This study suggests that early diagnosis and curative resection of retroperitoneal sarcomas can improve long-term survival. Adjacent organs with evidence of direct invasion must be removed en bloc; others should be spared.
RESUMO: Objetivo: Avaliar a morbimortalidade, sobrevida e os fatores prognósticos dos sarcomas primários do retroperitônio. Método: Análise retrospectiva de 59 pacientes com sarcoma de retroperitônio, operados na Seção de Cirurgia Abdomino-Pélvica do Instituto Nacional de Câncer no período de junho de 1992 a julho de 2003. Resultados: As queixas mais comuns foram dor abdominal e massa abdominal. A taxa de ressecabilidade foi de 74,57% e a de radicalidade entre os ressecados de 48,88%. Houve dois óbitos pós-operatórios (3,38%) e 12 complicações pós-operatórias (20,33%). Os leiomiossarcomas e os lipossarcomas foram os mais incidentes. O grau de diferenciação tumoral mais freqüente foi o G3 (38,98%) e o diâmetro tumoral médio, de 20,4 cm. A sobrevida global foi de 49% em dois anos e 20% em cinco anos, e a mediana de sobrevida livre de doença foi de 23 meses. À análise univariada, o diâmetro do tumor (> ou <= 12 cm), o grau de diferenciação tumoral ([G1 + G2] X [G3 + G4]), a ressecção radical (R0) ou paliativa (R1+R2), a hemotranfusão no ato operatório e a re-ressecção, mesmo que paliativa, nos casos de recidiva ou persistência de doença (n = 52), foram significativos para sobrevida (p = 0,0267, 0,048, 0,0001, 0,022 e 0,0003, respectivamente). Conclusão: No momento, somente o diagnóstico precoce, a cirurgia radical R0, a ausência de hemotransfusão intra-operatória e a re-ressecção nos casos de recidiva ou persistência de doença possibilitarão a sobrevida a longo prazo (Rev. Col. Bras. Cir. 2005; 32(5): 251-255).
RESUMO: Objetivo: Avaliar os resultados do tratamento cirúrgico de pacientes portadores de metástases hepáticas de sarcomas de partes moles, com ênfase na identificação de fatores prognósticos e estudo de sobrevida. Método: Foi realizada análise retrospectiva de pacientes submetidos a ressecções hepáticas por sarcomas de partes moles metastáticos para fígado no Instituto Nacional de Câncer -MS entre 1992 e 2002. Fatores demográficos, características do tumor primário e dos tumores metastáticos, intervalo de surgimento de metástases, tipo de ressecção e resultados de sobrevida global e livre de doença, considerados a partir da operação para o tumor metastático foram considerados. Os dados obtidos foram analisados estatisticamente através dos softwares SPSS versão 8 e EpiInfo 2002. Resultados: O tumor primário era localizado no trato gastrintestinal em cinco pacientes, no retroperitônio em quatro e nos dois restantes no útero e no músculo deltóide. Leiomiossarcoma foi a linhagem histológica em 10 casos e dermatofibrossarcoma no caso restante, com grau de diferenciação tumoral G2 em seis casos e G3 em cinco. A extensão da ressecção hepática foi a segmentectomia em cinco pacientes, a lobectomia em quatro e as ressecções maiores em dois pacientes. Dois pacientes tiveram ressecções extra-hepáticas associadas. A ressecção foi completa em sete pacientes, persistindo doença residual macroscópica em quatro pacientes. Pela análise multivariada a sobrevida foi afetada pela radicalidade da ressecção, com 49 meses para as cirurgias completas e 15 meses para as incompletas (p< 0,05) e pelo grau de diferenciação tumoral, com 49 meses para os tumores G2 e 15 meses para os G3 (p< 0,0447). Conclusão: As ressecções hepáticas para metástases de sarcomas de partes moles podem aumentar a sobrevida destes pacientes, particularmente quando completas e para tumores de baixo grau de diferenciação (Rev. Col. Bras. Cir. 2006; 33(6): 380-386 INTRODUÇÃOOs sarcomas de partes moles (SPM) com doença metastática estão associados à sobrevida curta. A mediana de sobrevida a partir do diagnóstico das metástases é de oito a 12 meses, podendo em 20 a 25% dos casos chegar a dois anos 1,2 . O valor da ressecção cirúrgica da metástase hepática dos SPM ainda não está definido na literatura, com poucas publicações abordando esta questão. Os resultados são controversos, quando comparados a hepatectomias para implantes secundários de carcinoma colorretal e de tumores neuroendócrinos, que estatisticamente, se associam a melhores índices de sobrevida [3][4][5][6] . Neste estudo, é analisada a experiência do Instituto Nacional de Câncer (INCA), com hepatectomias para tratamento de pacientes com sarcomas de partes moles metastáticos para o fígado. MÉTODOFoi realizada análise retrospectiva de pacientes submetidos a ressecções hepáticas por sarcomas de partes moles metastáticos para fígado no INCa entre 1992 e 2002. As informações contidas nos prontuários foram revisadas e utilizadas para este estudo. Fatores demográficos, características do tumor primário e dos...
