Este artigo apresenta-se como uma revisão bibliográfica com foco nas obras e autores que abordam a discussão temática acerca da promoção de uma educação antirracista no espaço escolar, com destaque para o componente curricular da disciplina História. Nesse sentido, apontamos, nesta pesquisa, a relevância do movimento negro brasileiro para a instituição de pareceres legais no que tange a atuação de um ensino que tenha os grupos de diversidade étnica como destaques nos manuais didáticos e paradidáticos. Diante disso, mediante o conhecimento dos respectivos dispositivos legislativos, compete-nos subsidiar propostas que propiciem uma educação direcionada à diminuição das desigualdades, neste caso, a partir de um viés emancipatório ao destacar a potencialidade histórica e cultural de afro-brasileiros. Para tanto, teceremos discussões a partir de Guimarães (2012); Gomes (2005; 2013); Ribeiro (2019); Lacerda (2018) e; Munanga (2005), no que se refere às disposições pedagógicas com vistas para a promoção de uma educação antirracista elencando os desafios possíveis a serem enfrentados e, assim, evidenciar qual perspectiva pedagógica e metodológica devida para a atuação docente. Para o cenário da História, enquanto disciplina escolar, Bittencourt (2011) e Bezerra (2013) apresentam contribuições significativas, a partir de um trabalho que tenha o estudo dos conceitos como metodologia norteadora. Em seguida, serão exemplificados os conceitos de raça e racismo, conforme nos aponta Lima (2019), como temáticas relevantes para o desenvolvimento e uso de possíveis sequências didáticas para o interior da escola, no que concerne à disciplina de História. Por fim, com a contribuição de Viana (2019), traremos a discussão da decolonialidade como perspectiva crítica para a didática docente atuando, assim, para fomentar, de forma qualitativa e emancipatória, a concepção de uma educação das relações etnicorraciais no ambiente escolar.