BACKGROUND: Crohn’s disease (CD) and ulcerative colitis (UC), two of the main inflammatory bowel diseases (IBD), have been increasingly diagnosed in South America. Although IBD have been intensively studied in the last years, epidemiologic data in Brazil are scarce. OBJECTIVE: To study the clinical and epidemiologic profile of IBD patients treated in the Clinical Hospital of the Federal University of Uberlândia from 1999 to 2014. METHODS: We performed a retrospective study of the medical records of patients diagnosed with IBD, according to the international classification of diseases (ICD) - ICD K50 for CD and ICD K51 for UC - confirmed by endoscopic examination in the case of both diseases. We analyzed the following variables: age; sex; ethnicity; smoking habit; primary diagnosis; site of disease manifestation; main clinical manifestations; IBD-related complications; extraintestinal manifestations; and established drug and/or surgical treatment. RESULTS: We evaluated 183 IBD cases (91 UC and 92 CD cases). The estimated prevalence rate of UC was 15.06/100.000 inhabitants and of CD was 15.23/100.000. The CU and CD female to male incidence ratios were 1.7 and 1.8, respectively. The average age of patients diagnosed with UC was 39.4 years and of those diagnosed with CD was 31.1 years. White-skinned people were the most affected by UC (66.0%) and CD (69.0%). Few patients were submitted to surgical procedures as treatment alternative. CONCLUSION: The estimated prevalence of IBD in this population was low compared to that of populations of North America, but high compared to that of other regions considered to present low incidence, such as some Asian and Latin American countries.
A doença inflamatória intestinal (DII) vem sendo cada vez mais diagnosticada na América do Sul. Apesar de serem extensivamente investigadas nos últimos anos, são raros os dados epidemiológicos da doença no Brasil. Objetivo: Traçar o perfil clínico e epidemiológico dos pacientes portadores de DII atendidos no Hospital de Clínicas de Uberlândia durante o período de 1999 a 2014. Material e métodos: Foi realizado um estudo retrospectivo, descritivo e quantitativo realizado nos prontuários dos pacientes com DII a partir da confirmação diagnóstica por exame endoscópico, sendo analisadas as variáveis faixa etária, sexo, raça, hábito tabágico, diagnóstico principal, bem como a localização das doenças, principais manifestações clínicas, tratamento instituído, complicações relacionadas às DII, manifestações extraintestinais e tratamento medicamentoso e/ou cirúrgico utilizado. Resultados: Foram avaliados 183 casos de DII, sendo 91 pacientes diagnosticados com Retocolite Ulcerativa (RCU) e 92 com Doença de Crohn (DC). As proporções da incidência da DII no sexo feminino e masculino foram de 1,7 para RCU e 1,8 para DC. A média de idade dos pacientes com DII foi de 35 anos. A etnia caucasiana foi predominante para ambas. Os principais sintomas foram diarreia, dor abdominal e cólica intestinal. As complicações mais vistas foram fístulas, enterorragias e obstruções intestinais, e a principal manifestação extraintestinal foram as articulares. A terapêutica mais usada foi a medicamentosa, sendo mais frequente os aminosalicilatos e os imunomoduladores. Conclusão: Encontramos um perfil bem próximo daqueles constatados pela literatura. A pesquisa permitiu concluir a baixa prevalência de DII na população estudada quando comparado à América do Norte, mas alta em relação a outras regiões consideradas com baixa incidência como a Ásia.
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