Este estudo visou analisar as conseqüências cardiocirculatórias (na pressão arterial, PA, e freqüência cardíaca, FC) de um programa de hidroterapia cujo objetivo clínico era ganho de força muscular e flexibilidade para mulheres idosas saudáveis e sedentárias. Participaram 16 idosas, de 65 a 70 anos. O programa constou de 32 sessões, com uma hora de duração cada, de exercícios em imersão para ganho de força muscular e flexibilidade, com grau de dificuldade crescente, em sete fases. As quatro primeiras sessões foram usadas para adaptação ao meio aquático e desconsideradas para coleta de dados. As medidas de PA e FC foram coletadas ao final de cada fase, em quatro momentos: repouso fora da água, em repouso 3 minutos após imersão, em imersão ao final dos exercícios, e três minutos após a saída da piscina. Os dados foram analisados estatisticamente com nível de significância a p<0,05. Da sessão de base (5a) para a última (32ª), foram observadas quedas significantes de 5,6 mmHg na média da PA sistólica de repouso e de 9,7 mmHg na média da PA diastólica de repouso, tendo a classificação do nível da PA das participantes passado de normal-limítrofe para normal; e um aumento, não estatisticamente significativo, de 1,0 bpm na média da FC de repouso. Os achados sugerem que, embora não tenham afetado a FC, exercícios de força e flexibilidade em imersão, com grau de dificuldade crescente, não sobrecarregam - e podem afetar positivamente - o sistema cardiocirculatório de idosas com 65 a 70 anos.
A hidrocinesioterapia é um recurso fisioterapêutico que utiliza os efeitos fisiológicos decorrentes da imersão em água aquecida, dentre eles a flutuação e a viscosidade que fazem com que as atividades motoras possam ser facilitadas, resistidas ou ofereçam suporte ao corpo ou seus segmento. Nesta revisão discute-se a prática de atividades motoras nestas três situações, enfocando o decúbito correto a ser utilizado para um determinado objetivo terapêutico e como os equipamentos aquáticos podem oferecer progressão no grau de dificuldade para diferentes atividades motoras.
The present report presents an educational pool-therapy adaptation program, especially designed for this study, consisting of four sessions, aiming at learning skills that warrant motor independence (adaptation to the aquatic environment) during immersion, for elderly people. The adaptation to the aquatic environment is a prerequisite for the development of hydrotherapy intervention, due to the natural fear presented by these people to perform aquatic environment activities, common in this population, when they start hydrotherapy activities. The subjects of the present study consisted of 18 women, aged 65 to 70 years. Their performance during ten trained motor activities based on a previously designed plan was assessed as well as blood pressure and heart rate, as indicative factors of stress caused by performing activities in the aquatic environment. The assessment was carried out by the researcher and by an independent observer and the scores 1, 2 and 3 were assigned to each motor activity. The results showed that the group presented 89.7% of the expected learning outcomes when performing the motor activities at the end of the program, associated with decreased blood pressure when the first session is compared with the fourth. We conclude that the educational pool-therapy adaptation program for the elderly was enough to produce alterations in the motor responses of the participants, who presented independence in the aquatic environment, as well as establishing blood pressure and heart rate levels.
Este artigo apresenta um programa de ensino, elaborado especificamente para este estudo, com quatro sessões, visando o aprendizado de habilidades que garantam independência motora (adaptação ao meio aquático) durante a imersão para pessoas idosas. A adaptação ao meio aquático é pré-requisito para o desenvolvimento da intervenção hidroterapêutica, devido ao receio apresentado por estas pessoas para a realização de atividades em meio aquático, comum nesta população, quando iniciam atividades de hidroterapia. Foram sujeitos deste estudo 18 mulheres, com idade entre 65 e 70 anos. Avaliou-se o desempenho na realização de dez atividades motoras treinadas com base em um roteiro previamente elaborado e pesquisou-se também a pressão arterial e a freqüência cardíaca, como indicadores do estresse provocado pela realização de atividades na água. A avaliação foi realizada pelo pesquisador e por um observador independente, e foi atribuído as notas 1, 2, e 3 para cada atividade motora. Encontrou-se que, o grupo apresentou 89,7% do aproveitamento esperado, na realização das atividades motoras propostas ao final do programa, associado com diminuição da pressão arterial da primeira para a quarta sessão. Concluiu-se que o programa de ensino de adaptação ao meio aquático proposto foi suficiente para produzir alterações nas repostas motoras dos participantes que apresentaram independência no meio aquático e, para estabilizar os níveis de pressão arterial e freqüência cardíaca.
RESUMO:Este trabalho vem demonstrar como o relato verbal pode ser uma rica fonte de dados sobre as categorias de auto-avaliação da evolução clínico-funcional estabelecidas pelos sujeitos em relação à intervenção hidroterapêutica efetuada. Após a análise dos relatos de 16 mulheres de um programa de hidroterapia encontrou-se sete categorias de referências de evolução clínico-funcional: melhora no desempenho ao realizar atividades de hidroterapia; melhora de sensações e percepções corporais; melhora funcional; melhora no quadro álgico; melhora na execução das atividades diárias e diminuição do uso de medicação. Esses relatos podem ser utilizados como feedback para o fisioterapeuta ao avaliar o critério de referência do paciente, auxiliando na criação de uma linguagem comum e possibilitando o uso de reforçadores mais específicos.DESCRITORES: Educação especial. Hidroterapia. Envelhecimento. Mulheres. Auto-avaliação (Psicologia). Terapia por exercício.
scite is a Brooklyn-based organization that helps researchers better discover and understand research articles through Smart Citations–citations that display the context of the citation and describe whether the article provides supporting or contrasting evidence. scite is used by students and researchers from around the world and is funded in part by the National Science Foundation and the National Institute on Drug Abuse of the National Institutes of Health.