Modelo de estudo: Estudo observacional, analítico e transversal. Objetivo: Analisar o perfil epidemiológico dos pacientes do serviço de urgência e emergência de um hospital privado que foram submetidos a cirurgias. Metodologia: Estudo realizado em um hospital privado com análise de prontuários médicos de pacientes de ambos os sexos com idade igual ou superior a 16 anos que entraram no Serviço de Urgência e Emergência da instituição e foram encaminhados para cirurgia, no período de junho a agosto de 2017. Resultados: Analisou-se 104 prontuários, destes 53,84% corresponderam ao sexo masculino com média de idade de 46,03 anos. O tempo médio de internação foi 4,22 dias, com desvio padrão 7,01 dias e a mediana de 2 dias. Aqueles que apresentam comorbidades corresponderam a 70,19%. Houve um óbito de paciente de 83 anos após neurocirurgia com 62 dias de internação (0,96%). A maior gama das cirurgias correspondeu à apendicectomia com 25 procedimentos (43,85%), tempo médio de internação de 2,32 dias e a média de idade de 36,36 anos. Conclusão: Não houve diferença estatística entre os sexos (p=0.23) e a idade média foi de 46 anos com tempo médio de internação de 4 dias. As doenças abdominais e do aparelho locomotor se apresentaram como as principais causas de entrada no serviço de urgência, mantendo o padrão previamente estabelecido na literatura. Das cirurgias por doenças inflamatórias do aparelho digestivo, enfatiza-se a apendicectomia devido à apendicite aguda.
Objetivo: Identificar as causas de descompensação e as tendências na classificação e tratamento de pacientes internados com Insuficiência cardíaca. Métodos: Estudo observacional, realizado em um hospital privado de referência em cardiologia na cidade de Aracaju/SE. Foram analisados prontuários de junho de 2015 à agosto de 2018 e aplicou-se questionários em pacientes acima de 18 anos, que deram entrada com quadro de Insuficiência Cardíaca Aguda ou Crônica agudizada. Resultados: Incluíram-se 180 pacientes, com média de 73 anos e prevalência do sexo masculino (52,2%). Identificou-se que 94,4% dos pacientes apresentavam dispneia, 86,1% tinha história de Hipertensão arterial sistêmica, arritmia (33,3%) foi a principal causa de descompensação e a etiologia hipertensiva foi reconhecida em 39,4% dos casos. A Insuficiência Cardíaca com fração de ejeção reduzida foi identificada em 50,7%, tendo uma maior tendência no sexo masculino (p<0,0001) e nos mais jovens (p=0,001). Os diuréticos (82,3%) e betabloqueadores (58,3%) foram as principais medicações usadas cronicamente e durante a internação 83,9% usaram diurético de alça para melhoria sintomática. O tempo médio de internação foi 12,45 dias e dos 6,1% que foram a óbito, 72,7% necessitaram de cuidados intensivos. Conclusão: As características identificadas nos pacientes com Insuficiência Cardíaca, como a associação de diversas comorbidades e o crescente diagnóstico de pacientes com fração de ejeção preservada, demonstram a necessidade de novas estratégias para o enfrentamento dessa síndrome.
Objetivo: Criar um instrumento que permita a classificação da qualidade dos prontuários de admissão de pacientes em unidades de urgência e emergência, verificando os itens mais omitidos e os mais avaliados no preenchimento dos prontuários. Métodos: Estudo metodológico, o qual analisou qualitativamente material impresso de 1195 prontuários eletrônicos coletados em uma instituição de urgência e emergência privada no Nordeste brasileiro. Utilizada amostra por conveniência de prontuários de pacientes com 18 anos ou mais e excluídos aqueles que não foram submetidos a avaliação médica. Os prontuários coletados foram avaliados pelo instrumento proposto, segundo os itens: identificação, caracterização de queixa principal, alergias, medicações em uso, antecedentes pessoais patológicos e gravidez, última refeição, motivo e hora da admissão, estado geral e exame físico. Resultados: Na classificação final proposta pelo instrumento, obteve-se 88 prontuários completos, 773 básicos e 334 insuficientes. Ao analisar os dados coletados nesse estudo, ficou evidente uma falha na construção dos prontuários, principalmente nos itens estado geral, última refeição, medicamentos em uso, alergias e antecedentes pessoais. Conclusão: Portanto, torna-se relevante a utilização de um instrumento específico para a avaliação e classificação dos prontuários, otimizando o atendimento, o diagnóstico e o prognóstico dos pacientes, e protegendo todos os envolvidos no âmbito judicial.
A Hanseníase é uma doença infectocontagiosa causada pelo Mycobacterium leprae, de caráter crônico e que acomete pele e nervos, podendo levar a sequelas com alto poder incapacitante quando não iniciado tratamento precocemente. O Brasil é o segundo país mais endêmico do mundo, com 12,5% dos casos, precedido pela Índia que apresenta 60,4% dos registros. As manifestações clínicas caracterizam-se por presença de lesões de pele com alteração da sensibilidade e acometimento de nervo, com espessamento neural. Estima-se que 2 milhões de pessoas no mundo vivem com algum tipo de incapacidade decorrente da infecção pelo Mycobacterium leprae, que resulta da não ocorrência ou instituição tardia de tratamento e pode ser de ordem física, psicológica e social. O tratamento é assegurado pelo serviço público de saúde tendo como principal objetivo a cura do paciente para interromper o mais precoce possível a cadeia epidemiológica de transmissão e evitar as incapacidades. Esse trabalho tem como objetivo analisar a evolução temporal dos indicadores epidemiológicos da Hanseníase em Sergipe no período compreendido entre 2009 e 2018 com dados obtidos por meio de consulta ao Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN) e analisados pelo modelo de regressão do joinpoint. Como pontos de inflexão importantes, verificouse uma redução dos casos novos em torno de 5,3% ao ano e um aumento da proporção de casos multibacilares com média de 2,5% ao ano, sugerindo uma manutenção da dinâmica de transmissão da doença no estado.
scite is a Brooklyn-based organization that helps researchers better discover and understand research articles through Smart Citations–citations that display the context of the citation and describe whether the article provides supporting or contrasting evidence. scite is used by students and researchers from around the world and is funded in part by the National Science Foundation and the National Institute on Drug Abuse of the National Institutes of Health.
hi@scite.ai
10624 S. Eastern Ave., Ste. A-614
Henderson, NV 89052, USA
Copyright © 2024 scite LLC. All rights reserved.
Made with 💙 for researchers
Part of the Research Solutions Family.