Pensado como espaço de socialização dos resultados da pesquisa científica produzida pelos professores e alunos vinculados aos programas de iniciação científica e de pós-graduação stricto sensu da UEPA, o Seminário de Integração Científica (SIC/UEPA) apresenta-se em sua oitava edição.A realização deste evento, face à participação maciça do nosso alunado envolvido em atividades de pesquisa, evidencia, antes de tudo, a responsabilidade que a UEPA tem com a formação de futuros pesquisadores. Tal formação -vale lembraré fortalecida e fomentada tanto pelo investimento que a própria UEPA faz em suas atividades de pesquisa, quanto pelas inúmeras formas de apoio que a UEPA recebe de instituições como CNPq, CAPES, FINEP e FAPESPA.Portanto, o VIII Seminário de Integração Científica reafirma o compromisso que a Universidade do Estado do Pará tem para com a missão de produzir e socializar conhecimento útil. Neste sentido, este evento procura ser uma demonstração de que produção científica qualificada dentro da UEPA é uma realidade.
RESUMOO tema qualidade de vida tem se destacado, não só pelos aspectos físicos e psicológicos, mas por toda sua abrangência e importância na sociedade moderna. Dessa forma, através de instrumentos como The World Health Organization Quality of Life (WHOQOL-bref) é possível estimar o nível de qualidade de vida, auxiliando na geração de mudanças e criação de hábitos saudáveis, resultando em melhoria na satisfação com a vida e bemestar dos indivíduos. Esse artigo objetiva avaliar os níveis de qualidade de vida dos policiais militares que trabalham nas ruas do município de Marabá, Pará. Foi utilizado a aplicação do questionário validado pela Organização Mundial da Saúde para Qualidade de Vida, o WHOQOL-bref à 78 policiais militares em atividade no munícipio. Os resultados mostraram que, de maneira geral, os policiais referiram como positiva a percepção de sua qualidade de vida (44.9%). No entanto, quando questionados sobre a qualidade de sono, 38.5% classificaram negativamente. Além disso, muitos policiais relataram sentimentos negativos, como ansiedade e depressão, sendo que 42.3% afirmaram que sentiam algumas vezes, 19.3% frequentemente e 17.8% muito frequentemente. Isso denota que, embora estejam qualificando positivamente, mostram uma baixa percepção quanto a própria qualidade de vida. Nesse sentido, proporcionar subsídios quanto a valorização salarial, jornadas de trabalho menos extenuantes e valorizar a prática de exercícios físicos é fundamental para o aumento dos níveis de qualidade de vida desses profissionais.
O primeiro ano de vida de uma criança é um dos períodos de maior suscetibilidade à influência de fatores protetores ou de risco, os quais podem repercutir até a vida adulta. Dessa forma, a responsividade materna (RM) ou a capacidade da mãe de detectar os sinais comportamentais do bebê e responder a eles, é componente-chave. Nesse sentido, objetivou-se analisar comparativamente o comportamento materno e o desfecho do desenvolvimento infantil de prematuros nascidos em um hospital público e um privado durante o primeiro ano de vida. Participaram do estudo 20 díades, sendo 12 do Hospital Privado (HPr) e 8 do Hospital Público (HPu), sendo mães de neonatos com < 36 6/7 semanas e com peso ao nascer < 2.600 gramas. Foram utilizados a ficha clínica e socioeconômica, o Teste de Desenvolvimento Denver II (DENVER II) e a Escala de Interação Social (EIS). Os dados foram analisados com o Teste G e p-valor de 0.05. Dentre as mães, 60% estavam na faixa etária de 30 a 39 anos, das que possuíam ensino superior completo, 12.5% eram do HPu e 58.4% do HPr, com relação a renda familiar de 3 a 5 salários mínimos, 37.5% eram do HPu e 100% do HPr. O domínio afeto apresentou-se significativamente maior entre as díades do HPr durante todo o período de avaliação na EIS e no desfecho DENVER II. Portanto, evidenciou-se que a interação materna é imprescindível para o comportamento e as habilidades dos prematuros, refletindo-se diretamente no crescimento e desenvolvimento, principalmente no primeiro ano de vida.
Os seres humanos nascem completamente dependentes dos cuidados dos adultos para a sobrevivência. O comportamento materno é um preditor da aquisição de habilidades motoras e sociocomunicativas de prematuros. Este estudo objetivou verificar associações entre o desenvolvimento motor e sociocomunicativo de prematuros e o comportamento materno no primeiro ano de vida. Participaram do estudo oito mães e seus respectivos neonatos com idade gestacional (IG) < 36 6/7 semanas e peso ao nascer (PN) ≤ 2.500 gramas. Utilizou-se uma ficha clínica e socioeconômica, o teste de triagem do desenvolvimento Denver II (Denver II) e a escala de interação social (EIS). Trimestralmente, as sessões ocorreram, no primeiro, quarto, sétimo e décimo mês de idade corrigida. Para análise estatística, adotou-se o Statistic Package for Social Sciences (SPSS) versão 22.0. Nossos resultados mostram associação estatisticamente significativa entre a pontuação da EIS e o desfecho do Teste de Denver II aos quatro, sete e dez meses de idade corrigida. Todas as crianças avaliadas aos quatro e sete meses apresentaram resultado normal na avaliação do desenvolvimento e suas mães tiveram pontuação “ótima”. Aos dez meses de idade corrigida, todas as crianças apresentam desfecho normal no Denver II, porém uma mãe apresentou pontuação “boa”, as demais, “ótima”. Portanto, o desenvolvimento motor e sociocomunicativo das crianças prematuras possuem associações com a qualidade dos comportamentos maternos.
Lesões urológicas em cirurgias ginecológicas são comuns, mas as que resultam em ruptura da pelve renal são raras e potencialmente fatais, como a desse caso. Esse estudo é um relato de caso de paciente que com rompimento da pelve renal após histerectomia. Esse foi um estudo observacional, descritivo, sem paralelo, sem financiamento, sendo a amostra composta por um único indivíduo. A pesquisa foi realizada através da análise do prontuário do paciente, bem como dos exames laboratoriais e de imagem, com posterior avaliação da literatura sobre o tema. Paciente, feminina, 44 anos, com quadro de dor em epigástrio com irradiação para hipocôndrio direito e lombalgia quarenta dias após histerectomia. Na avaliação laboratorial identificou-se hematúria. Na Ultrassonografia e Tomografia Computadorizada abdominal confirmou-se hidronefrose e ruptura da pelve renal direita. Foi optado por conduta cirúrgica após avaliação de exames laboratoriais e análise da extensão do comprometimento renal. Paciente apresentou boa evolução, estabilidade nos exames laboratoriais e de imagem e redução do quadro doloroso.
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