INTRODUÇÃO: O cuidado à saúde da criança passou por diferentes contextos sociopolíticos. Ainda que a implantação da Atenção Primária à Saúde (APS) tenha levado à ampliação da cobertura em saúde, muitos desafios são impostos para esse cuidado. OBJETIVO: Compreender o papel das psicólogas(os) na Atenção Primária à Saúde referente aos cuidados à criança em UBS/USF/NASF-AB na cidade de Salvador-BA. MÉTODOS: Este é um estudo qualitativo com 7 psicólogas (os) da APS. Inicialmente foi aplicado um questionário online para levantamento do perfil das(os) participantes e posteriormente realizada entrevistas semiestruturadas. Após a análise de conteúdo, os dados foram categorizados em: Perfil das crianças atendidas e cuidadoras; perspectiva da psicologia e principais queixas; ações de cuidado à criança na unidade; o cuidado da criança em rede. RESULTADOS: A maioria das(os) psicólogas(os) é do sexo feminino, mãe, negra, possui experiência anterior no SUS. Já a maioria das crianças é negra e socioeconomicamente vulnerável. Os desafios impostos foram a invisibilidade da criança, a sobrecarga feminina como a principal cuidadora e a pandemia. As potencialidades se traduzem com a atuação na comunidade, o trabalho em rede e a relação com a equipe multidisciplinar. CONCLUSÃO: Os desafios na APS perpassam pelas relações entre os sujeitos e o contexto político. A pesquisa mostrou a importância de se pensar na práxis profissional da Psicologia relacionada ao cuidado à infância.
INTRODUÇÃO: As maternidades solo, como realidade significativa no Brasil, representam uma experiência determinada por estruturas de poder, que incidem na vida das mulheres, sobretudo negras, levando-as a trajetórias permeadas de sofrimento psíquico. Este estudo se fundamenta na importância de conhecer a atuação e os desafios de Psicólogas(os) que acolhem estas mulheres no contexto da Atenção Básica. OBJETIVO: Compreender a percepção de psicólogas(os) acerca de suas práticas, junto a mulheres mães solo na Atenção Básica, com atenção às questões de gênero, raça e interseccionalidades. MÉTODOS: Trata-se de uma pesquisa qualitativa, de natureza descritivo/exploratória. A pesquisa de campo foi desenvolvida na cidade de Salvador-BA, no período de 2020-2021. A coleta de dados ocorreu em duas etapas: questionário online e entrevistas semiestruturadas. As análises foram realizadas a partir do aporte teórico da psicologia social crítica, com abordagem compreensiva das falas circunstanciadas dos sujeitos. RESULTADOS: Observou-se um contexto de ausências de cuidado às mulheres mães solo. Embora a maternidade solo seja uma experiência frequente na vida das mulheres negras e pobres, não há planejamentos específicos para a atenção e cuidado a estas usuárias, tampouco estratégias são citadas no desenho das políticas públicas para o acolhimento e cuidado de mães solo. CONSIDERAÇÕES FINAIS: As lacunas no entendimento e nas ações direcionadas às mulheres mães solo configuram-se como uma das ausências de cuidado e atenção a estas mulheres. Faz-se necessário reafirmar o compromisso ético-político da Psicologia com as reais necessidades da população brasileira, para a garantia da vida e saúde de todos os sujeitos.
Resumo Este artigo objetiva analisar como as psicólogas atuantes na atenção básica percebem a influência dos efeitos psicossociais do racismo e do sexismo em suas práticas e no processo de saúde e cuidado prestado às mulheres negras. Trata-se de pesquisa qualitativa de caráter descritivo e exploratório, seguindo a perspectiva da psicologia social crítica. Foi realizado um levantamento teórico-metodológico sobre os temas relevantes, assim como a produção do instrumento de coleta de dados e entrevistas semiestruturadas. Participaram do estudo oito psicólogas que atendem o público feminino e trabalham na rede de atenção básica da cidade de Salvador (BA). Os dados foram analisados pelo método hermenêutico-dialético. Nota-se que a maioria das percepções foi associada à questão biologizante da raça/cor e à noção de cuidado voltado à visão universalista do sujeito, o que implicou a ausência de ações direcionadas à promoção da saúde de mulheres negras. Contudo, observou-se a percepção interseccional e o letramento racial nos relatos de três das participantes, o que possibilitou o desenvolvimento de tentativas de práticas antirracistas e antissexistas. Conclui-se que ainda se faz necessário explorar ações da psicologia que visem à promoção da saúde de mulheres negras e que possam associar a teoria com a prática.
INTRODUÇÃO: A psicanálise e a literatura são formas privilegiadas de expressar manifestações provenientes do inconsciente, havendo entre elas uma grande proximidade. Este trabalho aborda a ligação entre psicanálise e literatura tomando como referência o conceito freudiano de sublimação. OBJETIVO: O objetivo dessa pesquisa foi verificar como a escrita ficcional pode ser uma possibilidade de sublimação. Para cumprir esse objetivo buscou-se discorrer sobre a escrita ficcional; apresentar o conceito de sublimação; apontar possibilidades e limites da sublimação; relacionar a escrita ficcional à sublimação. MÉTODO: Trata-se de uma pesquisa qualitativa de caráter exploratório. Foi realizada uma revisão de literatura tomando-se como referência os textos freudianos que tratam da temática da pesquisa. CONCLUSÃO: A partir da leitura é possível constatar que a escrita ficcional pode constituir-se em uma possibilidade de sublimação para o escritor, apesar de existirem limitações da escrita como tal.
A velhice, apesar de ser um fenômeno biológico, é perpassada por inúmeras questões sociais que incluem marcadores de gênero, raça e classe. Tal fator traz consequências como o processo de feminização da velhice, que indica o número maior de mulheres velhas em relação ao número de homens velhos. Além disso, há mais idosas brancas do que negras e indígenas em nosso país, devido a uma menor taxa de expectativa de vida desses grupos racializados. Desse modo, torna-se importante trabalhar com sujeitos velhos, levando em conta o contexto social onde esses estão inseridos. Nesse sentido, surge o projeto “Oficinas Terapêuticas com Mulheres Velhas”, na tentativa de trabalhar fatores de vulnerabilidade específicos desse público, incluindo os entrelaçamentos de raça e classe. Tal projeto foi criado por duas estudantes do curso de Psicologia, e foi realizado na Universidade Aberta à Terceira Idade (UATI), no ano de 2019. O estudo teve como base a Psicologia dos Grupos, e tem como objetivo geral, a busca por reflexões acerca do fenômeno do envelhecimento da mulher e suas particularidades, considerando as variantes de gênero, raça e classe; para isso, alguns temas como relacionamentos conjugais, racismo, medo da morte e autoestima serão discutidos, a partir de um relato de experiência feito pelas estudantes estagiárias.
A Revista Plurais vem cumprindo importante papel na promoção da difusão de conhecimentos e na promoção de reflexões a produção na pós-graduação profissional na área da Educação. Nesse número, a Revista dedica-se ao tema da Educação Especial. tratar da Educação Especial é pensar em políticas para a efetivação de propostas sustentadas em princípios da educação inclusiva, ou seja, pensar em intervenções legais, políticas e pedagógicas capazes de assegurar aos sistemas ou redes de ensino a possibilidade de atender às demandas dos processos de escolarização de alunos com necessidades especiais a exemplo dos artigos aqui apresentados.
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