Introdução: A terapia antirretroviral fez da infecção pelo vírus da imunodeficiência humana uma condição crônica, tornando as práticas de promoção da saúde relevantes para pessoas vivendo com vírus da imunodeficiência humana. Ademais, o estresse e estigma podem levar esses pacientes a adotarem um estilo de vida pouco saudável. Objetivo: Analisar a produção científica sobre intervenções educativas para estilo de vida mais saudável em pessoas vivendo com vírus da imunodeficiência humana. Métodos: Revisão sistemática realizada em setembro de 2020 nas bases de dados Scopus, MEDLINE, LILACS, IBECS e Web of Science. Utilizaram-se os descritores controlados Educational Technology, HIV e Clinical Trial, o descritor não controlado Educational Intervention e operadores booleanos AND e OR. A pergunta norteadora foi: “O que estudam os ensaios clínicos envolvendo intervenções educativas para o estilo de vida saudável em pessoas vivendo com vírus da imunodeficiência humana?”. Revisão registrada no International Prospective Register of Ongoing Systematic Reviews, com n. CRD42020197591. Critérios de inclusão: estudos do tipo ensaio clínico randomizado, completos, disponíveis eletronicamente em qualquer idioma. Critérios de exclusão: estudos com crianças, adolescentes e gestantes. Resultados: Foram encontrados 1.676 artigos, 1.665 excluídos e 11 selecionados. O ano de publicação variou entre 2006 e 2020. O risco de viés foi avaliado pela ferramenta Risk-of-Bias tool for randomized trials (RoB 2.0). Estudos foram agrupados em duas categorias: 1. Intervenções educativas envolvendo tecnologia como processo: quatro estudos que utilizaram técnicas de entrevista motivacional, aconselhamento cognitivo-comportamental, metodologia psicoeducativa, psicoterapia e modelo de crenças em saúde; 2. Intervenções educativas envolvendo tecnologia como produto: sete artigos que utilizaram mensagens ou chamadas telefônicas, cartilha educativa, folheto e fita de áudio. Conclusão: As intervenções melhoraram o estilo de vida das pessoas vivendo com vírus da imunodeficiência humana, sendo mais efetivas aquelas que associaram tecnologia como processo e tecnologia como produto em detrimento das intervenções que usaram somente tecnologia como produto.
Introdução: A terapia antirretroviral transformou a infecção pelo vírus da imunodeficiência humana em condição crônica. No entanto, constatou-se um aumento das doenças cardiovasculares em pessoas vivendo com vírus da imunodeficiência humana quando comparados à população geral. Objetivo: Verificar a prevalência de hipertensão arterial sistêmica e seus fatores de risco em mulheres com vírus da imunodeficiência humana em acompanhamento ambulatorial. Métodos: Estudo transversal desenvolvido no Ambulatório de Infectologia do Hospital Universitário Walter Cantídio, em Fortaleza, Ceará, Brasil, com amostra de 61 mulheres com vírus da imunodeficiência humana. A coleta de dados ocorreu de agosto/2018 a agosto/2019 por meio de entrevista em ambiente privativo. Utilizaram-se formulário sociodemográfico, epidemiológico e clínico, além dos fatores de risco para hipertensão arterial sistêmica: pressão arterial, peso, altura, índice de massa corporal e circunferência da cintura. Para variáveis contínuas, calcularam-se média e desvio padrão, e para as categóricas, as frequências absoluta e relativa. Estudo aprovado por Comitê de Ética. Resultados: A prevalência de hipertensão arterial sistêmica na amostra foi de 18,0%, e no momento da entrevista as pacientes estavam normotensas e utilizando anti-hipertensivos. A maioria tinha cor de pele parda, escolaridade de 9 a 12 anos de estudo, eram casadas, sem filhos, católicas, desempregadas, com renda mensal familiar menor que dois salários mínimos. Maior parte era da categoria de exposição sexual, heterossexuais, com parceiro e sorodiscordantes. O antirretroviral mais utilizado foi a lamivudina. Muitas tinham sobrepeso (50,0%), faziam consumo de sal moderado (57,3%), não ingeriam bebida alcoólica (75,4%), não utilizavam drogas ilícitas (96,7%), nunca haviam fumado (63,9%), mas 22,9% eram fumantes ou ex-fumantes. A maioria não praticava exercício físico (65,5%), consumia diariamente frituras e gorduras (77,0%) e possuía antecedentes familiares para hipertensão arterial sistêmica (77,0%). Conclusão: Percentual considerável da amostra possuía hipertensão arterial sistêmica ou seus fatores de risco. Destaca-se a importância das estratégias de educação em saúde e pesquisas que abordem as práticas para um estilo de vida saudável em pessoas vivendo com vírus da imunodeficiência humana.
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