Este estudo teve por objetivo determinar a prevalência da Síndrome de Burnout e dimensões (exaustão emocional, descrença, eficácia profissional) e avaliar sua relação com transtorno de ansiedade e com percepção do nível de qualidade de vida entre estudantes de Ciências da Saúde. Caracteriza-se como estudo transversal analítico, tendo sido utilizados para coleta de dados: Maslach Burnout Inventory Student Survey, Inventário de Ansiedade Traço-Estado, WHOQOL-Bref, Critério de Classificação Econômica Brasil e Questionário demográfico-socioeconômico, condições de saúde e discentes. Identificaram-se prevalências da Síndrome de Burnout em 65,1% dos estudantes (n=229); alto nível de exaustão emocional em 35,2% (n=124); alto nível de descrença em 35,8% (n=126) e baixo nível eficácia profissional em 30,4% (n=107). Registrou-se maior chance de desenvolver Síndrome de Burnout entre estudantes sem filhos, com altos índices de ansiedade-traço e com baixa percepção do nível de qualidade de vida no domínio físico. Maiores chances de desenvolver exaustão emocional foram evidentes entre aqueles com altos índices de ansiedade-estado e com baixa percepção do nível de qualidade de vida no domínio psicológico. Maior chance de desenvolver a dimensão eficácia profissional entre aqueles com altos índices de ansiedade-estado e com baixa percepção do nível de qualidade de vida no domínio social. Constatou-se relação entre SB e suas dimensões com transtorno de ansiedade e com percepção do nível de qualidade de vida, evidenciando a necessidade de se adotar medidas de enfrentamento da síndrome para possível redução do transtorno de ansiedade e promoção do nível de qualidade de vida entre estudantes de Ciências da Saúde.
Arq. Ciênc. Saúde. 2015 out-dez; 22(4) xx-xx ResumoIntrodução: Qualidade de vida no trabalho envolve condições relacionadas à satisfação do trabalhador com seu trabalho, à humanização das condições do trabalho e ao aumento da produtividade e da qualidade por parte da organização, podendo associar-se à valorização do trabalho desenvolvido, ao feedback dos superiores, à tomada de decisões, à igualdade de oportunidades, à compensação justa e adequada pelo trabalho desenvolvido, à integração social no ambiente de trabalho e à relação entre trabalho e espaço total de vida. Objetivo: Identificar associação entre qualidade de vida no trabalho, respectivos domínios (físico/saúde, psicológico, pessoal e profissional) e condições individuais, ocupacionais e organizacionais entre professores do ensino superior. Casuística e Méto-dos: Estudo transversal analítico entre professores de uma Instituição de Ensino Superior no norte de Minas Gerais. Dados obtidos via on-line, recorrendo à utilização de e-mail, tendo sido utilizados os questionários: Quality of Working Life Questionnaire-bref, WHOQOL-Bref, Maslach Burnout Inventory, Questionário Nórdico de Sintomas Osteomusculares, Critério de Classificação Econô-mica Brasil e questionário condições individuais, ocupacionais e organizacionais. Resultados: Associaram-se à baixa percepção da qualidade de vida no trabalho: raça/cor da pele, titulação, domínio psicológico do nível de qualidade de vida geral, qualidade de vida geral e realização de tarefas repetitivas; ao domínio físico/saúde: domínios físico e psicológico do nível de qualidade de vida geral e número de estudantes por turma; e ao domínio psicológico: domínio psicológico do nível de qualidade de vida geral e possibilidade de melhoria do salário. Conclusão: A baixa percepção da qualidade de vida no trabalho associou-se às condições individuais e organizacionais; o domínio físico/saúde associou-se às condições individuais e ocupacionais e o domínio psicológico associou-se às condições individuais e organizacionais. Descritores: Qualidade de Vida; Saúde do Trabalhador; Docentes. Abstract Introduction: Quality of life at work involves the conditions related to workers' satisfaction with their work, as well as the humanization of working conditions and the increasing of productivity. It also affects the quality of the organization and may involve the appreciation of the work, the feedback from superiors, the decision-making, through equal opportunities ranging from fair and adequate compensation for their work, as social integration in the workplace and the relationship between work and total life space. Objective: Identify the association between quality of life at work and its domains related (such as, physical/health, psychological, personal, and professional) and individual condition, occupational condition, and organizational condition among professors at an Institution of Higher Education. Patients and Methods: We conducted a cross-sectional study involving professors of an Institution of Higher Education in the Nort...
