De etiologia multifatorial, a cárie é fortemente influenciada por fatores comportamentais, com ênfase para a participação da dieta no processo cariogênico. Objetivo: Investigar a associação entre a presença de cárie dentária e hábitos alimentares em crianças de 5 anos no município de Patos/PB. Metodologia: O estudo do tipo transversal analítico foi realizado com 216 crianças, de ambos os sexos, em creches públicas e privadas. Para a coleta dos dados foi adotado o índice ceo-d para diagnóstico da cárie dentária e aplicado um questionário com os pais/responsáveis sobre os hábitos alimentares das crianças. Para avaliação da frequência de consumo de açúcar utilizou-se um diário alimentar individual e institucionalizado de três dias. A análise estatística envolveu procedimentos descritivos, análises univariadas (RP Bruta) e multivariadas no modelo de Regressão de Poisson. Sob aprovação do CEP/UNICSUL (protocolo CE/UCS 027/2014). Resultados: A prevalência de cárie foi de 67,6% e o índice ceo-d médio foi de 3,74 ± 4,031, cujo componente "cariado" correspondeu a 93,9%. Houve associação significativa entre a cárie e aleitamento materno (p=0,001), adição de açúcar na dieta das crianças (p<0,001) e frequência diária total de ingestão de açúcar (p<0,001). Após inserção no modelo multivariado, a prevalência de cárie foi maior em crianças que apresentaram consumo de açúcar superior a 3 vezes ao dia (p=0,045) e alta ingestão diária de açúcar na dieta (p<0,001). Conclusão: A prevalência de cárie dentária mostrou-se elevada no estudo, estando associada à alta frequência diária de ingestão de açúcar na dieta.
Objetivo: Verificar a prevalência de má-oclusão em pré-escolares de creches públicas do município de Patos/PB. Material e Métodos: A população do estudo foi composta por crianças, de ambos os sexos, regularmente matriculadas na rede pública do município de Patos/PB e inseridas em um projeto de extensão universitário. A análise oclusal consistiu na realização de um exame clínico, por um único examinador e anotador previamente calibrados. O exame clínico foi realizado no próprio ambiente escolar, sob iluminação natural, com a criança sentada de frente para o examinador, com o Plano de Frankfurt paralelo ao solo e em máxima intercuspidação habitual, utilizando-se de espelho bucal e sonda periodontal milimetrada CPI/WHO. Foram avaliados a chave de canino, sobressaliência, sobremordida, mordida cruzada posterior, mordida aberta anterior e mordida cruzada anterior. Nas crianças com oclusão normal foi avaliado ainda, o tipo de arco dentário. A análise estatística foi realizada de modo descritivo por meio de frequências relativas e absolutas para as variáveis categóricas e, para o tratamento estatístico, empregou-se o teste de qui-quadrado (X2), com nível de significância de 5%. Resultados: Foram avaliadas 131 crianças de 5 anos de idade, sendo 54,2% do sexo masculino. Evidenciou-se uma prevalência de 38,2% de má-oclusão nas crianças avaliadas, com os maiores índices para a mordida aberta anterior (30,0%) e a sobremordida (28,0%). Com relação ao tipo de arco, observou-se que o tipo de arco mais prevalente foi o tipo II (48,1%). Não se observou correlação estatisticamente significante entre as variáveis: presença de má-oclusão, tipo de má-oclusão e tipo de arco dentário com o sexo (p > 0,05). Conclusão: A prevalência de má-oclusão nas crianças examinadas foi significativa, evidenciando a necessidade da intervenção precoce. Faz-se necessária a implementação de políticas públicas direcionadas à prevenção e controle de problemas ortodônticos em crianças nessa faixa etária.Descritores: Má-oclusão. Pré-escolar. Epidemiologia.
Objetivo: Avaliar a autopercepção da saúde bucal, associando-a a variáveis socioeconômicas, clínicas e comportamentais. Material e Métodos: Este estudo de natureza transversal avaliou uma amostra de 425 idosos de 60 anos, de Teresina-PI. O exame intrabucal foi realizado pelo índice de ataque de cárie (CPO-D), índice periodontal e uso e necessidade de prótese. O índice de saúde bucal geriátrica (GOHAI) foi avaliado por meio de entrevista, cujos dados referentes foram apresentados de forma descritiva e posteriormente dicotomizados em baixa percepção (somatório dos escores < 32) e alta percepção (somatório dos escores ≥ 32). Foram feitas análises univariadas por meio do teste de qui-quadrado para se avaliar a associação entre o perfil do idoso, CPO-D, índice periodontal e uso e necessidade de prótese (variáveis de exposição) e o índice GOHAI (variável de desfecho). As variáveis que apresentaram nível de significância menor que 0,2 foram estudadas na análise de regressão logística múltipla com procedimento stepwise, a fim de identificar os fatores associados à baixa percepção. Resultados: O CPO-D foi de 29,3 ± 4,4 (média / ± dp). Em relação à doença periodontal, 14,2% dos dentes eram hígidos, 23,5% com sangramento e 7,0% com bolsa periodontal. Quanto ao uso de prótese, 73,4% e 47,5% dos idosos pesquisados usam-na na região superior e inferior, respectivamente; e 25,0% e 51,0% necessitam de prótese na região superior e inferior, respectivamente. Os idosos com renda menor ou igual a um salário mínimo apresentaram 2,19 (IC: 1,30-3,69) vezes mais chance de apresentar baixa percepção de saúde bucal. Aqueles que ingerem diariamente medicamentos têm 1,90 (IC: 1,10-2,87) vezes mais chance de apresentar baixa percepção de saúde bucal e os que não necessitam de próteses dentárias inferiores têm 1,88 (IC: 0,35-1,09) vezes mais chance de apresentar baixa percepção de saúde bucal que os idosos que necessitam de próteses totais. Conclusão: A autopercepção da saúde bucal pelos idosos de Teresina-PI, participantes deste estudo, foi positiva. No entanto, possuir renda mensal menor que um salário mínimo, ingerir diariamente medicamentos e necessitar de próteses totais inferiores são fatores associados a uma baixa percepção desses sujeitos em relação à sua saúde bucal.Descritores: Autoimagem. Saúde bucal. Idoso.
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