A pandemia da Covid-19 provocou danos físicos e psicológicos à população. Nesse cenário, a necessidade de se discutir sobre sentimentos tornou-se ainda mais evidente. O poema se constitui como um importante recurso para facilitar a expressão e elaboração de emoções, uma vez que possibilita senti-las, processá-las e expressá-las. Além disso, no contexto de isolamento social destaca-se que o uso de dinâmicas de grupo de forma virtual torna-se uma alternativa viável ao possibilitar o encontro de pessoas sem que haja riscos maiores para a saúde dos participantes e estimulando a interação social. Dessa forma, o presente estudo tem como objetivo analisar a expressão de sentimentos evocados pela leitura de poemas em grupo. A amostra foi constituída por 7 homens com idade a partir de 60 anos estudantes do 'Curso de Educação para o Envelhecimento Humano' oferecido pela Universidade Aberta a Maturidade da Universidade Estadual da Paraíba na época do isolamento social na pandemia. A coleta de dados ocorreu por meio das gravações e transcrições das oficinas, estas que ocorreram de forma online através da plataforma digital Google Meet. Foram selecionadas 3 oficinas de dinâmica de grupo que continham em seu desenvolvimento a utilização de poemas. Para a análise do material textual produzido, foi utilizada a Análise de Conteúdo, conforme propõe Bardin. Com isso, emergiu a categoria "Lágrimas como expressão de sentimentos" com as subcategorias: Lágrima de alegria; Lágrima de tristeza; Lágrima de desabafo; Lágrima presa. A utilização de poemas, mesmo de forma virtual, constitui um importante estímulo para a pessoa idosa expressar sentimentos e emoções, principalmente diante de um isolamento social. Contribuindo, assim, no processo de elaboração e reelaboração da expressão e compreensão de sentimentos no contexto da pandemia.
Nos últimos anos, o envelhecimento populacional vem sendo considerado uma temática emergente para estudos e pesquisas. Durante a pandemia da Covid-19, a população idosa foi apontada como o grupo etário mais vulnerável à contaminação. Nesse cenário, o uso de ferramentas digitais se destacou como uma estratégia para a realização de atividades que não eram mais possíveis frente ao isolamento social. Diante desse cenário, foram desenvolvidas intervenções junto a um projeto de extensão como uma possibilidade de criar novas ferramentas para promover espaços de interação. O presente estudo tem como objetivo analisar as articulações sobre temporalidade estimulada através de músicas junto a um grupo virtual de homens idosos. Trata-se de uma pesquisa qualitativa de cunho exploratória e descritiva. A coleta de dados foi realizada a partir da análise das gravações e transcrições de intervenções que foram realizadas de forma virtual através da plataforma Google Meet com duração de 90 minutos durante o período de pandemia. Para a análise do material textual produzido, foi utilizada a Análise de Conteúdo proposta por Bardin. A partir dos dados coletados, emergiram duas categorias temáticas: (1) Marcas deixadas pelo tempo, que teve como duas subcategorias "Lembranças" e "Emoções; (2) Temporalidade, com quatro subcategorias "Tempo na pandemia", "Inquietude do tempo", "Dinâmica do tempo" e "Reflexão sobre o tempo vivido". A música foi um recurso potente para refletir a temporalidade, anterior e durante a pandemia, além de apresentar-se como uma ferramenta capaz de evocar diversas expressões subjetivas, como emoções e sentimentos. Desta forma, acreditamos que durante este processo, refletir sobre a temporalidade foi possível pensar no passado, presente e futuro, e sobre um tempo de esperançar.
Neste texto, relata-se uma experiência de extensão universitária na área da Psicologia Social Comunitária, realizada, no meio rural, com crianças e adolescentes de um assentamento constituído pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais sem Terra (MST) (Campina Grande/PB). Aliou-se à proposta da Educação Popular a utilização de linguagens artísticas. As oficinas psicopedagógicas realizadas com as crianças e os adolescentes assentados tiveram como objetivo estimular o gosto pela leitura, a reflexão crítica e o protagonismo social. Recorreu-se às diversas linguagens artísticas, entre elas, o método do Teatro do Oprimido proposto por Augusto Boal. Neste trabalho, são relatadas as oficinas realizadas com esse grupo que culminaram com a apresentação de uma encenação teatral para a comunidade. As linguagens artísticas foram um recurso potente para colocar em prática a proposta de acordo com as premissas da Educação Popular.
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