OBJETIVO: Avaliar a associação entre baixa percepção do nível de qualidade de vida (QV) e trabalho entre estudantes de graduação em enfermagem.MÉTODOS: Estudo analítico e transversal entre estudantes de uma instituição de ensino de Minas Gerais. Delineou-se a amostra em 312 pessoas, favorecendo a representatividade populacional. Utilizaram-se para coleta de dados: WHOQOL-Bref, Critério de Classificação Econômica Brasil e questionário condições demográficas, socioeconômicas, de saúde, discentes e hábitos de vida/atitude. Avaliaram-se as associações em estudo por regressão logística binária e teste Qui Quadrado, considerando associação ao nível de p≤0,05.RESULTADOS: Participaram 404 estudantes, dos quais 341 responderam ao WHOQOL-Bref. Identificaram-se idade média de 23,6 anos (±5,9) e predomínio de estudantes não trabalhadores (54,3%; n=182). Registraram-se as seguintes prevalências de baixa percepção do nível de QV (26,7%; n=91), domínios físico (23,5%; n=80), psicológico (29,0%; n=99), relações sociais (18,8%; n=64) e meio ambiente (28,7%; n=98). Através da análise bivariada averiguou-se que estudantes-trabalhadores apresentaram chance 1,65 vezes de apresentar baixa percepção do nível de QV no domínio físico quando comparados aos estudantes não trabalhadores. As prevalências de baixa percepção do nível de QV, domínios físico, psicológico, relações sociais e meio ambiente entre estudantes-trabalhadores foram de: 30,1%, 27,5%, 30,1%, 19,0% e 30,7%, respectivamente. Já entre estudantes não trabalhadores identificaram-se as respectivas prevalências: 23,6%, 18,7%, 26,9%, 17,6% e 25,8%.CONCLUSÃO: A prevalência de baixa percepção do nível de QV é expressiva e merecedora de atenção. Registrou-se associação estatisticamente significante apenas entre baixa percepção do nível de QV no domínio físico e a condição trabalho.
este estudo teve por objetivo determinar a prevalência do nível de atividade física entre bombeiros militares e sua relação com condições demográficas, socioeconômicas, de saúde e ocupacionais. Trata-se de um estudo transversal analítico no qual se utilizaram para coleta de dados os questionários: International Physical Activity Questionnaire, Maslach Burnout Inventory, WHOQOL-Bref, Critério de Classificação Econômica Brasil e Questionário demográfico-socioeconômico, condições de saúde e laborais. Identificou-se que 7,4% (n=15) dos bombeiros foram classificados como sedentários; 15,3% (n=31) como irregularmente ativo A; 7,0% (n=14) como irregularmente ativo B; 20,3% (n=41) como ativo e 50,0% (n=101) como muito ativo. Através de regressão logística múltipla registrou-se maior chance de baixo nível de atividade física entre bombeiros com baixa percepção do nível de qualidade de vida no domínio físico quando comparados aos bombeiros com alta percepção do nível de qualidade de vida neste domínio (OR: 2,06; IC 95% : 1,10-3,86; p=0,023) e entre bombeiros que relataram ter posse de outro emprego quando comparados àqueles que afirmaram exercer apenas a atividade laboral militar (OR: 2,14; ICIC 95% : 1,02-5,32; p=0,049). A prevalência de inatividade física esteve presente em aproximadamente um terço dos bombeiros sendo que, o baixo nível de atividade física relacionou-se à baixa percepção do nível de qualidade de vida no domínio físico e ao fato do bombeiro ter posse de outro emprego. Palavras-chave: Atividade motora. Condições de saúde. Condições de trabalho. Bombeiros. Saúde do trabalhador.
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