RESUMO Objetivo: analisar a tendência temporal da utilização da traqueostomia em pacientes hospitalizados pelo Sistema Único de Saúde no Brasil no período de 2011 a 2020. Método: estudo observacional de tipo ecológico, com abordagem quantitativa, e incluiu a população brasileira com 20 anos ou mais que, internadas pelo Sistema Único de Saúde, tiveram registro de realização do procedimento de traqueostomia em qualquer momento da hospitalização. Resultados: das 113.569.570 hospitalizações estudadas, foram identificadas 172.456 traqueostomias realizadas no Brasil (0,15%). A taxa média de realização deste procedimento apresentou tendência de queda no período estudado. A maior taxa média de traqueostomia foi encontrada na Região Sul, e a faixa etária mais afetada foi a dos 80 anos ou mais. A taxa média de traqueostomia no sexo masculino foi de 1,8 vezes maior do que no sexo feminino. As principais causas associadas à realização de traqueostomia foram as patologias respiratórias, oncológicas e decorrentes de causas externas, sendo que as causas respiratórias contribuíram com 73% do total de procedimentos estudados. Conclusões: as taxas médias de mortalidade e letalidade das internações com traqueostomia no Brasil foram de 3,36 e 28,57%, mas apresentaram tendência de redução no período.
Cad. Saúde Pública 2019; 35(9):e00103319 O artigo Atenção Primária à Saúde e Organizações Sociais nas Capitais da Região Sudeste do Brasil: 2009 e 2014, publicado em CSP 1 , aborda um assunto de grande relevância para o Brasil contemporâneo. Ao realizar este estudo, os autores trazem luzes às diferentes formas de administração de unidades básicas de saúde (UBS), usando como base as capitais da região mais rica do país, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE; https://downloads.ibge.gov.br/downloads_estatisticas. htm, acessado em 15/Mai/2019). Por meio da Administração Direta (AD) ou de Organizações Sociais (OS), as prefeituras buscaram expandir a rede de atenção primária sem que, para isto, grandes gastos orçamentários fossem usados, em uma ótica das políticas neoliberais que emergiram em nosso país no final do século passado.De modo ímpar, os dados apresentados evidenciam que as capitais com uso de AD, Belo Horizonte (Minas Gerais) e Vitória (Espírito Santo), apresentaram avanços mais significativos nos indicadores de saúde quando comparadas com as capitais que têm, em sua maioria, UBS de OS. O fato de o Rio de Janeiro ter expandido o seu número de UBS em tão pouco tempo revela uma das poucas atrações do modelo de OS: menos burocracia de criação e instalação, e maior facilidade em fazer contratos de serviço e atuação do que a atuação direta do Estado em toda a sua estrutura administrativa/orçamentária. Por outro lado, infelizmente, tal cobertura por equipes de atenção básica carioca não andou em compasso com a expansão nas outras capitais que não usaram este modelo 1 .Entretanto, tal estudo analisou as capitais de modo generalizado, demonstrando uma falta de dados direcionados a cada região das cidades observadas. De acordo com o IBGE (https://downloads. ibge.gov.br/downloads_estatisticas.htm, acessado em 15/Mai/2019), a cidade de São Paulo apresenta uma população maior do que a soma das outras três capitais da Região Sudeste. Com mais de 11 milhões de habitantes, não analisar a cidade de modo direcionado aos seus diversos setores faz com que a análise generalizada esconda peculiaridades da atenção básica na periferia, bem como no centro e bairros nobres paulistanos, fatos também aplicáveis às demais capitais, que estão entre as mais populosas do país. Tais estudos regionalizados poderiam clarear questionamentos como a evolução dos dados de saúde para as populações mais carentes no período analisado.Além disso, podemos fazer uma análise mais crítica sobre o uso de OS pelas prefeituras analisadas e o peso orçamentário por elas representado. As OS são definidas como instituições do "terceiro setor" que, segundo Violin 2 nos informa, são instituições privadas, não governamentais, sem fins lucrativos, autogovernadas, de associação voluntária. Todavia, ao analisarmos as dez maiores OS do país, CARTA LETTER Organizações Sociais na atenção básica em saúde nas capitais da Região Sudeste do Brasil: uma análise críticaSocial Organizations in basic healthcare among state capitals in Southeast ...
Objective: to analyze the temporal trend in the tracheostomy use in patients hospitalized by the Sistema Único de Saúde in Brazil from 2011 to 2020. Methods: ecological observational study with a quantitative approach and including the Brazilian population aged 20 or over that were admitted by Sistema único de Saúde and had a record of performing the tracheostomy procedure at any time during hospitalization. Results: 113.569.570 Hospitalizations studied were identified 172.456 tracheostomies realized in Brazil (0,15%). The average tax of this procedure showed a downward trend during the study procedure. The highest tracheostomy rate was found in the southern region, and the most affected age group was 80 years old or more. The average rate of tracheostomy in males was 1.8 times higher than in females. The average mortality and lethality rates of admissions with tracheostomy were 3.36 and 28.57% in the period but showed a tendency to decrease in the period studied. The main causes associated with the performance of tracheostomy were respiratory, oncological, and external causes. Respiratory causes contributed to 73% of the total procedures performed in the analyzed period. Conclusion: the average mortality and lethality rates of hospitalizations with tracheostomy in Brazil were 3.36 and 28.57%, but showed a downward trend in the period.
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