RESUMO: Programas de treino funcional podem colaborar na redução de incapacidades, quedas, problemas emocionais e sociais em idosos. O objetivo do estudo foi verificar o efeito de um programa de oito semanas de exercícios funcionais em idosas da comunidade, avaliando o impacto nas atividades instrumentais de vida diária (AIVD) e no equilíbrio unipodálico. Deste estudo quasi-experimental participaram sete idosas da comunidade (71±8,1 anos), sem distinção de raça e/ ou condição social, excluindo-se aquelas com alterações cognitivas, doenças agudizadas ou neurológicas, quadro álgico na coluna ou articulações, labirintite, distúrbios visuais não-compensados, fratura prévia no último ano e utilização de apoio para a marcha. Todas responderam ao questionário de Lawton e se submeteram ao teste de apoio unipodálico antes e depois do programa, administrado três vezes por semana. O programa consistia em exercícios de marcha em flexão plantar, dorsiflexão, permanência em alternância de apoio unipodálico, marcha lateral com flexão de quadril aumentada e marcha tandem. Os resultados indicam melhora (p=0,042) no nível funcional (índice de Lawton) após o programa e uma tendência à melhora no equilíbrio unipodálico, embora não-significante (p>0,105). O programa de exercícios proposto produziu pois melhora no desempenho das AIVD e uma tendência à melhora do equilíbrio estático, sugerindo ser relevante para aprimorar a autonomia das idosas. DESCRITORES: Atividades cotidianas; Idoso; Equilíbrio postural; Mulheres; Terapia por exercício ABSTRACT: Functional training programs may help reduce elderly disabilities, falls, and emotional and social problems. The aim of this study was to assess the impact of an eight-week functional exercise program on aged women's instrumental activities of daily living (IADL) and one-foot stance balance. Irrespective of race and/or social condition, 7 community-dwelling elderly women (aged 71±8.1) were selected, being excluded those with cognitive impairment, acute or neurological diseases, spine or joint pain, labyrinth inflammatory disease, visual impairment, fractures in the previous year, and use of gait aid. All subjects were assessed by the Lawton IADL scale and the one-foot stance balance test, before and after the program. Exercises were performed three times a week and consisted of gait exercises in plantar flexion, dorsiflexion, alternation of sustained one-foot stance, sideways gait, gait with increased hip flexion, and tandem gait. Results show a functional improvement in IADL (p=0.042) as measured by the Lawton scale, and a trend towards better static one-foot stance balance, though not significant (p>0.105). The proposed program of functional exercises may thus be said to bring about improvement in older women's functional performance and a trend towards improvement on static balance, suggesting its relevance to increase elderly women's autonomy.
A educação ambiental coloca em relevo o papel dos sujeitos no enfrentamento dos problemas ambientais contemporâneos, em especial, em relação à produção de resíduos sólidos decorrentes de modos de vida baseados no consumo desenfreado. Através do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência (PIBID), do curso de Geografia da Universidade Estadual de Londrina (UEL) foram propostas ideias e práticas para potencializar o debate e a reflexão sobre a necessidade de um consumo consciente, bem como do descarte e reaproveitamento dos resíduos sólidos gerados. Tais práticas aconteceram em escolas públicas através de jogos tradicionais cujos resultados foram além da materialidade dos objetos elaborados.
Objective: To determine the frequency of spirometry in elderly people, by age group, at a pulmonary function clinic, to assess the quality of spirometry in the extremely elderly, and to determine whether chronological age influences the quality of spirometry. Methods: This was a cross-sectional retrospective study evaluating information (spirometry findings and respiratory questionnaire results) obtained from the database of a pulmonary function clinic in the city of Aracaju, Brazil, for the period from January of 2012 to April of 2017. In the sample as a whole, we determined the total number of spirometry tests performed, and the frequency of the tests in individuals ≥ 60 years of age, ≥ 65 years of age, and by decade of age, from age 60 onward. In the extremely elderly, we evaluated the quality of spirometry using criteria of acceptability and reproducibility, as well as examining the variables that can influence that quality, such a cognitive deficit. Results: The sample comprised a total of 4,126 spirometry tests. Of those, 961 (23.30%), 864 (20.94%), 102 (2.47%), and 26 (0.63%) were performed in individuals ≥ 60, ≥ 65, ≥ 86, and ≥ 90 years of age (defined as extreme old age), respectively. In the extremely elderly, the criteria for acceptability and reproducibility were met in 88% and 60% of the spirometry tests (95% CI: 75.26-100.00 and 40.80-79.20), respectively. The cognitive deficit had a negative effect on acceptability and reproducibility (p ≤ 0.015 and p ≤ 0.007, respectively). Conclusions: A significant number of elderly individuals undergo spirometry, especially at ≥ 85 years of age, and the majority of such individuals are able to perform the test in a satisfactory manner, despite their advanced age. However, a cognitive deficit could have a negative effect on the quality of spirometry.
