RESUMO Este artigo investiga a pronúncia das vogais médias tônicas no português do século XVII, a partir da observação das rimas da poesia de então. Como corpus para esta pesquisa foram considerados os poemas seiscentistas agrupados no cancioneiro português A Fénix Renascida ou obras poéticas dos melhores engenhos portugueses . A metodologia adotada neste estudo consistiu, essencialmente, no mapeamento e análise de todas as rimas, no corpus referido, envolvendo vogais médias, na sílaba acentuada. Essas rimas foram comparadas a rimas dos séculos XIII, XV e XVI, analisadas em estudos anteriores da primeira autora deste artigo. Os resultados desta pesquisa sugerem que havia, até o século XVII, pelo menos, intensa variação fonética na pronúncia das vogais médias tônicas da língua portuguesa. Ao longo da história, algumas dessas variações resultaram em mudança, de modo que a variante fixada na pronúncia atual não corresponde à forma etimológica. Em outros casos, no entanto, fixou-se a pronúncia mais antiga da língua.
O objetivo deste trabalho é analisar a ocorrência das terminações nasais nos nomes do português arcaico, a fim de obter informações sobre a origem do ditongo nasal -ão, na história do português. Como corpus para esta pesquisa, foram consideradas as 420 Cantigas de Santa Maria, de Afonso X, remanescentes da segunda metade do século XIII. A metodologia adotada neste estudo baseia-se no mapeamento de todas as terminações nasais presentes no corpus considerado. Ao apresentar uma relação das terminações nasais que compunham os nomes do período arcaico, este trabalho traz informações importantes sobre o processo de formação do ditongo nasal -ão, na diacronia do português.
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