O presente estudo teve o objetivo de quantificar e qualificar o conhecimento dos profissionais de saúde na abordagem da mulher vítima de qualquer tipo de agressão, em um município com altos índices de violência contra esse gênero no sudeste do Pará. Trata-se de uma pesquisa de natureza descritiva, analítico e transversal, com abordagem quantitativa, realizada por meio de questionário online aplicado em médicos, enfermeiros e técnicos de enfermagem da atenção básica do município de Marabá-PA, o questionário foi composto por perguntas sobre aspectos socioeconômicos, questões de opinião sobre Violência Contra Mulher (VCM), sobre o manejo de casos confirmados de VCM, sobre o manejo de casos suspeitos de VCM e questões sobre as dificuldades dos profissionais de saúde. Foram obtidas 51 respostas, sendo 8 de médicos, 15 de enfermeiros e 28 de técnicos de enfermagem, onde 68% eram mulheres. Do total, 76,4% já atenderam vítimas de violência doméstica, 70,5% acham que as leis protegem parcialmente as mulheres, 64,7% acham que as mulheres não são tratadas iguais aos homens, a maioria tem conduta inadequada quanto a abordagem das vítimas em relação a medicações e psicoterapia, sendo a conduta inadequada a principal dificuldade pessoal deles e a fragilidade na aplicação de leis como uma dificuldade estrutural. Percebe-se que os profissionais de saúde da atenção primária de um munícipio no sudeste paraense possuem conhecimento e preparo limitados sobre o manejo da mulher vítima de violência e compreensão errônea sobre algumas condutas.
A gravidez nunca é livre de riscos. Dessa forma, a realização do pré-natal torna-se imprescindível tanto para a gestante, com o objetivo de cuidar da sua saúde e da do feto, quanto para o Poder Público, para que atue integralmente na promoção, prevenção e recuperação desta paciente. Todavia, uma parcela menos numerosa de grávidas apresenta particularidades que podem complicar a gestação, formando a categoria de gravidez de alto risco. Sendo assim, este trabalho objetiva caracterizar o perfil clínico e obstétrico das gestantes atendidas no serviço de pré-natal de alto risco em um município da região do Carajás-Pará. Este estudo trata-se de uma pesquisa descritiva de abordagem quantitativa. A amostra foi composta por 213 gestantes admitidas no pré-natal de alto risco no centro de referência da localidade entre o período de janeiro a agosto de 2021. Foram analisados os seguintes dados: faixa etária, trimestre em que foram admitidas no serviço, número de gestações, número de abortos, antecedentes pessoais e motivo do encaminhamento. A média das idades das gestantes foi de 29,34 anos e 77% delas eram multíparas, a maior parte das gestantes (45,5%) foram admitidas no serviço estando no segundo trimestre de gestação e 40,5% estavam no terceiro trimestre, a maioria delas não possuía comorbidade prévia. Quanto ao motivo do encaminhamento as comorbidades mais prevalentes foram diabetes gestacional e síndromes hipertensivas. O estudo foi capaz de descrever as características clinicas-obstétricas, visando uma melhora nas condições de atendimento do pré-natal do município de Marabá, visando o melhor desfecho das gestações.
Objetivo: Avaliar a intenção dos alunos do internato, quanto a atuação na atenção primária e opção por especialidades médicas. Métodos: Foi realizado um estudo transversal, descritivo, com acadêmicos do curso de Medicina do internato da região do Sudeste do Pará, por meio de um questionário online semiestruturado composto por dados sociodemográficos, perfil profissional, intenção de cursar residência médica, especialidade que pretende exercer e suas perspectivas em seguir carreira na região. Resultados: Participaram todos os 33 alunos com mátriculas efetivas em um internato no Sudeste Paraense, com leve predominância do gênero masculino (51,5%), com média de idade de 26,16 anos. A especialidade de cirurgia geral foi a preferida dos estudantes, sem predominância de gêneros, seguida de clínica médica e pediatria. Nenhum estudante optou por medicina da família e comunidade. Observou-se um interesse de 48% dos alunos em atuar na atenção primária e 70% com pretensão em seguir carreira na região. Conclusão: O estudo aponta que o contato longitudinal durante a graduação com a Atenção Primaria em Saúde influenciou os alunos a intencionarem escolher outras especialidades médicas, principalmente cirurgia geral, clínica médica e pediatria, e todos os estudantes afirmaram o desejo em especializar-se através de residências médicas.
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