RESUMO:Neste artigo, analisamos, sob a perspectiva teórica da Linguística Funcional e, mais especificamente, sob o viés da transitividade, nos moldes de Hopper e Thompson (1980), manchetes de jornais online, em que se observe o emprego do presente do indicativo em referência ao passado recente. Com base nos resultados da análise, demonstramos que alguns indicadores de transitividade precisam ser interpretados com cuidado, considerando-se a natureza do corpus analisado. No caso das manchetes de jornais online, percebemos ser mais relevantes ou chamativas aquelas em que não se verificam algumas das características prototípicas de sentenças altamente transitivas.PALAVRAS-CHAVE: transitividade; emprego do presente do indicativo em referência ao passado recente; manchetes de jornais online;
ABSTRACT:In This paper, we analyze, based on the parameters of transitivity of Hopper and Thompson (1980), newspaper headlines online, in which the use of the present tense is observed in reference to recent past. Based on the results of the analysis, we conclude that some indicators of transitivity need to be interpreted cautiously, considering the nature of the data. In the case of newspaper headlines online, we have found to be most N.o 46 -1.º semestre de 2014 -Rio de Janeiro
Em diversos estudos funcionalistas, a estreita ligação, comprovada translingüisticamente, entre verbo e objeto é considerada um reflexo de um princípio natural (icônico): o princípio da adjacência. Este estudo se propõe a discutir a propagada relação entre o princípio da adjacência e o grau de integração entre verbo e objeto, buscando demostrar que: (a) existem alguns problemas importantes relacionados tanto à definição quanto à validação do princípio em pauta; (b) a ligação acentuada entre verbo e objeto pode ser explicada em termos pragmático-discursivos, nos quais aspectos ligados à veiculação de informação (informação nova vs. informação velha) desempenham um importante papel.
e Cognição [IV LinCog] é um congresso científico realizado de dois em dois anos. Com a Pandemia da Covid-19, um grande espaço de tempo silenciou os avanços no campo da cognição, pelo menos no que se refere às trocas tão relevantes para que os avanços integrados ocorram. Na mais recente edição ocorrida entre os dias 30 de Novembro de 2021 e 1.º de Dezembro de 2021, a Universidade Politécnica de Macau (UPM), na China, assumiu a tarefa de realizar um evento em forma mista. Enquanto os chineses e acadêmicos habitantes da China puderam vivenciar a experiência de trocas face a face, todo o restante do mundo teve a oportunidade de participar remotamente. Foi um grande desafio para a presidente, Profa. Dra. Han Lili, que teve uma equipe eficiente, embora pequena, para dar conta de tantas demandas (Guo
Sempre que pensamos ou falamos sobre situações ou eventos, atribuímos-lhes um estatuto na realidade. Assim sendo, uma questão crucial é: como conceptualizamos a realidade? A resposta para essa questão é essencial para a compreensão do uso que fazemos do tempo verbal e do modo verbal, uma vez que são recursos gramaticalizados que nos permitem localizar a situação conceptualizada numa área específica da (ir)realidade, ou seja: (i) no plano da realidade passada ou imediata, se a situação for conceptualizada como factual; (ii) no plano da realidade não estabelecida, se a existência da situação não for aceita; e (iii) no plano da realidade projetada ou potencial, se a realização de uma situação futura for conceptualizada, respectivamente, como previsível ou apenas possível. Este ensaio, que se baseia teoricamente na Gramática Cognitiva (Langacker, 1991, 1999 e 2003), tem por proposta abordar a relação entre o tempo verbal, modo verbal e a conceptualização da realidade em português. Para tanto, são apresentados e discutidos exemplos de diferentes situações noticiadas em informativos on-line e extraídas da página de resultados da ferramenta de busca Google.
Neste trabalho, pautado na interface teórica entre Linguística Funcional e Linguística Cognitiva, pretendemos demonstrar que a relação entre ordem de palavras e subjetividade, verificada em pesquisas realizadas em diversas línguas, verifica-se também no uso que se faz da ordem objeto-verbo (OV) no português do Brasil (PB). Analisando as ocorrências da ordem OV na fala de 12 participantes da cidade do Rio de Janeiro, constatamos: (i) que a principal função da ordem OV no PB é a de retomar um tópico ou aspecto de um tópico para se predicar sobre ele; (ii) que tal função se subdivide em outras três: a de estabelecer contraste, a de atenuar uma afirmação precedente, e a de reforçar um tópico sob consideração; (iii) que a função principal e suas subfunções constituem mecanismos de expressão de subjetividade no PB.
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