divers...
En este ensayo nos ocuparemos del Movimento de Mulheres Camponesas (MMC) de Brasil, que desde su lucha por salir de la invisibilidad sociopolítica, se presenta como feminista, con críticas contundentes frente al sistema capitalista y patriarcal. Las reflexiones parten de una revisión bibliográfica con destaque en cuatro tesis de doctorado y elementos de dos encuentros nacionales de mujeres campesinas, hitos históricos de esa organización de mujeres. Se toma como un importante referente, la comprensión de ‘cautiverios’ de la feminista mexicana Marcela Lagarde. La voz y las demandas políticas de las mujeres campesinas en Brasil, en América Latina y, por así decirlo, en todos los continentes, surgen tardíamente en la historia. Eso no significa que se mantendrían ocultas o que no se desatarían luchas, especialmente por las provisiones, el agua, la tierra, al final, por la defensa de los derechos de supervivir, derechos en el mundo del trabajo y junto con él, a la reivindicación de la ciudadanía y de los derechos laborales. Se entiende que el MMC contribuye significativamente a avanzar en la lucha por la autonomía de las mujeres frente a los cautiverios y la crisis de civilización. Se trata de una alternativa concreta para la conquista del bien común y la emancipación humana.
Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Professora aposentada do Programa de Pós-Graduação em Educação (PPGEdu)Resumo: Neste texto abordam-se os saberes-fazeres, ou conhecimentos, de uma escola de educação do campo e alguns dilemas do contexto atual no desenvolvimento do processo pedagógico. As reflexões são oriundas de pesquisa participante, compreendendo estudos teóricos e intervenções empíricas. Utilizamo-nos de entrevistas gravadas e conversas direcionadas a docentes, funcionários técnicos e discentes, além de análise documental do PPP da escola. Enfatizamos que a formação dos profissionais atuantes na instituição merece ser pensada no contexto das escolas do campo, inclusive no que diz respeito ao acesso e à qualidade dessa formação. Há esforço pessoal por parte dos profissionais em relação às práticas, entretanto há questões que fogem ao seu alcance, inclusive no que se refere à saída dos jovens do campo por falta de políticas sociais como acesso à terra. Palavras
Neste artigo, trata-se da Educação do Campo e da Educação de Jovens e Adultos no estado de Mato Grosso, em uma perspectiva que apresenta elementos da trajetória dessas duas modalidades de educação a partir da década de 1990. O artigo resulta de estudos teóricos, da experiência dos autores como docentes da Educação de Jovens e Adultos e da Educação do Campo, assim como de pesquisa empírica realizada em uma Escola do Campo do município de Nossa Senhora do Livramento, a qual atende a quatorze salas anexas na modalidade de Educação de Jovens e Adultos. As reflexões desenvolvidas apontam a década de 1990 como um período contraditório, tendo em vista o desenvolvimento de políticas públicas de viés neoliberal ao mesmo tempo em que se estabelecia como a década de educação para todos. No final do período, eclode um novo conceito na sociedade brasileira, o de Educação do Campo. É a partir do ano 2000 que surgem mudanças significativas no campo do direito e das políticas públicas, ao serem instituídas as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação de Jovens e Adultos (Parecer CNE/CEB nº 11/2000) e as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação do Campo (Parecer CNE/CEB nº 36/2001), tendo sido criados organismos na estrutura de Estado para desenvolvê-las. Contudo, a atualidade aponta para instabilidade e retrocessos dos avanços conquistados em pouco mais de uma década.
O texto apresenta uma breve retomada do processo de colonização na Amazônia Mato-grossense, enfatizando aspectos relacionados à floresta, aos povos indígenas nativos e às populações removidas, diante de uma perspectiva de desenvolvimento e de educação para o campo. Aborda-se, desse modo, a chamada modernização da agricultura, sob a lógica de mercado, aparecendo conflitos entre o agronegócio e a agricultura familiar e camponesa. Por fim, são lançados desafios em relação à sobrevivência e existência dos povos do campo e da floresta, implicando na agroecologia. Assim, compreende-se a necessidade de outro paradigma de desenvolvimento da sociedade e de conhecimento filosóficocientífico-tecnológico.
Este artigo reflete a respeito dos conhecimentos escolares de química e seu sentido nas aplicações cotidianas. O senso comum afirma, porém, que tais aprendizagens pouco contribuem para as pessoas que não possuem vínculo direto com esta área. Metodologicamente, as análises e reflexões são decorrentes da prática cotidiana em sala de aula na área de química e também de inserção no Movimento de Mulheres Camponesas (MMC – R/S) bem como atuação na educação popular. A coleta de dados apresentados é fruto de observações e registros em diários de campo desde o processo de avaliação escolar, práticas em sala de aula e no Movimento popular, especialmente em reuniões e encontros de mulheres. Como resultado, apresenta-se a necessidade de comprometimentos individuais e coletivos em espaços escolares ou extra-escolares em vista de uma re-ligação teoria-prática na ensinança. Com relação às conclusões, se afirma que os educadores e educadoras só podem ensinar aquilo que aprenderam enquanto profissionais, e, mediante este fato, aponta-se o desafio da formação destes em vista de uma perspectiva para novos saberes e fazeres. A química está bem mais fora do que dentro das fórmulas livrescas, mas isto não significa que esteja excluída da escola. Faz-se necessário enxergá-la num contexto abrangente e potencializar a ligação com a vida e o universo dos sujeitos escolares
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