No início do século XIX, quartéis instalados às margens do recém ampliado caminho que ligava o porto de Itapemirim a região das Minas tentavam garantir a segurança dos fazendeiros e poucos aventureiros que ousavam atravessar a região dominada pelos índios Puri. O receio justificava-se pelo fato de que na Vila de Nova Benevente um grupo de indígenas havia assassinado o capitão-mor Francisco Xavier Pinto Saraiva, em 1833, dirigindo-se, em seguida, para a Vila de Piúma, de onde continuaram representando uma ameaça aos moradores da região. Entre Itapemirim e Muribeca os conflitos entre colonos e os índios Puri, mas também Botocudo, causavam mais e mais vítimas. Tentar compreender o porquê das animosidades entre índios e colonos estarem tão exaltadas no sul da Província do Espírito Santo naquela primeira metade do século XIX é o desafio que propomos neste artigo, mediante a análise de algumas petições, relatórios e documentos que expressam as tensões vividas naquela região desde o período colonial, verificando seu conteúdo e sua relação com a história indígena do Espírito Santo.
O presente artigo destina-se a analisar os textos publicados nos primeiros dez anos da Revista do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, entre 1839 e 1850, a fim de traçar um perfil dos artigos publicados, conferindo maior ênfase nos estudos de caráter autoral, resultantes do trabalho de pesquisa para analisar a produção historiográfica registrada nas páginas daquele periódico, a fim de perscrutar a natureza dos estudos históricos no Brasil. Ele procura identificar os autores presentes nos primeiros anos do periódico, as temáticas mais visitadas, os recortes temporais e geográficos adotados, dentre outros aspectos, para compor uma fisionomia da escrita da história Brasileira vinculada ao IHGB
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