O presente trabalho apresenta, em forma de ensaio, duas pesquisas realizadas no Grupo de Pesquisas Estudos de Linguagem e Descolonialidades (GPLeD-UFMT) e tem por objetivo discutir a produção de colonialidades que legitimam verdades em construções discursivas sobre a colonização da Amazônia e sobre os povos indígenas e não indígenas na universidade. Essas pesquisas em Linguística Aplicada têm como ponto de partida a experiência dos pesquisadores, suas vivências e sócio-histórias para analisar seus objetos e assim produzir sentidos. Conclui-se que o debate sobre (des)colonialidades oferece ao pesquisador em LA uma visão interrogadora acerca da manutenção da colonialidade em diferentes contextos da vida social e a produção de conhecimento.
A década de setenta do século passado marca, na região norte de Mato Grosso, o surgimento do projeto de colonização Gleba Celeste. Nele, a Colonizadora SINOP S.A. dos empresários Enio Pipino e João Pedro Moreira de Carvalho implanta as cidades de Vera, Sinop, Santa Carmem e Cláudia. Este artigo analisa o discurso da fundação da Gleba Celeste a fim de observar os efeitos produzidos e como reafirmam a lógica criador/criatura. O estudo do discurso recorre à entrevista de Enio Pipino ao Museu da Imagem e do Som (1982), por meio da qual a narrativa de colonização é realizada. A análise é amparada em conceitos como formação discursiva, enunciado, relações de poder, verdade e poder inscritos em Michel Foucault e sugere que a fundação deste empreendimento não correspondeu, apenas, à uma estratégia administrativa de criação de cidades, mas um esforço para levar a verdade a outrem, evidenciando uma hierarquia no/pelo discurso.
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