4RESUMO: Objetivo: O objetivo deste trabalho foi relatar a morbimortalidade associada à técnica de reconstrução pancreática utilizando anastomose pancreato-jejunal tipo ducto-mucosa, sem cateter transanastomótico, em pâncreas de consistência mole e ducto de Wirsung menor que três mm. Métodos: Analisamos consecutivamente os resultados de 16 pacientes submetidos à GDP com técnica de anastomose pancreato-jejunal tipo ducto-mucosa no Serviço de Cirurgia Abdômino-pélvica do INCA. Todos pacientes eram portadores de pâncreas de consistência mole e ducto pancreático fino (< 3mm). Resultados: Dos 16 pacientes analisados, oito eram do sexo masculino e com mediana de idade de 55 anos. No período pós-operatório um paciente apresentou fístula pancreática e houve um caso que evoluiu para óbito. Conclusão: Acreditamos que é possível a realização de anastomose pancreática tipo ductomucosa, sem cateter transanastomótico, em pacientes com ducto pancreático menor que três mm sem aumento da morbimortalidade (Rev. Col. Bras. Cir. 2007; 34(4): 218-221 INTRODUÇÃOA gastroduodenopancreatectomia (GDP), já está bem estabelecida como a principal forma de tratamento para os tumores da região periampular. Este fato é baseado no acrés-cimo significativo de sobrevida que esta operação acarreta aos pacientes com tumores periampulares ressecáveis, quando comparado aos procedimentos paliativos.Recentemente a indicação de GDP tem-se estendido aos chamados tumores não-periampulares (NPAP), que têm seus sítios primários mais comumente representados por colón, estômago, rim, bexiga, pele (melanoma) e pulmão. Estes tumores quando envolvem o bloco periampular, seja diretamente ou por metástase isolada, na ausência de doença à distância, tem na GDP a única chance de obter sobrevida a longo prazo.Diferentemente da década de 70, atualmente a GDP apresenta taxas de mortalidade (0 -5%) e morbidade (20 -50%) bastante aceitáveis, quando realizadas em centros de excelência em cirurgia pancreática [1][2][3] . Dentre as complicações da GDP, a fístula pancreá-tica continua sendo a mais importante, com uma incidência que varia de 5 a 25% nos grandes centros 2-4 . Vários fatores são relacionados à fístula pancreatojejunal: idade avança-da, tempo operatório, hemotransfusão per-operatória, nível de icterícia pré-operatória, consistência do pâncreas, calibre do ducto e experiência do cirurgião. Embora ainda não haja fatores etiológicos definidos para a fistula pancreática, a consistência do pâncreas e o calibre do ducto pancreático, associado à experiência do cirurgião, figuram entre as principais causas 3,5,6. De uma maneira geral, a reconstrução pancreatoentérica após GDP é causa de muitos debates em virtude das graves complicações que ela determina. Dentre os vários tipos de reconstruções pancreatoentéricas, a anastomose pancreatojejunal ducto-mucosa e a telescopagem são as mais utilizadas.A consistência mole ou friável do pâncreas e o ducto de Wirsung de calibre fino configuram-se no maior desafio à habilidade do cirurgião pancreático na confecção da anastomos...
