Este é um estudo teórico que tem por objetivo analisar a implicação política do humor no trabalho contemporâneo. Para tal, utiliza-se do referencial teórico psicanalítico freudiano, da crítica social e da subjetivação para analisar o trabalho na contemporaneidade. Parte-se da hipótese de que o humor nas organizações tem como principal funcionalidade revelar excessos e dogmas mantidos pelo trabalho, permitindo uma releitura desses, e sugere modificações no contexto de trabalho que perpassam a crítica ao poder constituído, convidando o coletivo à criação de um novo espaço de trabalho. Percebe-se que o humor inaugura um novo discurso social, tendo sua origem no desamparo. Guarda uma função social, mas persegue a política, sem a qual não se eleva. Portanto, porta a denúncia de hipocrisias e idealizações comuns a um grupo, e desterritorializa algo previamente estabelecido por um sujeito, uma instituição ou forma de governo. Descrever o atual cenário político neoliberal, onde se assenta o discurso falicista ou gerencialista do trabalho, e permite reconhecer nos elementos sociais do humor contribuições ao mundo laboral contemporâneo.
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