Diante dos (des)encontros entre o professor e os alunos da inclusão, apostamos em um caminho em que o fazer docente decanta de uma certa artesania de ler. A leitura realiza-se em três tempos e posições: encontra-se com a desarmonia imobilizante que conduz a uma leitura cientificista; transita pelo enfrentamento do estranho e chega à leitura desconstruída e descontínua, que permite a constituição de práticas pedagógicas. Este artigo aborda uma experiência realizada entre 2006 e 2012 com um grupo de professores, em que se analisou especialmente o enunciado de um professor em relação ao seu aluno.
O artigo apresenta os resultados de uma pesquisa de revisão sistemática realizada pelo Núcleo de Pesquisa e Intercâmbio para a Infância e Adolescência Contemporâneas da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Teve como objetivo mapear a produção acadêmica sobre mal-estar de professores na psicanálise durante os últimos vinte anos, no cenário brasileiro, a fim de compreender como a área tem construído o conhecimento em sua articulação com a educação. Dividiu-se metodologicamente em dois momentos distintos, um que visou compreender a panorâmica desta produção e outro especificamente voltado para uma análise das formas como a abordagem do mal-estar têm sido construídas pelo campo. Foram utilizadas, prioritariamente, como fontes documentais, livros, teses, dissertações e artigos acadêmicos.
O presente artigo se propõe a tecer uma reflexão sobre a participação do corpo no ensino não presencial. Partindo da premissa que o corpo é pulsional, e que a relaçãoprofessor aluno se fará a partir das marcas desse encontro/desencontro entre corpos, interroga as possíveis incidências da não presença física no ensino remoto. Discutindo a sexualidade infantil como pano de fundo da relação adulto-criançae a alteridade que ela convoca, situa a estranheza como fator de potência e impotência no inédito trabalho não presencial que a pandemia impôs realizar.
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