O uso de plantas medicinais é uma prática comum nas sociedades, tanto nas regiões mais pobres do país quanto nas grandes cidades, e o conhecimento tradicional sobre o uso de várias plantas é vasto e tem sido transmitido desde civilizações antigas. Existem provavelmente cerca de 250.000 espécies de plantas no mundo, das quais apenas cerca de 15% são conhecidas por sua atividade biológica, e um total de 25.000 espécies são consideradas medicinais (ALVES, 2004). O homem usou plantas para alimentos, entretenimento e fins medicinais, aprendendo primeiro com o comportamento animal e, em seguida, através de seus próprios instintos, criando um método de tentativa e erro. Hoje, a medicina fez grandes progressos no diagnóstico e tratamento de muitas doenças, e novos remédios à base de plantas para doenças crônicas estão sendo pesquisados e desenvolvidos (BAPTISTEL et al., 2014). A medicina típica e obsoleta, insiste e ignora o uso de plantas medicinais, não é possível permanecer regido pela lógica da medicalização extrema. Hoje domina a cultura de que precisamos de receitas para tudo, focadas muito mais na obediência do consumo do que na melhoria, de fato, de quem as utiliza. Você tem que mudar a rota, abrir a cabeça. Pense no futuro sem esquecer o passado. Ao pensar e até mesmo reconhecer a falta de acesso a essas drogas, fica claro que comprimidos sintéticos, pomadas e anti-inflamatórios não estão dando conta de tanto sofrimento (JOLIVI, 2020). O uso crônico de medicamentos semelhantes a doces e a maneira como isso acontece hoje, traz muito mais riscos do que benefícios. Segundo levantamento da Fundação Oswaldo Cruz, 40% dos casos de intoxicação no país são causados por medicamentos. O percentual é maior do que o trazido por drogas ilícitas, pesticidas, inseticidas e venenos. Mesmo assim, se usarmos a internet para buscar informações, vemos que quase não há campanhas pelo uso consciente e prescrição desses medicamentos (JOLIVI, 2020). O acúmulo de informações e experiências ancestrais sobre o nosso ambiente, interagindo com ele e atendendo às suas necessidades de sobrevivência humana. As plantas sempre desempenharam um papel fundamental em muitas práticas da cultura popular por diversos motivos, e se destacam por seu potencial terapêutico, que é transmitido de geração em geração. No alvorecer da civilização, a assistência à saúde era desenvolvida por mulheres cujos conhecimentos eram adquiridos no seio da família, independentemente do prestígio ou do poder social. Assim, desenvolveu-se uma estreita relação entre mulheres e plantas, uma vez que seu uso foi o principal recurso terapêutico para tratar a saúde das pessoas e de suas famílias (ISERHARD et al., 2009). Vários fatores estão atualmente impulsionando o aumento do uso de plantas como recursos medicinais, incluindo o alto custo da medicina industrial, o fraco acesso a cuidados médicos e a tendência para produtos naturais (ALVES, 2004). Acredita-se que o cuidado realizado por meio de plantas medicinais é favorável à saúde humana, desde que o usuário tenha conhecimento prévio de sua finalidade, riscos e benefícios. Além disso, o profissional de saúde, especialmente o enfermeiro, deve considerar tal recurso de origem popular em sua prática assistencial, permitindo um cuidado singular, centrado em crenças, valores e estilo de vida de cuidado (ISERHARD et al., 2009; BADKE et al., 2012). A adição a este tipo de farmacoterapia deve-se ao menor número de efeitos adversos/colaterais e à facilidade de acesso barato, em comparação com as drogas sintéticas. Dados sobre o mercado de ervas no Brasil mostram uma redução significativa no registro desses produtos em 72% entre 2009 e 2015, indicando que o mercado nacional está aquecido (FREIRE et al., 2011). O caminho percorrido por uma tecnologia desde a sua génese (protótipo) até à sua chegada ao mercado, divide-se em três fases: invenção (criação da técnica ou produto), inovação (novidade da criação ou melhoria de uma criação já existente no mercado) e disseminação (adesão à invenção num determinado período) (FREIRE et al., 2011). No caso de uma inovação farmacêutica, isso ocorre devido a: alteração das propriedades do composto, como a estrutura química do Ingrediente Ativo (IA) da forma farmacêutica, sendo o composto capaz de apresentar novas propriedades, que não podem necessariamente ser pioneiras no mercado, farmacológicas ou farmacodinâmicas, entendidas como um princípio ativo que apresenta um novo alvo terapêutico ou que apresenta menos efeitos colaterais em relação a um composto existente que atua sobre o mesmo objetivo (ARONSON, 2008). O mercado atual de medicamentos equivale a cerca de 1,1 trilhão de dólares americanos, dos quais 35% têm como fonte direta ou indireta derivados de produtos naturais. Desse percentual, a maioria (25%) corresponde ao uso de plantas. Esses recursos, além de serem utilizados para a descoberta e desenvolvimento de drogas sintéticas, são utilizados como matéria-prima para novos medicamentos e fitofármacos (AKKARI et al., 2016).
