RESUMOObjetivo: Estudar, através do exame histopatológico, a epidemiologia de ceratites fúngicas tratadas com ceratoplastia penetrante terapêutica, enfatizando a presença de cirurgia ocular prévia. Métodos: Inicialmente, o estudo foi observacional e transversal de botões corneanos provenientes de ceratoplastia penetrante no período de 2006-2015 enviados para exame histopatológico ao banco de olhos do Hospital Geral de Fortaleza. Os tecidos foram corados com Hematoxilina-eosina, PAS ou Grocott, e examinados com microscópio óptico. Foram selecionados casos com diagnóstico histopatológico de ceratite fúngica. Após a selecão, realizamos revisão de prontuários buscando idade e sexo do paciente, data(s) do(s) transplante(s) por ceratite fúngica, diagnóstico clínico pré-cirúrgico, presença/tipo de cirurgias anteriores e/ou posteriores. Incluímos 62 botões corneanos de 55 pacientes. Resultados: A maioria dos pacientes era do sexo masculino. Apenas 7 (11,29%) casos tiveram recidiva da infecção tratada cirurgicamente. 10 (16,13%) casos possuíam cirurgia ocular prévia a ceratite fúngica tratada por transplante. Nenhum caso teve ceratite fúngica como diagnóstico clínico pré-cirúrgico. A principal forma de fungo no exame histopatológico foi forma leveduriforme isolada, seguida pela leveduriforme associada à filamentosa. O aspecto predominante da membrana de Descemet foi livre de fungos. Conclusão: Demonstramos o potencial curativo das ceratites fúngicas quando tratadas com ceratoplastia penetrante terapêutica e uma possível associação do fator cirurgia ocular prévia ao desenvolvimento dessas infecções. Características do exame histopatológico foram abordadas diferente de outros estudos que, em sua maioria, citam apenas o exame microbiológico. A dificuldade no diagnóstico clínico pré-cirúrgico foi ressaltada, o que pode ter contribuído com a evolução dos casos estudados para tratamento cirúrgico.Descritores: Ceratite/epidemiologia; Ceratite/patologia; Infecções oculares fúngicas; Ceratoplastia penetrante
RESUMOObjetivo: Estudar botões corneanos humanos com linfangiogênese através do exame histopatológico, juntamente com os enxertos de seus transplantes anteriores e posteriores, avaliando os intervalos de tempo para sucessivas cirurgias. Métodos: Estudo descritivo, observacional, longitudinal de botões corneanos humanos com linfangiogênese, juntamente com seus transplantes anteriores e posteriores. Os tecidos foram provenientes de ceratoplastia penetrante no período compreendido entre os anos 2006 e 2013. Após revisão de prontuários em que foram obtidas principalmente as datas das cirurgias, construímos uma tábua de sobrevivência a partir da qual os intervalos de tempo para retransplante foram calculados. Resultados: Entre 89 casos de linfangiogênese corneana, foram incluídos apenas aqueles 22 que possuíam registros no prontuário de transplantes anteriores ou posteriores. Nos casos que apresentavam como provável etiologia do retransplante a linfangiogênese, isolada ou associada à hemangiogênese (grupos pré-linfangiogênese/linfangiogênese e interlinfangiogênese), foram encontrados intervalos de tempo para retransplante menores (7 e 3 meses, respectivamente) que aquele encontrado no grupo linfangiogênese/pós-linfangiogênese que apresentava outras etiologias prováveis para os retransplantes (11,31 meses). Casos que apresentavam como etiologia provável do retransplante a linfangiogênese isolada apresentaram um intervalo para retransplante (3 meses) ainda menor que aquele encontrado nos casos em que a etiologia provável era a linfangiogênese associada à hemangiogênese (7,80 meses). Conclusão: Linfangiogênese, isolada ou associada à hemangiogênese, foi encontrada nos enxertos corneanos humanos estudados que evoluíram para retransplante em pequenos intervalos de tempo. Esse achado nos leva a sugerir um possível papel para os vasos linfáticos na redução do tempo de sobrevida dos enxertos corneanos humanos.Descritores Lymphangiogenesis in human corneal grafts that has evolved to re-transplantation
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