A partir dos conceitos de circuitos espaciais produtivos e dos círculos de cooperação, o artigo discute a produção do Museu do Amanhã e do Sítio Arqueológico Cais do Valongo enquanto bens patrimoniais no cenário da modernização da zona portuária do Rio de Janeiro, chamado Porto Maravilha, em andamento desde 2009. Verifica-se o alto grau de internacionalização desses bens, distanciando-os do lugar em que estão situados para significá-los nos circuitos de cidades globais e da indústria cultural globalizada, sob o pretexto de patrimonialização e culturalização dos bairros de Saúde, Gamboa e Santo Cristo. O objetivo é apresentar o potencial dos circuitos espaciais produtivos e dos círculos de cooperação como ferramentas analíticas com potencial crítico e integrante de políticas de planejamento territorial e propor o conceito de território usado como categoria analítica de natureza crítico-propositiva.
O presente artigo apresenta uma metodologia de análise do material publicitário de um empreendimento residencial vertical no município de São Paulo. Pretende-se demonstrar os nexos possíveis entre o projeto do empreendimento em questão, a noção de urbanidade e território enquanto espaço do "acontecer solidário", proposto por Milton Santos. O estudo integra pesquisa mais ampla em que se pretende estruturar circuitos espaciais produtivos dos edifícios residenciais verticais em São Paulo e os círculos de cooperação a eles relacionados.
Em tempos de globalização, o artigo propõe a aplicação do conceito de circuitos espaciais produtivos como procedimento metodológico para a análise da patrimonialização no mundo contemporâneo. O contexto em discussão envolve inter-relações dos projetos de reestruturação urbana com bens patrimoniais e, como estratégia de city marketing, políticas de patrimonialização que se valem da proliferação de equipamentos culturais, tombados ou não, para participar ativamente da indústria cultural globalizada. Por meio de pesquisa visando identificar os circuitos espaciais produtivos envolvidos na construção e operação do Museu do Amanhã, o estudo compreende a espacialização dos agentes envolvidos nessas atividades, bem como o papel desempenhado por organizações nacionais e internacionais responsáveis pela produção desse novo ícone da paisagem e do imaginário carioca.
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