A pesca de tainhas e paratis (Mugilidae), é tradicional na costa brasileira, sendo responsável por grande parte da produção costeira dos estados do Pará, Paraíba, Santa Catarina e Rio Grande do Sul (PAIVA, 1997). Estima-se que na Região Sul como um todo a tainha seja responsável por mais de 10% da produção dos pescados oriundos da atividade artesanal (PAIVA, op. cit.).O ciclo de vida destes peixes mantém estreita associação com os estuários, e o Estado do Paraná -embora de pequena extensão latitudinal -possui dois estuários onde a pesca de Mugilidae é tradicional. No maior deles, o complexo estuarino-lagunar Baía de Paranaguá, quatro espécies ocorrem (CORRÊA, 1987): Mugil liza, M. platanus, M. curema e Mugil sp. Esta última correspondia a M. gaimardianus descrita em MENEZES & FIGUEIREDO (1985), todavia o epíteto gaimardianus foi suprimido, invalidando o nome (ALVAREZ-LAJONCHERE et al., 1992). Na Baía de Guaratuba, estuário situado a cerca de 40 km ao sul de Paranaguá, próximo à divisa entre Paraná
O presente trabalho é o levantamento da ictiofauna marinha do Paraná que se encontra depositada no acervo do Museu de História Natural Capão da Imbuia (MHNCI). Foram registradas 144 espécies de peixes marinhos na coleção, pertencentes a 56 famílias e 20 ordens. Os Actinopterigii perfizeram 93,7%, enquanto 6,3% foram representados por Chondrichthyes. Os grupos mais abundantes na coleção são praticamente os mesmos que predominam nas capturas nos estuários e ambientes adjacentes ao longo do litoral paranaense, como Sciaenidae, Carangidae, Serranidae, Haemulidae, Gerreidae e Engraulidae. A informação obtida é importante para a avaliação adequada da diversidade e das espécies prioritárias para programas de conservação, indicando as prioridades em pesquisa e manejo.
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