ObjectivesStudies have suggested that material deprivation is strongly associated with negative health outcomes, and lower usage of various levels of healthcare. We aim to analyse geographical access to emergency medical services (EMSs) and hospital emergency units by EMS in relation to deprivation in the Lisbon Metropolitan Area (LMA), Portugal.DesignThis study estimates road network-based access times from the centroids of statistical sections (census block groups equivalent) to locations of EMS and hospital emergency services. Each statistical section has been linked to a Material Deprivation Index (MDI). A non-parametric analysis of variance (ANOVA) was undertaken to compare MDI-linked statistical sections in terms of access to emergency care. Geographical access analysis was conducted for 2018.Primary outcome measureRoad network-based access time (in minutes) for EMSs to statistical sections and then on to emergency units in hospitals.ResultsOverall, 82.4% of the LMA population is located less than a 10 min drive from an EMS without transport, and 99.1% from an EMS with transport. Travel time from EMS with transport to hospital is potentially less than 20 min for 95.2% of the population. However, 63.1% of residents living beyond a 30 min threshold (total time from emergency call to hospital arrival) are in areas with very high MDI (18.8% in high MDI, 13.3% in medium MDI, 4.7% in low MDI, 0% in very low MDI). Kruskal-Wallis ANOVA confirms discrepancies in access times between better-off and poorer areas.ConclusionPoorer areas experience worse geographical access to EMS and hospital emergency units. More research is needed to explore the quality of services and their outcomes, and to refine the analysis by focusing on specific vulnerable groups.

Resumo A emergência da direita nacionalista em Portugal nas eleições legislativas de 2019 é aqui contextualizada nos fenómenos populistas europeus do mesmo tipo nas décadas mais recentes e na geografia do descontentamento que lhes está associada. A análise da territorialização da votação nesse novo partido, o Chega, na escala municipal, apresenta um padrão que não se coaduna com o que tem sido a geografia eleitoral em Portugal desde a Revolução Democrática de 1974, sugerindo as correlações com um conjunto alargado de variáveis com uma forte motivação identitária da sua base eleitoral, que aparece associada a alguns elementos de desvantagem social e económica. Simultaneamente, a sociologia dos eleitores do Chega apresenta alguns aspetos surpreendentes em face do que se sabe para a generalidade dos casos europeus.

Resumo A emergência da direita nacionalista em Portugal nas eleições legislativas de 2019 é aqui contextualizada nos fenómenos populistas europeus do mesmo tipo nas décadas mais recentes e na geografia do descontentamento que lhes está associada. A análise da territorialização da votação nesse novo partido, o Chega, na escala municipal, apresenta um padrão que não se coaduna com o que tem sido a geografia eleitoral em Portugal desde a Revolução Democrática de 1974, sugerindo as correlações com um conjunto alargado de variáveis com uma forte motivação identitária da sua base eleitoral, que aparece associada a alguns elementos de desvantagem social e económica. Simultaneamente, a sociologia dos eleitores do Chega apresenta alguns aspetos surpreendentes em face do que se sabe para a generalidade dos casos europeus.