Este artigo tem por objetivo problematizar o cotidiano de trabalho do assistente social no âmbito hospitalar, tendo por base as indicações da Política Nacional de Atenção Hospitalar (PNHOSP) a partir de elementos como apoio matricial, clínica ampliada, gerenciamento de leitos, horizontalização do cuidado, linha de cuidado, prontuário único e visita aberta; e aspectos presentes no cotidiano profissional, como as condições de trabalho, o sigilo profissional e o registro no prontuário único. A metodologia utilizada teve como base a abordagem qualitativa e o método crítico-dialético. A pesquisa de campo foi realizada com assistentes sociais que atuam no setor hospitalar em Juiz de Fora/MG. As estratégias de qualidade e humanização em saúde são gestadas num contexto tanto de reestruturação produtiva quanto de “reforma gerencial do Estado. Os eixos assistenciais apontam para a implementação incisiva de uma lógica empresarial na saúde, evidenciando a disputa de projetos para o setor. Além de ser marcado pela centralidade médica e pela ênfase no campo biológico. Apesar das dificuldades, há um esforço dos profissionais em atuarem em consonância com o Projeto Ético- Político e o Código de Ética profissional.
O presente trabalho tem por objetivo refletir sobre a estratégia do governo Bolsonaro durante a pandemia da COVID-19, que foi guiada pelas características de desvalorização da ciência e negacionismo. Desta forma, reflete-se sobre o conservadorismo presente na sociedade brasileira e seus impactos na Política de Saúde, sobretudo em tempos de ascensão da extrema direita. Destaca-se, ainda, o papel da comunicação no fenômeno do negacionismo, dando forma às suas estratégias e características e refletindo sobre seus profundos impactos no contexto pandêmico. Assim, não se tratou de uma falta de condução com relação à pandemia por parte do governo Bolsonaro, mas tais características, na verdade, compõem sua estratégia de condução. Ressalta-se a centralidade do Sistema Único de Saúde e a importância de seu fortalecimento. Por fim, busca-se ainda apontar caminhos de como enfrentar o negacionismo e o discurso anticientífico pautados em uma educação voltada para a cultura científica. As reflexões aqui contidas buscam, assim, contribuir com um atual debate de fortalecimento da ciência e da Política de Saúde brasileira.
Resumo: O presente ensaio tem como tema a determinação social da saúde e sua relevância teórica para a análise da pandemia da Covid-19. A produção tem por objetivo refletir a pertinência do debate teórico pautado na determinação social da saúde diante da crise sanitária imposta pela Covid-19 e análise dos desdobramentos para o trabalho em saúde. A metodologia utilizada partiu de uma pesquisa bibliográfica com análise de conteúdo de publicações referentes à determinação social da saúde, como também da sua inter-relação com a pandemia. Os resultados indicam que há diferenças fundamentais na concepção de determinação social e determinantes sociais da saúde; e que a formação sócio-histórica brasileira interfere diretamente na conformação dos processos saúde/doença da população, trazendo particularidades na conformação da pandemia. Conclui-se que a análise crítica da pandemia, no Brasil, ancorada na determinação social da saúde, é imperativa na defesa da reforma sanitária e do Sistema Único de Saúde (SUS). Palavras-chave: Saúde. Pandemia. Trabalho em saúde.
Esta dissertação tem por objetivo debater teoricamente a concepção de determinação social do processo saúde/doença, diferenciando esta perspectiva da noção de determinantes sociais da saúde. Nesta análise, é imprescindível que se considere a formação sócio-histórica, ou seja, a inserção no modo de produção de capitalista. A nossa hipótese é que o debate da determinação social da saúde tem sido tratado como sinônimo de determinantes sociais, e isso implica tanto em questões teóricas, quanto em desdobramentos práticos na realidade social. O caminho metodológico utilizado teve suporte na abordagem qualitativa e no materialismo histórico dialético, de forma a compreender a realidade em seus movimentos de contradições e conflitos, logo, pela perspectiva de totalidade. Para a compreensão do objeto de estudo foi realizada uma pesquisa bibliográfica, que consiste em: realizar um levantamento ou revisão de obras publicadas sobre o objeto e partir delas dialogar com outros livros e artigos que façam relação com o debate da determinação social da saúde. Além disso, realizamos reflexões situando a saúde historicamente, bem como fazendo a mediação com a atual crise sanitária trazida pela pandemia da Covid-19. Conclui-se que se torna cada vez mais necessário pesquisas que busquem a fundamentação dos processos em curso na sociedade, em que se percebe cada vez mais a agudização das expressões da “questão social”, principalmente em um país tão desigual como o Brasil.
O presente artigo é parte da pesquisa intitulada “Residência Multiprofissional em Saúde e Serviço Social: mapeamento teórico e político-pedagógico”, realizada entre 2017 e 2018, pelo Grupo de Estudos e Pesquisas dos Fundamentos do Serviço Social (GEPEFSS), da Faculdade de Serviço Social/UFJF em parceria com a Associação Brasileira de Ensino e Pesquisa em Serviço Social (ABEPSS). Tem por objetivo apresentar análises da revisão de produção bibliográfica do Serviço Social sobre as Residências que englobou 72 produções, a saber: 17 artigos de periódicos da área; 46 artigos dos anais dos Encontros Nacionais de Pesquisadores em Serviço Social (ENPESS) e Congresso Brasileiro de Assistentes Sociais (CBAS); e 9 teses e dissertações de autoria de assistentes sociais acerca das Residências; no que tange ao debate aqui apresentado traremos à baila reflexões, a partir dos elementos da pesquisa, acerca do direcionamento pedagógico das residências, refletindo sobre os princípios e o significado da formação para o SUS.
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