O trabalho teve como objetivo verificar o desempenho, em sacolas, de clones de eucalipto, produzidos em diferentes recipientes e substratos, com ênfase na persistência das deformações radiculares originadas no viveiro e na produção de raízes. As mudas foram produzidas em tubetes (50 cm³) e em blocos prensados (40 x 60 x 7 cm - 16.800 cm³), sendo utilizados como substratos: casca de arroz carbonizada com casca de eucalipto, bagaço de cana com torta de filtro; e turfa. As mudas, com 90 dias, foram transplantadas para sacos plásticos (20 L), com solo da área de plantio. O experimento foi conduzido em delineamento inteiramente casualizado, em esquema fatorial 2 x 7, constituído por dois clones (híbridos naturais de Eucalyptus grandis Hill ex Maiden e E. saligna Smith) e sete tratamentos, com variação de recipientes e substrato, com quatro repetições, constituídas por quatro plantas. Dois meses após o transplantio, as plantas foram avaliadas quanto ao crescimento em diâmetro ao nível do solo, altura da parte aérea, número de raízes emitidas, comprimento, área superficial e deformação do sistema radicular. As plantas originadas de mudas produzidas em blocos prensados apresentaram melhor desempenho nas avaliações realizadas em relação às dos tubetes. As deformações radiculares causadas por recipientes de paredes rígidas tendem a persistir após a fase de viveiro.
RESUMOA Handroanthus heptaphyllus Mattos, conhecida popularmente como ipê-roxo, é propagada comumente por via seminal, no entanto, suas sementes quando armazenadas, perdem rapidamente o poder germinativo, sendo assim, uma alternativa de propagação para esta espécie é a propagação vegetativa, técnica que favorece a produção de mudas em escala comercial, além de possibilitar ganho de características esperadas como uniformidade da muda no viveiro. O objetivo deste trabalho foi avaliar o efeito de diferentes concentrações de ácido indol-3-butírico (AIB) no enraizamento de miniestacas apicais de ipê-roxo. As miniestacas foram provenientes da primeira coleta de brotações das minicepas do minijardim multiclonal conduzido em tubetes realizada aos 231 dias após a germinação. Após a coleta, as miniestacas foram submetidas a cinco concentrações de AIB (0; 2000; 4000, 6000 e 8000 mg L -1 ) e em seguida foram estaqueadas em tubetes contendo Basaplant Florestal ® e adubo de liberação lenta (Osmocote ® 14-14-14). O experimento foi conduzido em delineamento inteiramente casualizado, com quatro repetições, compostas por dez miniestacas. Aos 30 dias, as miniestacas foram avaliadas quanto à sobrevivência, número de raízes de primeira e segunda ordem, comprimento das raízes de primeira ordem e massa seca do sistema radicular. Ao final do ciclo de produção, aos quatro meses, as mudas foram avaliadas quanto à altura, diâmetro do coleto, número de folhas, área foliar, massa seca da parte aérea, número e comprimento das raízes primárias e massa seca do sistema radicular. Observou-se mais de 95% de sobrevivência das miniestacas, aos 30 dias, em todos os tratamentos, com 80% delas enraizadas na ausência do fitorregulador. No entanto, o número de raiz de segunda ordem foi maior nas mudas submetidas a 8000 mg L -1 . A utilização de AIB em miniestacas de ipê-roxo não é um condicionante para o enraizamento, embora tenha resultado em mudas com maior comprimento de raízes de primeira ordem e número de raízes de segunda ordem na concentração de 8000 mg L -1 . Palavras-chave: propagação vegetativa; miniestaquia; enraizamento adventício.
