O presente estudo apresenta resultados parciais de uma metapesquisa na qual foram analisadas as dissertações produzidas em Programas de Pós-graduação em Educação da Universidade Federal de Pernambuco – UFPE, focando trabalhos relacionados a avaliação educacional desenvolvidos através do Programa de Modernização da Gestão Pública – Metas para Educação de Pernambuco, da Secretaria de Educação e Esportes de Pernambuco – SEE/PE. Objetivamos compreender as principais tendências epistemológicas nas dissertações relacionadas a avaliação educacional moldada pelo PMGP/ME-PE, as quais foram apresentadas a programas de pós-graduação da UFPE. Como base teórica-metodológica adotamos o “Enfoque das Epistemologias da Política Educacional” - EEPE, desenvolvida por Tello (2012). Os resultados encontrados apontam que, apesar da emergência nos últimos anos de abordagens oriundas da linguística, apoiadas em teorias pós-estruturalistas, teorias pós-críticas e pós-modernas, essas perspectivas nem sempre apareceram de forma explícita nos trabalhos, sendo ainda bastante dominantes as abordagens teórico-metodológicas compreensivas e históricas, como o materialismo histórico-dialético ou teorias-metodológicas combinadas. Isso nos fez concluir que a pesquisa em Política Educacional carece de uma maior diversidade de olhares e discursos, bem como de procedimentos metodológicos mais abrangentes, que ofereçam outras concepções de Política Educacional, com comprometimento e sem abrir mão do rigor conceitual e epistemológico.
O artigo discute a Educação do Campo como política curricular nas ‘amazônias’, discutindo-a não somente como território que se encerra na geografia do país, mas no campo complexo, híbrido, conflituoso, com demandas e disputas em jogo. Objetivamos compreender as apostas e investimentos que os docentes fazem nas traduções e produção contextual das políticas de Educação do Campo em tempos de centralização curricular. Com base em Laclau e Mouffe (2015), analisamos os sentidos das políticas, dos currículos, da Educação do Campo, nas políticas curriculares, seus territórios, os conflitos e suas formas de re(existir) à tentativa de centralização curricular expressas por uma BNCC. Os resultados apontam que, os discursos de qualidade fundamentam uma base universalizante, a BNCC, esta que intenta sobre a demarcação de limites para a manifestação das diferenças nos currículos das escolas do campo.
Este artigo apresenta os resultados de uma pesquisa bibliográfica e bibliométrica, com abordagem quali-quantitativa. Objetivamos investigar a potencialidade dos estudos políticos do sociólogo inglês Stephen Ball na área educacional. Mapeamos universidades e relacionamos pesquisadores que adotam Ball como referencial teórico alternativo para análises de políticas educacionais. Para isso, nos apropriamos de textos do pesquisador em foco, e adotamos como base empírica os trabalhos disponíveis no Catálogo de Teses e Dissertações da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPES. Inferimos que os estudos de Ball possibilitam um caminho investigativo reflexivo, com robustez conceitual e compreensão das condições sociais que circundam as políticas públicas, consolidando-se no Brasil como opção de análise por oferecer uma perspectiva contextualizada e crítica, tanto de políticas públicas quanto de programas educacionais.
Este artigo discute sobre os contextos discursivos que norteiam as políticas de currículo para a Educação do Campo no município de Brejo da Madre de Deus – PE. Com base em Laclau e Mouffe (2015), analisamos os sentidos das políticas, dos currículos, da Educação do Campo, nos discursos dos docentes, buscando compreender quais são as invenções e/ ou investimentos que os docentes fazem a partir dos processos de traduções das políticas. Para tanto, realizou-se entrevistas com docentes de três escolas, de modo a entender os sentidos nas negociações e nos processos de tradução das políticas no contexto da prática. Os resultados revelam que os sentidos da Educação do Campo são instituídos a partir das demandas e dos investimentos radicais que os docentes fazem nas disputas por hegemonias nos currículos das escolas do campo.