O objetivo do presente artigo é discutir a potencialidade do método montessoriano no processo de ensino-aprendizagem, onde o espaço aparece como uma das variáveis mais importantes no sucesso da perspectiva pedagógica, trazendo, portanto, um fértil campo de investigações para a Geografia. A metodologia de pesquisa qualitativa contou com abordagens teóricas e trabalho de campo em uma escola que segue o método montessoriano, localizada no município de Rosário, Santa Fé, Argentina. Como resultados, observou-se que o planejamento e a organização do espaço são um fator fundamental para o desenvolvimento motor e cognitivo das crianças, o qual deve instigar a exploração e o trânsito livre dos pequenos com pouca intervenção do professor, até mesmo no acesso aos materiais didáticos. A organização espacial e o respeito à individualidade e ao tempo de aprendizagem de cada criança mostram que os primeiros passos na autonomia são possíveis desde a mais tenra idade. Além disso, essa questão é um campo fértil e ainda pouco explorado nas pesquisas de Geografia.
Esta pesquisa discute o potencial pedagógico dos patrimônios geomorfológicos como espaços de formação cidadã, por se constituírem como locais acessíveis à construção e a difusão de conhecimentos nas diferentes fases educacionais. Neste sentido, como forma de usufruir das potencialidades formativas dos patrimônios geomorfológicos, propôs-se por meio de uma prática interdisciplinar entre Geografia e Arte, um estudo, in loco, no Parque Estadual de Vila Velha, no município de Ponta Grossa, Paraná, Brasil. O objetivo foi aprofundar os conhecimentos sobre formas de relevo e estrutura geológica da Terra, bem como, estimular o potencial artístico e criador dos estudantes, do sexto ano do ensino fundamental de um colégio em Londrina/Paraná, por meio da realização de vídeos e fotos. O Parque Estadual Vila Velha é constantemente visitado para este fim, visto que se trata de um sítio geológico, tombado como Patrimônio Histórico e Artístico Estadual em 1966. Como resultados, verificou-se como o parque, enquanto patrimônio geomorfológico, apresenta potencial para o desenvolvimento de atividades de educação ambiental. O trabalho proporcionou uma percepção frente aos problemas ambientais da contemporaneidade, assim como, a sensibilização dos sujeitos para a temática ambiental. Conclui-se que a realização de trabalhos de campo com escolares em locais de geoconservação reverbera em aprendizado para a vida, uma vez que coloca os estudantes numa experiência direta com os locais visitados.
Qual o papel dos sujeitos no enfrentamento dos problemas ambientais vigentes? Qual a relação dos sujeitos com o meio em que vivem e o modo como cuidam desses ambientes? Tais indagações ressaltam o compromisso ambiental que deve ser inerente a todos, e por vezes, estimulam práticas capazes de minimizar impactos ambientais. A Semana do Meio Ambiente, frequentemente realizada nas instituições de educação básica, promovem espaços para tais reflexões, assim como estimulam atividades e ações de grande relevância ambiental. O presente ensaio visa propor uma reflexão acerca da importância da Semana do Meio Ambiente na promoção de momentos de discussão e reflexão acerca da crise ambiental e do compromisso individual e coletivo na reversão de atitudes que degradem o meio ambiente. As escolas apresentam-se como um ambiente frutífero para a incorporação de ações que visem o trabalho coletivo e o cuidado com o meio no qual se vive. Fazendo uso da metodologia de observação e participação, foi possível através do exemplo do Colégio Estadual Manuel Bandeira em Cambé, Paraná/PR, perceber como oficinas e debates acerca da questão ambiental, desencadeia ações mais sustentáveis, promovendo o cuidado com o ambiente escolar e com o mundo.
SUMMARY OBJECTIVE: To evaluate chronological age as a limiting factor to perform the bronchodilator test, determine significant adverse effects of short-acting beta 2 agonists with clinical repercussions, and assess bronchodilator response in extreme-old-age patients who undergo the spirometry test. METHODS: This is a cross-sectional and retrospective study. The sample was extracted from the database (spirometer and respiratory questionnaire) of a pulmonary function service. Patients over 90 years old were included in the research, and we evaluated their bronchodilator response and its significant adverse effects that may have clinical repercussions related to the bronchodilator. RESULTS: A sample of 25 patients aged 92.12 ± 2.22 years (95% CI, 91.20 - 93.04), with a minimum age of 90 years and a maximum of 97 years and a predominance of females with 72% (18/25). The bronchodilator test was performed in 84% (21/25) of the patients. The bronchodilator response was evaluated in 19 of the 21 patients (90.47%) who underwent the bronchodilator test. Two tests did not meet the criteria of acceptability and reproducibility. No clinical adverse effects were observed with the bronchodilator medication (salbutamol) during or after the exam. CONCLUSIONS: Chronological age is not a limiting factor for the bronchodilator test, short-acting beta-2 agonists did not present adverse effects with significant clinical repercussion and were useful in the diagnosis and therapeutic guidance of extreme-old-age patients.
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