OBJETIVOS: A gastroduodenopancreatectomia (GDP) é atualmente a única forma de tratamento segura e eficaz para pacientes selecionados com doenças benignas e malignas do pâncreas e da região periampular. Entre as complicações pós-operatórias, a fístula pancreática continua sendo a mais importante, com uma incidência que varia de 5 a 25% nas grandes séries. Os objetivos deste trabalho são os de avaliar a morbimortalidade relacionada a duas técnicas de anastomoses pancreatojejunais (ducto-mucosa X telescopagem), e comparar seus resultados. MÉTODO: Foram analisados retrospectivamente 64 pacientes submetidos à GDP, no Serviço de Cirurgia Abdômino-Pélvica, do INCA, no período de 1987 a 2002. Destes doentes, 42 foram submetidos à anastomose tipo ducto-mucosa e 22 à telescopagem. A análise estatística foi realizada através do teste de Fischer. RESULTADOS: A taxa de fístula pancreática no grupo ducto-mucosa foi de 12% e no telescopagem foi 36%. Esta diferença percentual se mostrou estatisticamente significativa (p = 0,02). A mortalidade operatória relacionada à fístula pancreática foi de 2,4% para o grupo ducto-mucosa e 4,5% para o telescopagem, com nível de significância estatística > 5%. CONCLUSÕES: A técnica de anastomose pancreatojejunal tipo ducto-mucosa é associada a menores índices de fístula pancreática em relação a técnica de telescopagem, enquanto que a mortalidade operatória relacionada a fístula não mostrou diferença estatística entre os dois grupos estudados.
Objetivo: o presente estudo tem como objetivo conhecer o perfil dos portadores de tumores estromais gastrointestinais (GISTs) tratados pelos cirurgiões no Estado do Rio de Janeiro. Método: estudo multicêntrico, retrospectivo, implementado pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Oncológica (SBCO), tendo início em dezembro de 2006 e término em dezembro de 2007. Foram incluídos 47 casos de GIST tratados cirurgicamente. Resultados: houve predominância do sexo feminino (29 mulheres e 18 homens) e a idade variou de 10 a 81 anos, com mediana de idade de 62 anos. O estômago foi o sítio mais frequente de localização do tumor (44 casos), seguido do intestino delgado (2 casos) e do reto (1 caso). Os sintomas mais comuns foram dor abdominal (48,9% dos casos), massa palpável (46,8%) e sangramento digestivo (27,6%). O tamanho tumoral variou de 0,8 cm a 28 cm, com mediana de 12 cm. A gastrectomia segmentar foi o procedimento cirúrgico mais empregado (21 casos). A incidência de metástase linfonodal foi de 4,2%. A taxa de recidiva foi de 40,4% (todos os casos classificados como GIST de alto risco). Conclusão: a presente casuística revela que o perfil dos portadores de GIST tratados por cirurgiões do Estado do Rio de Janeiro difere em alguns pontos dos relatos da literatura estrangeira, havendo necessidade de estudos nacionais com maior amostragem para confirmação dos dados.
Sarcomas de partes moles são tumores raros, sendo 10%-20% destes localizados no retroperitônio. Metástases para linfonodos e a distância são raras. Os sarcomas primários de retroperitônio devem ser considerados em pacientes com dor abdominal, desconforto ou massa palpável no abdome, sendo descobertos pelo exame físico ou como achados incidentais na Tomografia Computadorizada (TC), Ultra-sonografia (USG) ou Ressonância Magnética (RM). Todos os pacientes com sarcoma de retroperitônio com possibilidade de ressecção devem ser submetidos à laparotomia, devendo o planejamento cirúrgico abranger a completa ressecção do tumor, órgãos e estruturas adjacentes infiltradas. A quimioterapia apresenta resultados desanimadores. No entanto, a radioterapia quando empregada no pré-operatório, pode beneficiar o paciente. Sarcomas de retroperitônio tendem a apresentar recorrência local. Logo, deve-se fazer seguimento pós-operatório com história clínica, exame físico, radiografia de tórax, TC de abdome e pelve freqüentes, indicando a reoperação, sempre que possível, em caso de recidiva. A sobrevida global em cinco anos é de 40%-50%, sendo que o diâmetro do tumor, o grau de diferenciação tumoral, a ressecção radical ou paliativa, a necessidade de hemotransfusão durante o ato cirúrgico e a re-ressecção, mesmo que paliativa, nos casos de recidiva ou persistência de doença, são os fatores prognósticos mais importantes.
Os autores apresentam um caso raro de hemangioendotelioma epitelióide hepático multicêntrico de uma paciente oligossintomática, tratada inicialmente com ressecção e alcoolização. Na sua recidiva, foi submetida à radioablação. Revisando a literatura, os autores concluem que a ressecção permanece como o principal tratamento, associada ou não a métodos ablativos, e que o transplante tem indicação na doença multinodular bilateral.
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