As avaliações externas têm como objetivo averiguar a qualidade do sistema educacional. Os exames são compostos por provas objetivas aplicadas anualmente, e assim a qualidade educacional é traduzida de forma quantitativa, através dos índices tomados a partir do desempenho e performance dos alunos. Nessa perspectiva o presente trabalho teve por objetivo investigar as implicações de uma política de avaliação externa no processo de ensino e aprendizagem de matemática em 2 (duas) escolas estaduais no município de Bonito-PE. Diante disso, nos propusemos a compreender os impactos de avaliações como SAEPE e ENEM na prática docente e no planejamento escolar, assim como a importância desses exames para a escola, dado que, escolas, alunos e professores estão imersos na cultura da performatividade. Portanto, realizamos uma pesquisa qualitativa tendo como instrumento de coleta uma entrevista não estruturada, composta por 5 perguntas de cunho informativo e explicativo. Como resultados, destacamos que os professores são forçados a moldar sua didática tendo em vista a preparação dos alunos para as avaliações externas e assim, as práticas pedagógicas e atividades escolares são realizadas em função das avaliações externas
Mudanças observadas no cenário da educação através da utilização de recursos midiáticos vislumbram as múltiplas formas de aprender e disseminar o conhecimento, buscando adequar as ferramentas surgidas em outros contextos para aplicar no âmbito da sala de aula, como os infográficos. Dessa maneira, a pesquisa tem por objetivo analisar a percepção dos estudantes sobre a criação e utilização de infográficos como recurso para auxiliar a aprendizagem. Fundamenta-se nos seguintes autores: Charlot (2000), Meireu (1998), Horn (1998), Colle (2004), Behrens (2005), Minervini (2005), Schmitt (2006), Leontiev (1978; 2006) entre outros. Quanto a metodologia trata-se de uma pesquisa descritiva, a qual foi desenvolvida em uma escola da rede pública estadual de Pernambuco, na disciplina de Química, no segundo e terceiro ano do ensino médio. O estudo utilizou uma sequência didática (SD) de acordo com Zabala (1998). Participaram da SD 43 estudantes do segundo ano e 36 do terceiro ano. A SD foi proposta em quatro etapas, a primeira apresenta uma abordagem sobre infográficos, a segunda é o momento prático em que os estudantes constroem os infográficos, a terceira é da exposição dos infográficos construídos e o processo de avaliação, e a quarta etapa culmina com aplicação do questionário com cinco questões objetivas. Todos os estudantes participaram da SD, exceto da etapa do questionário que foi aplicado por amostragem com 15 estudantes do segundo ano e 15 do terceiro ano. Os resultados demonstraram que 07 educandos do segundo e 11 do terceiro conheciam sobre infográfico, mas não sabiam construí-lo; em relação ao recurso auxiliar na aprendizagem, 07 estudantes do segundo e 10 do terceiro responderam que auxilia de forma parcial; no que se refere aos aspectos mais apontados na criação de infográficos os mais citados foram: autonomia, curiosidade e criatividade. As dificuldades expressas foram em relação à organização das informações nos modelos dos aplicativos/programas. Portanto, os infográficos emergem como uma ferramenta inovadora, pois os estudantes sentem-se atraídos por essa nova forma de conduzir o aprendizado, no entanto, ainda estão pouco habituados ao recurso o que requer mais exploração para integrá-lo às situações escolares.
A presente pesquisa situa-se no campo da política educacional e se propôs avaliar o programa de formação docente Escola da Terra/PE em sua fase de implementação. Para tanto, fez-se necessário analisar documentos legais que normatizam o programa; acompanhar o momento formativo caracterizado como tempo universidade e; fazer uso do discurso enquanto categoria analítica. O estudo opera com o pós-estruturalismo e apresenta-se composto por três momentos onde (1) a partir de uma discussão teórica tecemos considerações acerca da avaliação de políticas públicas; (2) desenhamos a metodologia utilizada na pesquisa; (3) analisamos os dados produzidos. Concluímos apontando no programa problemas tradicionais no campo da política pública e alcances subjetivos que lhe atribuem sentidos na constituição de identificações entre os educadores do campo e o fazer docente nos territórios campesinos.
RESUMOConsiderando a perspectiva de ensinar/aprender/avaliar como processo relacional com o mundo, faz necessário que os docentes pensem em novas e diversas estratégias para ensinar e analisar. Nesta vertente, este estudo objetiva propor um modelo de avaliação do ensino de forma sistematizada, com base no Processo de Enfermagem (PE). Para fomentar este estudo, foi realizada uma revisão da literatura. A Sistematização da Avaliação do Ensino (SAE) sugerida vem se estabelecer como um método que visa a substanciar o olhar docente pela ótica da integralidade em que cada aluno se insere na conjuntura educativa. Contempla cinco etapas inter-relacionadas: Histórico do aluno, avaliação diagnóstica, planejamento das estratégias de ensino, implementação das estratégias de ensino e avaliação da aprendizagem. A autorregulação ainda se constitui um desafio à prática docente, pois se refere a um processo de avaliação das situações de aprendizagem utilizado para direcionar a construção dos saberes. A SAE, proposta neste estudo, contempla uma avaliação que direciona um ensino significativo ao aluno contribuindo para um processo relacional de ensino e aprendizagem emancipatória.Palavras-chave: Avaliação. Avaliação da aprendizagem. Processo de enfermagem. Práticas docentes.Submetido em: 23/5/201723/5/ Aceito em: 1/8/2017
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