RESUMO -A Sesbania virgata é uma espécie arbórea, pioneira e de ocorrência natural no Brasil. Pertence à família Leguminosae-Faboideae sendo recomendada para recuperação de áreas degradadas devido a sua rusticidade e capacidade de estabelecer simbiose com rizóbio. Mas, apesar de sua ampla distribuição, até o momento não havia uma descrição morfológica das estruturas de propagação e da planta na fase inicial de desenvolvimento. O objetivo deste trabalho foi descrever os caracteres morfológicos dos frutos, sementes e plântulas, bem como caracterizar o processo de germinação de Sesbania virgata. Para o estudo do fruto, os seguintes aspectos foram observados: tipo; cor; dimensões; textura e consistência do pericarpo; deiscência; e número de sementes por fruto. Os aspectos observados para as sementes foram: cor; dimensões; peso de 1000 sementes; textura e consistência dos tegumentos; forma; bordo, posição do hilo e de outras estruturas presentes e características do embrião. As plântulas foram caracterizadas em dois estádios. O estádio de plântula foi considerado quando os protófilos já estavam totalmente formados e de planta jovem, a partir do surgimento do 2° protófilo. Os elementos vegetativos descritos e ilustrados foram radícula, coleto, hipocótilo, cotilédones, epicótilo, protófilos e caule. O fruto de Sesbania virgata é um legume indeiscente medindo 5,8 cm e contendo de 2 a 6 sementes. A semente de Sesbania virgata é reniforme, endospérmica e desprovida do tegma, sendo que o hilo e o estrófíolo são facilmente distinguíveis. O eixoembrionário encontra-se inserido aos cotilédones, sendo apical e invaginado papilonáceo. A germinação da semente é do tipo epígea. A plântula jovem apresenta protófilos compostos com 4 a 9 pares de folíolos pequenos opostos e glabros com peciolo e pulvino, e no ápice há uma pequena expansão laminar glabra. A radícula é sublenhosa, de cor branca ou marrom castanho.Termos para indexação: descrição morfológica, leguminosae, espécie arbórea. MORPHOLOGIC CARACTERIZATION OS FRUIT, SEEDS AND SEDLINGS OF Sesbania virgata ( CAV. ) PERSABSTRACT-Sesbania Virgata is a bush, pioneer and occurs naturally Brazil. It belongs to the Leguminosae-Faboideae family and is indicated for recovery-degraded areas due to its rusticity and capacity of establishing symbiosis with rhizobial. But, in spite of its wide distribution, to date there is no morphologic description of the propagation structures and the plantule. This study describes the morphologic characters of the fruits, seeds and plantules, and characterizes the germination process of Sesbania virgata. For the study of the fruit, the following aspects were observed: type; color; dimensions; texture and consistence of the pericarp; opening; and number of seeds per fruit. The aspects observed for the seeds were: color; dimensions; weigt of 1000 seeds; tegument texture and consistency; form; embroider (?), hilum and other structures position and embryo characteristics. The plantules were characterized at two stages. The plantule stage was considered whe...
RESUMOO objetivo deste trabalho foi avaliar o efeito do tipo de miniestacas e a necessidade de aplicação de ácido indolbutírico sobre o enraizamento e qualidade das mudas formadas de Handroanthus heptaphyllus. As miniestacas apicais e intermediárias foram obtidas em minijardim multiclonal formado a partir de sementes. As miniestacas foram preparadas com 5 cm de comprimento, um par de folhas reduzidas a 50% da área foliar e estaqueadas sem e com AIB na concentração de 8000 mg L -1 . As avaliações foram realizadas aos 30 dias, na expedição do setor de enraizamento e aos 120 dias, quando a muda se encontrava formada. O experimento foi conduzido em delineamento inteiramente casualizado, em esquema fatorial 3 x 2 x 2 (três épocas de coleta, duas concentrações de AIB e duas posições do propágulo), com quatro repetições, sendo 12 miniestacas por repetição. De acordo com os resultados, o AIB não foi necessário para o enraizamento das miniestacas, entretanto, sua utilização promove incremento do número e comprimento de raízes. As miniestacas intermediárias proporcionaram maior massa seca de raízes aos 30 dias após o estaqueamento, e aos 120 dias, maior número de folhas e de raízes. A época de coleta influenciou a qualidade final das mudas. Aquelas produzidas na última coleta (oitavo) apresentaram valores médios inferiores nas características biométricas, exceto para o comprimento e número de raízes de primeira ordem. Palavras-chave: miniestacas; ipê-roxo; propagação vegetativa. ABSTRACTThe objective of this study was to evaluate the effect of type of cuttings and the need for application of IBA on rooting and quality of the seedlings formed Handroanthus heptaphyllus. The apical and intermediate cuttings were obtained in multiclonal minigarden formed from seeds. The cuttings were prepared with 5 cm length, a pair of leaves reduced to 50% of leaf area without staked and IBA at a concentration of 8000 mg L -1 . Evaluations were performed at 30 days, the expedition rooting sector and at 120 days, when the change was in formed. The experiment was conducted in a completely randomized design in a factorial 3 x 2 x 2 (three sampling times, two concentrations of IBA and two positions of propagules), with four replications, with 12 cuttings per replicate. According to the results, the IBA was not necessary for the rooting of the shoots, however, their use promotes an increase in the number and length of roots. The intermediate cuttings showed
It's possible to propagate Khaya ivorensis by mini-cuttings without exogenous auxin. It's possible to propagate Khaya ivorensis by mini-cuttings from youthful stock plants. Khaya ivorensis mini-stump were tolerant to the successive mini-cuttings harvests. More vigorous root system were obtained with increasing IBA concentration.
Foi estabelecido um sistema de cultivo em aléias de gliricídia em um pomar orgânico de mangueira e de gravioleira de um ano, no município de Campos dos Goytacazes-RJ-Brasil. Os objetivos do trabalho foram avaliar a sobrevivência e o desempenho da gliricídia no cultivo em aléias, quanto à produção de fitomassa seca e ao fornecimento de nutrientes ao sistema. A gliricídia apresentou elevada sobrevivência (93%). A média anual de produção de fitomassa seca e de adição de nutrientes ao sistema foi maior no segundo ano de avaliação (2007) do que no primeiro ano (2006), ambos com de três podas anuais que se adequaram às épocas recomendadas para a adubação das frutíferas, especialmente a gravioleira. A quantidade de N adicionada ao pomar com as podas da gliricídia foi maior que a adubação recomendada para mangueira e gravioleira. Por outro lado, a quantidade de P e K adicionada ao pomar não foi suficiente para suprir a adubação demandada para ambas as culturas.A gliricídia apresentou bom desempenho nas condições do experimento, com potencial de uso contínuo no sistema e possibilidade de aproveitamento dos nutrientes disponibilizados no sistema pelas frutíferas. Contudo, mais avaliações são necessárias ao longo do tempo para verificar a sustentabilidade do consórcio.
