Objetivo: analisar a evolução da mortalidade por COVID-19 no período de janeiro de 2020 a fevereiro de 2021 no Brasil. Métodos. Dados sobre todos os óbitos foram obtidos do Portal da Transparência, alimentado continuamente pelos cartórios civis do país. Foi considerado óbito por COVID-19 quando havia citação de COVID-19, coronavírus ou novo coronavírus como causa de óbito. As taxas de mortalidade por COVID-19 foram padronizadas por sexo e faixa etária, conforme estimativa populacional para 2020. Mortalidade por COVID-19 proporcional foi calculada por faixa etária e região, conforme o sexo. Mortalidade geral proporcional foi calculada por local de falecimento e região, conforme causa do óbito. Resultados. Dos 1.596.130 óbitos registrados, 16% tiveram COVID-19 como causa básica, a taxa de mortalidade no Brasil foi de 119,9 por 100 mil habitantes, chegando a 410,5 em Roraima para o sexo masculino. Altas taxas foram encontradas principalmente na região Norte e as menores na região Nordeste. A maior proporção foi entre 70 e 79 anos de idade. A morte por COVID-19 em domicílio atingiu 3,8% dos óbitos na região Norte e 3,4% no Nordeste. Conclusões. O uso de dados do registro civil é de grande importância para o monitoramento atualizado da mortalidade por COVID-19, demonstrando que o país enfrenta, em 2021, aumento de óbitos e agravamento da pandemia.
Descoberto e colonizado como foi o Brasil por um povo em que os bons princípios de assistência a alienados custaram a ter dedicados adeptos, seria quase utopia esperar fosse dos primeiros países a cuidar convenientemente de seus insanos. Já é mesmo motivo para desvanecimento não tivesse ele tido parte na vasta hecatombe de pobres mentecaptos com que a Europa, em nome de Cristo, deu larga mostra da alta barbaria daqueles tempos, aguilhoada pela fanática ignorância de suas massas populares.A população que para cá emigrou, além de pouco densa, vivia preocupada em geral com seus sonhos de riqueza. Não havia tempo para organizar autos de fé em perseguição de demoníacos. Ademais, era suficientemente vasto o território devoluto onde esses pudessem passear sua insânia.
O grau de cultura moral de um povo deverá ser aquilatado pela solicitude com que soubesse atenuar dores a aflições aos que baqueiam na concorrência social e ainda mais pelo afã com que as procurasse evitar. Penaliza ver que, entre nós, nem sempre é meneada no melhor sentido a filantropia dos que por força da atual organização das sociedades entesouram riquezas que a utopia desejara coletivas. Por outro lado poucos de nossos estadistas se atrevem a ser úteis ao progredir do grupo social. Mas se de longe em longe surge um homem de Estado bem intencionado, capaz de impulsos eficazes, abalancemo-nos a lembrar reformas. Parece certo que os poderes públicos depois de terem melhorado o Hospício Nacional de Alienados vão assegurar a eficácia deste melhoramento, reformando por completo as colônias ora existentes na ilha do Governador. Pela urgência da medida já insisti junto ao Governo. Apenas de uma parte restrita da assistência aos frenopatas vou ocupar-me agora, ainda que esteja muito convicto de que também aos idiotas, imbecis e alcoólatras pobres é necessário dispensar ensino, proteção e tratamento. Quem quer que tenha notado a frequência da epilepsia no Brasil e observado nas ruas desta Capital crises do mal convulsivo; quem como eu tiver visto em plena via publica impulsões epilépticas violentas, acredito refletirá um pouco sobre a urgência da criação de um asilo-colônia para comiciais pobres. Não vem ao caso discutir se é uma ou se é múltipla a epilepsia: basta lembrar que os epilépticos fornecem um vasto contingente à legião de criminosos de todas as classes. Tenho tido várias ocasiões de entristecer-me vendo doentes tais irem, por força do mal que os aflige, de degradação em degradação até às vezes à contingência de recidivantes das cadeias onde ao menos têm alimento. Entre esses sempre me lembro de um bom alfaiate, poeta repentista, epiléptico procursivo, cuja vida tive ocasião de acompanhar durante anos. Em certa época de sua existência amiudaram-se uuuUUU
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