Este estudo apresenta a validação do University of Rhode Island Change Assessment (URICA) para usuários de substâncias psicoativas ilícitas no Brasil. A amostra foi de 214 sujeitos dos sexos masculino (n=194) e feminino (n=20), com faixa etária entre 13 e 44 anos de idade (M=22,93; DP=7,94). A coleta ocorreu em Porto Alegre (RS), em ambulatórios para tratamento da dependência química (n=89) e locais de internação (n=125). As análises estatísticas evidenciaram uma boa consistência interna da escala de 24 itens (a=0,657). A partir de análises estatísticas foi construído o escore T, realizando a normatização brasileira da URICA para drogas ilícitas, que apresentou bons resultados psicométricos, podendo ser usada em estudos que proponham investigar a motivação para mudança de comportamentos-problema.
ResumoO objetivo desta pesquisa foi avaliar a presença da relação entre os sonhos e craving em alcoolistas nos três primeiros dias de desintoxicação em unidades de internação hospitalar.Verificou-se se aqueles que tinham o craving aumentado relatavam sonhos com o tema "álcool" e analisou-se a qualidade do sono desses sujeitos. Foi um estudo transversal, de associação entre variáveis. A amostra foi de 77 sujeitos adultos do sexo masculino, dependentes de álcool, sem comorbidades clínicas ou psiquiátricas e não-dependentes de outras substâncias psicoativas, salvo a nicotina. Os instrumentos foram: entrevista estruturada; escala de avaliação do craving; questionário de avaliação do sono e dos sonhos;Mini-Mental State Examination e questionário Short-Form Alcohol Dependence Data. Quanto à fase inicial do sono, 67,6% considerou no mínimo satisfatória, 80,5% emitiu a mesma opinião quanto ao seu final, porém apenas 22,1% nunca apresentou interrupções durante o sono. Sonhar com álcool não foi um comportamento freqüente (27,3%), e a média de pontuação do craving foi "fraca", havendo associação entre sonhar com álcool e um aumento no craving (p < 0,001). Os sonhos podem ser mais bem aproveitados pelos profissionais da dependência química, devendo ser utilizados elementos sinalizadores de uma "situação de risco" nas técnicas de prevenção à recaída. P a l a v r a s -c h a v e : P a l a v r a s -c h a v e : P a l a v r a s -c h a v e : P a l a v r a s -c h a v e : P a l a v r a s -c h a v e : Sonhos, sono, álcool, craving (fissura).The objective of this research is to evaluate the existence of a possible connection between dreams of alcohol-addicted patients and the craving they have during the first three days of detoxication at hospital ward units. The aim was to verify if those who had increased craving reported dreams where the theme "alcohol" was present, as well as to analyze the subjects'quality of sleep. It was a transversal study, with association of the sample variables. The taken sample has included 77 adult males, alcohol addicted, who would not
ResumoEste foi um estudo de seguimento com pacientes alcoolistas que participaram de um ensaio clínico em que foi empregada Entrevista Motivacional. A amostra constituiu-se de 152 sujeitos alocados randomicamente em dois grupos: grupo de intervenção submetido à Entrevista Motivacional (GI), e um grupo controle submetido a tratamento padrão (GC
AbstractThis was a follow up study with alcoholic patients participating in a clinical trial with the use of Motivational Interviewing. 152 subjects were randomly allocated into two groups: the intervention group (IG), which was submitted to Motivational Interviewing, and the control group (CG), submitted to standard treatment. Data were collected with a structured interview and FORM-90. 152 subjects were assessed at the first evaluation (T1), approximately 4 years ago. From 89 subjects who were assessed at follow-up 1 (T2), 59 remained abstinent (37 IG and 22 CG) and 30 had relapsed (13 IG and CG). 46 subjects returned for the final evaluation, at follow-up 2 (T3). 29 of them had remained abstinent (20 IG and 10 CG) and 17 had relapsed (13 IG and 4CG). Data show that subjects submitted to Motivational Interviewing had better outcomes than the control group in both abstinence maintenance and follow-up attendance.
A Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC) teve um movimento de expansão nas últimas décadas no mundo todo. No Brasil, essa abordagem psicológica também vem se expandindo, mas ainda com aparentes restrições relacionadas ao ensino superior e pós-graduação. Diante disso, o objetivo deste trabalho foi verificar a quantidade de instituições de ensino superior que possuem disciplinas de TCC na graduação. A amostra foi composta por 280 instituições de ensino superior do Brasil. Foi realizado acesso aos sites dos cursos de graduação em Psicologia para obter as respectivas matrizes curriculares e ementários. Diante dos dados coletados, observou-se que boa parte dos cursos ministram a TCC, demonstrando que a abordagem tem se desenvolvido e se tornado parte do currículo acadêmico de diversas instituições de ensino. No entanto poucas são as instituições que oferecem a TCC como uma disciplina independente na grade curricular, ministrando-a de forma associada a outros conteúdos.
A Terapia Focada na Compaixão (TFC) é uma abordagem de tratamento transdiagnóstico que visa desenvolver capacidades de calma e afiliação como uma maneira de regular o sistema de ameaças, o que pode ser muito útil em situação de crise, como o caso da pandemia pelo COVID-19. Trata-se de um relato de experiência que tem como objetivo apresentar uma intervenção em grupo de 3 sessões semanais de TFC realizada em ambiente virtual, com objetivo de oferecer suporte à população na pandemia por COVID-19, avaliando possíveis mudanças nos níveis de depressão, ansiedade, estresse e autocompaixão. Neste estudo, 106 participantes concluíram a intervenção ofertada dentro do programa “LaPICC contra COVID-19”. Foram encontradas diferenças significativas nas medidas quantitativas de depressão, ansiedade e estresse, além da autocompaixão. Os dados qualitativos também indicaram mudanças em termos de compaixão e autocompaixão. Esses achados sugerem que a compaixão pode contribuir para a saúde mental e bem-estar psicológico, bem como para o enfrentamento de crises nos participantes deste grupo.
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