A diminuição gradativa nos teores de matéria orgânica e nutrientes em plantios comerciais de eucalipto tem sido apontada como fator negativo na sustentabilidade ecológica desses empreendimentos. O objetivo deste trabalho foi avaliar o efeito de sistemas de plantio de eucalipto (monocultivos e consorciados) nos atributos químicos de uma cava de extração de argila. Para isso, implantaram-se dois experimentos, um constituído por Eucalyptus camaldulensis, E. tereticornis, E. robusta e E. pellita em monocultivo, e outro com as mesmas espécies de eucalipto consorciadas com Sesbania virgata, sendo a leguminosa manejada sob podas periódicas. Os dois experimentos foram conduzidos segundo um delineamento em blocos casualizados com 4 repetições. Foram coletadas amostras de substrato, antes e um ano após a implantação dos eucaliptos, nas profundidades 0-20 e 20-40 cm. Para análise do efeito dos sistemas de plantio nas características químicas do substrato foi aplicado o teste t para dados não pareados, com variâncias populacionais desconhecidas. Com base nos resultados, foi possível constatar que os plantios consorciados reduziram de maneira mais acentuada os teores de Soma de Bases (SB) e Capacidade de Troca Catiônica efetiva (t) em relação aos monocultivos. Entretanto, nos tratamentos que continham a espécie E. Tereticornis não houve alteração dos teores de nutrientes, da SB e valor t do substrato. Os teores de matéria orgânica não decresceram em nenhum dos plantios.
Aiming the improvement of the quality of techniques related to the growth of "ipê-roxo" cuttings, this study had as objective to evaluate the productivity of Handroanthus heptaphyllus Mattos ministumps and the rooting capacity of the minicuttings in successive collections in the presence and absence of exogenous auxin. Seedlings were grown in 280 cm 3 tubes with selected different sources of seeds. At 141 days after the sowing, seedlings were pruned at 8 cm from the collar with the goal to establish the minigarden. The productivity of ministumps over successive collections as well as the need to apply indol-3-butiric acid on the roots of the minicuttings were evaluated. Eight collects of minicuttings were carried out, at three, five, six, seven, eight, nine, 10 and 11 months after the pruning. In each of those cycles the number of minicuttings were quantified per mini-stump. Before their staking in 180 cm 3 tubes, half of the minicuttings from each cycle were treated with 8000 mg L -1 of Indole-3-Butiric Acid (IBA) (2 seconds). The ministumps tolerated the pruning (with 100% survival); over 70% of the ministumps produced minicuttings along all the time in each collection cycle. A cyclical behavior in the minigarden was observed with higher productivities of the ministumps at 8 and 11 months after pruning of seedlings. The use of IBA stimulated more robust root systems of the cuttings, although this was not a condition for rooting. Key words: Ministumps, indol-3-butiric acid, ipê-roxo ResumoNo intuito de aprimorar as técnicas para a produção de mudas de ipê-roxo, visando à qualidade, este estudo tem como objetivo avaliar a produtividade de minicepas de Handroanthus heptaphyllus Mattos e a capacidade de enraizamento das miniestacas em coletas sucessivas na presença e na ausência de auxina exógena. As plântulas produzidas a partir de sementes foram cultivadas em tubetes de 280 cm 3 . Aos 141 dias após a semeadura, as mudas foram podadas a 8 cm da base, com o objetivo de estabelecer o minijardim. A produtividade das minicepas em sucessivas coletas, bem como a necessidade de se aplicar o ácido indol-3-butírico no enraizamento das miniestacas foram avaliadas. Oito coletas de miniestacas foram realizadas, em três, cinco, seis, sete, oito, nove, 10 e 11 meses após a poda. Em cada um destes ciclos, o número de miniestacas foi quantificado por minicepa. Antes do estaqueamento em tubetes de 180 cm 3 , metade das miniestacas de cada ciclo foi tratada com 8000 mg L -1 de ácido indol-3-butírico (AIB) por 2 segundos. As minicepas toleraram a poda (com 100% de sobrevivência), mais de 70% das minicepas produziram miniestacas ao longo do tempo em cada ciclo de coleta. Um comportamento cíclico no minijardim foi observado com maiores produtividades das minicepas aos 8 e 11 meses após a poda das mudas. O uso de AIB estimulou sistemas radiciais mais robustos nas miniestacas, embora esta não seja uma condição para o enraizamento. Palavras-chave: Minicepa, ácido indolbutírico, ipê-roxo
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