Objetivo: considerando a importância dos produtos naturais de uso tradicional, o trabalho propôs a avaliação de parâmetros de qualidade e atividade antimicrobiana in vitro do gargarejo produzido no Centro de Educação Popular (Cenep), Nova Palmeira (PB), e utilizado para o tratamento de afecções da orofaringe e amígdalas. Metodologia: três amostras de gargarejo foram analisadas para avaliar o aspecto microbiológico sendo realizada a contagem de micro-organismos viáveis, por semeadura em profundidade. Materiais e métodos: a avaliação da atividade antimicrobiana in vitro contra S. pyogenes foi realizada utilizando o método de difusão em ágar e os parâmetros físico-químicos determinados foram pH, resíduo seco, densidade, bem como a caracterização fitoquímica. Resultados: apresentaram contagem microbiana dentro dos limites estabelecidos pela Farmacopeia. A atividade antimicrobiana contra S. pyogenes apresentou halos de inibição variando de 10,5 a 18,6 mm para amostra diluída e pura, respectivamente. Os parâmetros físico-químicos apresentaram pH 4,39 ± 0,16; o resíduo seco de 13,4 % a 15,4%; e a densidade de 1,013 ± 0,010. O perfil fitoquímico foi caracterizado pela presença de taninos, alcaloides e flavonoides. Conclusões: o gargarejo apresentou-se adequado para uso, tendo em vista os parâmetros microbiológicos, físico-químicos, fitoquímicos apresentados, bem como a comprovação da eficácia antimicrobiana adequada ao uso terapêutico proposto.
Os fitoteráficos à base de Passiflora ssp constituem uma alternativa para contrapor o consumo excessivo de medicamentos ansiolíticos na sociedade contemporânea. Desse modo, o controle de qualidade destes produtos é essencial para a segurança e eficácia terapêutica. O presente trabalho, se propôs a verificar os parâmetros físico-químicos de qualidade de medicamentos fitoterápicos à base de Passiflora spp, bem como, avaliar o cumprimento da legislação específica quanto a rotulagem. Investigou-se cinco amostras, codificadas como S (S1, S2, S3) formulados apenas com extratos de Passiflora incarnata e A (amostras A1, A2), referentes aos medicamentos formulados em associação com outras espécies vegetais. As amostras foram avaliadas quanto a rotulagem, peso médio, dureza, tempo de desintegração, e presença de flavonoides. Os dados revelaram que as amostras se apresentaram regulares para os itens de rotulagem, duas amostras (A1 e A2) não apresentaram desintegração adequada. No peso médio e dureza, as amostras encontravam-se em conformidade com as especificações farmacopeicas. Quanto à presença de flavonoides, embora negativas ao teste de Shinoda, apresentaram reação de identificação positiva frente aos testes com FeCl3 e NaOH. Conclui-se que duas das cinco amostras avaliadas (A1 e A2) apresentaram inadequações de qualidade físico-química.
Elaborado por Maurício Amormino Júnior-CRB6/2422 O conteúdo dos artigos e seus dados em sua forma, correção e confiabilidade são de responsabilidade exclusiva dos autores. 2019 Permitido o download da obra e o compartilhamento desde que sejam atribuídos créditos aos autores, mas sem a possibilidade de alterá-la de nenhuma forma ou utilizá-la para fins comerciais.
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