Introdução: A contenção mecânica pode ser considerada qualquer forma de ação que impeça ou dificulte o livre movimento, gerando dificuldade ou impedimento de alcançar partes do corpo ou que restrinja sua capacidade de movimentar-se. Objetivo: Relatar a experiência decorrente dos principais fatores associados ao uso de contenções mecânicas vivenciadas na prática como residente de enfermagem de um hospital geral público do estado do Rio de Janeiro. Resultados: Uma grande parte dos pacientes submetidos a contenção mecânica estavam em uso de dispositivos invasivos como sonda nasoenteral (SNE), cateter vesical de demora (CVC), acesso venoso central (AVC), drenos e tubo orotraqueal (TOT). Entre os pacientes contidos mecanicamente, a maioria eram idosos que apresentavam alguma deterioração da função cognitiva, uso de drogas sedativas ou antipsicóticas. Além disso, a maioria dos pacientes contidos estavam internados na clínica médica ou na unidade de terapia intensiva. Também foi possível observar que pacientes que apresentavam um tempo maior de internação e os que não deambulam tinham maior chance de estarem contidos. No ambiente hospitalar a prática do uso de contenção mecânica é muito comum, mas é importante salientar que seu uso pode trazer danos significativos ao paciente como redução da perfusão nas extremidades, lesões por pressão, fraturas, depressão respiratória, delirium. Por isso é essencial que esse paciente seja avaliado constantemente em relação a sua segurança, necessidade da contenção, sinais vitais e nível de consciência. Conclusão: É fundamental que existam protocolos adequados para validação e uso da contenção mecânica, sendo ela usada apenas como recurso indispensável para boas práticas em saúde. No serviço às práticas deve se convergir, impedindo a existências de lacunas que podem gerar danos ao paciente. A prática da contenção mecânica não pode apenas estar incorporada no cotidiano, seu uso tem que ser bem prescrito pelo médico e bem avaliado pela equipe de enfermagem.
Objetivo: Avaliar a independência funcional, qualidade de vida e frequência de sintomas depressivos em mulheres sobreviventes ao câncer de mama e verificar a presença de associação entre incapacidade funcional, qualidade de vida e a presença de sintomas depressivos. Métodos: Trata-se de um estudo observacional, transversal, com uma amostra de conveniência composta por 23 mulheres submetidas à mastectomia ou quadrantectomia com ou sem abordagem axilar. Os instrumentos utilizados foram questionário sociodemográfico, DASH, WHOQOL-bref, e HADS, que avaliavam, respectivamente, a funcionalidade do membro superior, qualidade de vida, e sintomas depressivos. Resultados: A função do membro superior apresentou um percentual 82,60% de incapacidade entre as participantes do estudo e foi associada a domínios físicos e ambientais de qualidade de vida. A qualidade de vida apresentou declínio no domínio físico e o domínio psicológico foi o melhor avaliado. Os sintomas depressivos foram observados em 47,83% das participantes. Conclusão: A incapacidade funcional e os sintomas depressivos foram muito frequentes em mulheres sobreviventes ao câncer de mama. A incapacidade funcional foi associada aos domínios da qualidade de vida, mas não se associou a presença de sintomas depressivos. Destaca-se a importância da detecção e intervenção precoce dos comprometimentos que os tratamentos do câncer de mama podem desencadear.
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Introdução: A violência contra a mulher está cada vez mais frequente. Trata-se de uma demanda social importante, pois ainda é invisível na sociedade, uma ocorrência velada. É considerado um grave problema de saúde pública, pois atinge não apenas a saúde física, moral e psicológica da mulher agredida, mas repercutir em todo o coletivo, e que gera consequências graves como ameaça à vida. Objetivo: Discutir o tema violência contra a mulher à luz da literatura, com vistas a subsidiar reflexões para a qualificação do enfermeiro. Material e métodos: Trata-se de uma revisão sistemática na base de dados da Scientific Electronic Library On-line (SciELO) a partir dos descritores de saúde. Resultados: A violência contra a mulher envolve vários fatores, dentre eles, a história e a cultura pertinentes a cada sociedade, a diferença de gêneros, a dependência econômica e emocional, além do uso de drogas ilícitas ou não. Segundo o artigo 7º da Lei nº 11.340/2006 são formas de violência doméstica e familiar contra a mulher: violência de gênero, doméstica, familiar, física, institucional, intrafamiliar, moral, patrimonial, psicológica e sexual. A assistência de enfermagem deve acolher a mulher de forma atenciosa e humanizada, através de atitudes, medidas e posturas dos profissionais na sua relação com a vítima. Devem sempre estar atentos ao âmbito social dessa mulher, já que a violência doméstica se constitui em um fenômeno presente em toda a sociedade. A rede de proteção à mulher exposta a violência deverá ser fortalecida para auxiliar em uma maior eficácia no atendimento e direcionamento da vítima. Conclusão: Torna-se necessário o amparo às mulheres através de políticas públicas que auxiliem no enfrentamento através da prevenção de episódios de violência e na ocorrência do agravo ter um fluxograma com as possibilidades de serviços de apoio para que as vítimas tenham meios de se recuperar do trauma. À face do exposto, o enfermeiro se destaca como facilitador, educador e cuidador acolhendo a vítima, fazendo a escuta qualificada e a notificação compulsória do agravo, além de realizar o encaminhamento para os demais membros da equipe multidisciplinar, tais como: assistente social, psicólogo e médico.
Caracterizar o perfil e identificar os fatores de risco e proteção para câncer de mama das usuárias atendidas em um ambulatório de enfermagem. Método: Estudo retrospectivo e descritivo. Utilizou-se dados secundários obtidos da avaliação de enfermagem de 21 pacientes do ambulatório de enfermagem de um hospital universitário. Resultados: Observou-se que 57% das mulheres tinham 50 anos ou mais; 42,9% eram casadas; 38,1% eram "do lar"; 38,1% tinham ensino médio e 42,9% eram brancas; 28,6% eram fumantes; 33,3% consumiam bebida alcoólica; 71,4% eram sedentárias; 76,2% tiverem menarca precoce; 23,8% tinham parentes consanguíneos com câncer de mama e/ou ovário; 28,6% eram nulíparas; 12 estavam na menopausa, sendo uma com menopausa tardia; das 15 mulheres que tiveram filhos, 13,3% os tiveram depois dos 30 anos e 73,4% amamentaram. Conclusão: A pesquisa permitiu identificar o perfil sociodemográfico e os fatores de risco e proteção associados à neoplasia mamária.
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