IntroduçãoPara um desempenho animal eficiente, há necessidade de conhecimentos básicos da nutrição de bubalinos. CHALMERS (1974) enfatizou a grande importância de se desenvolver estudos mais detalhados da fisiologia nutricional do bubalino, incluindo dados básicos sobre o metabolismo dos nutrientes, exigências nutritivas, avaliação corporal e outros. Porém, ainda há escassez de informações sobre requerimentos de nutrientes para os bubalinos, especialmente nas nossas condições. Assim, dados obtidos com bovinos têm sido extrapolados para bubalinos, resultando em considerável ineficiência alimentar.As formulações modernas de rações para ruminantes baseiam-se em cálculos feitos a partir da concentração energética da ração e da demanda de nitrogênio pelos microrganismos no rúmen para sínte-se de proteína microbiana (AGRICULTURAL RESEARCH COUNCIL -ARC, 1980). O metabolismo ruminal depende, portanto, da concentração energética da dieta que influi na retenção de nutrientes e nas características da carcaça.Vários fatores afetam o rendimento de carcaça e a composição corporal: genética, idade, sexo, nutrição e alimentação etc. Entre eles, o nível energético da dieta consumida apresenta-se de grande importância, já que a deposição de gordura corporal promove diferenças na quantidade e qualidade da carcaça produzida. KEARL (1982) Não houve diferenças significativas entre os tratamentos nos rendimentos de carcaça quente e fria (médias de 51,27 e 50,30%, respectivamente) e nos rendimentos dos cortes primários e secundários da carcaça, exceto para o coxão completo, que apresentou menor rendimento no nível médio de energia ingerida. Concluiu-se que não houve evidências de existirem diferenças nos rendimentos da carcaça e de seus cortes primários e secundários entre bubalinos consumindo três diferentes níveis de energia e que os bubalinos mostraram apresentar bom potencial de produção de carcaça e cortes comerciais nessas condições.Palavras-chave: bubalino, carcaça, confinamento, energia Energy Levels in the Diet for Growing Buffaloes under Feedlot. 2. Carcass CharacteristicsABSTRACT -Fifteen growing buffaloes of the Mediterranean breed were fed in feedlot for aproximately 140 days with the objective to evaluate three different levels of energy ingested on carcass characteristics. The animals were slaughtered when they reached body weight above 450 kg. The average body weight was 465 kg +/-16.29 kg. The average metabolizable energy intake estimated for the three treatments were: 18.23, 19.54 and 21.74 Mcal/animal/day. There were no significant differences among treatments in the hot and cold dressing carcass (averages 51.27 and 50.30%, respectively) and carcass primary and secondary cut percentages, except for whole round that presented lower percentage in the intermediary level of energy ingested. It was concluded that there were no evidences of differences in the dressing carcass and of its primary and secondary cuts among buffaloes with three different levels of energy intake and that buffalo showed potential of carcass prod...
RESUMO -Vinte e sete bubalinos em crescimento da raça Mediterrâneo foram mantidos em confinamento por cerca de 140 dias, visando avaliar os efeitos de diferentes níveis de energia ingerida sobre o desempenho e as concentrações de glicose, proteína total e uréia no sangue. Os tratamentos constituíram de três níveis de ingestão de energia: BE (Baixa Energia), RE (Requerida Energia) e AE (Alta Energia). RE foi calculado com 125 kcal/kg 0,75 /dia de energia metabolizável para mantença; BE com 20% abaixo e AE com 20% acima desse nível, adotando-se ganho diário médio de 800 g, correspondendo a 10 kcal de EM/g de ganho para animais até 250 kg e mais 0,02 kcal/kg de peso acima de 250 kg/g de ganho. Amostras de sangue foram colhidas em três períodos, ou seja, 44, 66 e 88 dias após o início do experimento. Houve diferenças significativas no ganho de peso médio diário entre BE (773,9 g), RE (942,8 g) e AE (1071,8 g) e nos níveis de uréia no soro. As ingestões médias de matéria seca (g/kg 0,75 ) e de energia metabolizável estimadas (Mcal/animal/dia) foram, respectivamente: 89,54 e 17,13 para BE, 92,87 e 18,24 para RE e 95,66 e 20,94 para AE. Com base no ganho de peso obtido e na quantidade diária de energia metabolizável ingerida, concluiu-se que o requerimento de energia metabolizável total para bubalinos em crescimentos recomendado por KEARL (1982) encontra-se superestimado em média de 14,73%.Palavras chave: bubalinos, confinamento, desempenho, energia, requerimentos Energy Levels in the Diet for Growing Buffaloes under Feedlot. 1. Performance and Biochemical Blood Nutrients ABSTRACT -Twenty-seven growing buffaloes of Mediterranean breed were maintained in feedlot for about 140 days with the objective to evaluate the effects of energy intake on the performance and blood serum concentrations of glucose, total protein and urea. The treatments were constituted of three different levels of energy intake: LE (Low Energy), RE (Required Energy) and HE (High Energy). RE was calculated with 125 kcal/kg 0.75 /day of metabolizable energy for maintenance; LE with 20% below and HE with 20% above of this level, adopting gain average daily of 800 g, corresponding to 10 kcal of EM/g of gain for animal up to 250 kg plus 0.02 kcal/kg of weight above 250 kg/g of gain. Blood samples were collected in three periods: 44, 66 and 88 days after beginning of the experiment. There were significant differences in the average weight daily gain among LE (773.9 g), RE (942.8 g) and HE (1071.8 g) and urea blood serum level. Average dry matter intake (g/kg 0.75 ) and metabolizable energy estimated (Mcal/animal/day) were, respectively: 89.54 and 17.13 to LE, 92.87 and 18.24 to RE and 95.66 and 20.94 to HE. Based on the obtained weight gain and metabolizable energy daily quantity ingested, it was concluded that the total requirement of metabolizable energy for growing buffaloes recommended by KEARL (1982) finds overestimated on an average of 14.73%. Rev. bras. zootec., 30(6):1872-1879, 2001Introdução Na formulação de uma dieta para ruminantes, é importan...
scite is a Brooklyn-based organization that helps researchers better discover and understand research articles through Smart Citations–citations that display the context of the citation and describe whether the article provides supporting or contrasting evidence. scite is used by students and researchers from around the world and is funded in part by the National Science Foundation and the National Institute on Drug Abuse of the National Institutes of Health.
hi@scite.ai
10624 S. Eastern Ave., Ste. A-614
Henderson, NV 89052, USA
Copyright © 2024 scite LLC. All rights reserved.
Made with 💙 for researchers
Part of the Research Solutions Family.