Resumo: A violência nas relações conjugais tem sido alvo de diferentes políticas públicas, em dispositivos organizados na perspectiva do trabalho em rede. O presente estudo, exploratório e qualitativo, buscou conhecer a percepção de psicólogos(as) que trabalham nestes dispositivos, acerca do fenômeno da violência conjugal, das políticas públicas na área e inserção de psicólogos(as) na rede de atendimento. Participaram oito profissionais que responderam a uma entrevista semiestruturada. Identificou-se o predomínio da compreensão feminista sobre o fenômeno. Ademais, a violência conjugal foi considerada complexa e influenciada por questões socioeconômicas. Os participantes aferiram aspectos sobre manifestações da violência e seu ciclo, referindo que se trata de uma demanda pouco atendida em seus locais de trabalho. No que tange às políticas públicas, foram consideradas insuficientes para o atendimento da demanda e permeada por dificuldades de delimitação dos papéis e funções nos serviços. Consideram que ocorrem sobreposições de intervenções na rede de atendimento, que se mostra fragmentada e pouco articulada. Propõem-se reflexões acerca das potencialidades da Psicologia para fortalecimento da rede de atendimento e garantia de direitos para pessoas que vivenciam violência conjugal.Palavras-chave: Violência Conjugal, Psicologia, Prática Profissional, Rede de Atendimento. Conjugal Violence, Public Policies and Service Network: Psychologists' PerceptionsAbstract: Violence in conjugal relationships has been addressed by different public policies through social assistance devices organized from a network perspective. This exploratory qualitative study aimed to know how psychologists who work in these devices perceive conjugal violence, related public policies and the psychologist's insertion in the service network. Eight professionals responded to a semi-structured interview. We identified predominant feminist comprehension towards the phenomenon. Conjugal violence was considered complex and influenced by socioeconomic issues. Participants evaluated aspects on manifestations of violence and its cycle, reporting that this demand is not frequently met in their workplace. Concerning public policies, they were considered insufficient to meet the demands and permeated by difficulties in delimitating roles and functions in the services. Participants indicated overlapping interventions in the service network, which appears to be fragmented and scarcely articulated. We propose reflections on the potentiality of psychology to strengthen the network and guarantee the rights of people experiencing conjugal violence.
ResumoAtualmente as pessoas experienciam novas formas de construir vínculos conjugais e dissolvê-los, visto que estes se encontram cada vez mais fragilizados. Separações e divórcios têm sido frequentes, ocorrendo várias vezes ao longo do ciclo vital, fato que não acontecia anteriormente. Esses processos podem ser vivenciados envoltos em níveis de saúde ou doença, e observa-se que tanto conflitos conjugais quanto a vivência do divórcio fomentam intensas demandas de procura por atendimento psicológico. O presente estudo propõe uma revisão teórica de estudos na área com vistas a problematizar tais fenômenos e ampliar a compreensão dos mesmos. São abordados os vínculos relacionais na formação e dissolução da conjugalidade, repercussões e possibilidades de intervenção, partindo da perspectiva sistêmica acerca de aspectos relacionais envolvidos nesses processos. Observa-se que muitas mudanças sociais inerentes à pós-modernidade têm afetado a tônica da dinâmica conjugal, e suas especificidades carecem ser compreendidas para ampliar o potencial das intervenções adotadas.Palavras-chave: vínculos relacionais; conjugalidade; separação. AbstractThe story of us: reflections on formation and dissolution of marriage Nowadays people experience new ways to build marriage bonds and dissolve them, since they are increasingly more vulnerable. Separations and
Resumo Sabe-se que para que uma pesquisa produza dados válidos, é importante que tenha sido bem desenhada metodologicamente. Em que pese a ampla literatura disponível sobre metodologia de pesquisa, há poucos estudos, particularmente em psicologia, que discutem suas especificidades quanto ao método. Esta revisão narrativa apresenta os principais tipos de delineamentos utilizados em pesquisas na área da psicologia clínica, assim como reflexões sobre sua utilidade em diferentes contextos. Também exibe um fluxograma para classificação dos delineamentos abordados. Destaca-se que não se defende uma taxonomia dos delineamentos, mas busca-se construir um guia para auxiliar no entendimento dos desenhos disponíveis e na escolha dentre eles, com vistas a facilitar a comunicação entre pesquisadores. Portanto, acredita-se que este trabalho contribui para a construção de estudos precisamente conduzidos metodologicamente, bem como para a identificação e o aprimoramento do emprego dos diversos delineamentos na área da psicologia clínica.
Intervenções psicológicas em contexto prisional fazem parte do sistema de garantia de direitos. A partir de uma revisão sistemática da literatura, buscou-se mapear as publicações sobre intervenções psicológicas no contexto prisional, em nível mundial. Seguindo as recomendações do PRISMA, em busca nas bases do EBSCOhost e no Portal de Periódicos CAPES, com os descritores “psychological treatment” OR “psychological intervention” AND prison*, foram localizados 24 artigos, nenhum nacional. Os artigos versam sobre intervenções breves, em grupo e com foco na diminuição de reincidência (especialmente, crimes sexuais e violência de gênero), na diminuição de sintomas de ansiedade e depressão e de uso de substâncias. Reflete-se sobre como estas experiências podem auxiliar no desenvolvimento de práticas no sistema prisional brasileiro, considerando as especificidades e vulnerabilidades do contexto e a importância delas para promoção e prevenção em saúde.
RESUMO Em alguns contextos, observa-se a tendência a explicar os níveis de desemprego tão somente a partir das características pessoais dos trabalhadores, referenciando a ideia socialmente difundida de que pessoas em situação de desemprego possuem déficits em habilidades sociais. O presente trabalho objetivou discutir a questão da empregabilidade mediante a caracterização do perfil de trabalhadores em situação de desemprego e da mensuração dos níveis de Habilidades Sociais (HS) apresentados pelos mesmos. Participaram do estudo 100 pessoas em situação de desemprego. Foram aplicados individualmente um questionário sóciobiodemográfico e uma adaptação do Inventário de Habilidades Sociais (IHS). Nas análises descritivas e de diferença entre médias verificou-se que os participantes não apresentaram déficits nas habilidades mensuradas quando comparados à população geral. O estudo sugere que os níveis de HS não são suficientes para explicar o fenômeno em questão, propondo reflexões a partir do conceito de empregabilidade.
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