Contribuição para o aprimoramento de projeto, construção e operação de reatores UASB aplicados ao tratamento de esgoto sanitário-Parte 4: Controle de corrosão e emissões gasosas Contribution for improving the design, construction and operation of UASB reactors treating sewage-Part 4: Control of corrosion and gaseous emissions
A atrazina é um dos agrotóxicos mais utilizados no Brasil e possui grande tendência a contaminar águas superficiais e subterrâneas. Logo, o objetivo do estudo foi realizar uma revisão bibliográfica para verificar a ocorrência da atrazina em águas superficiais, subterrâneas e tratadas no Brasil e sua remoção durante o tratamento de água para consumo humano. Para tanto, buscaram-se na literatura trabalhos científicos publicados entre os anos de 2000 e 2017 que trataram sobre a presença do composto nas matrizes supracitadas. Para a análise da remoção da atrazina em água buscaram-se trabalhos que empregaram processos como tratamento convencional, ozonização, fotólise, adsorção, nanofiltração, entre outros. Utilizaram-se como plataformas de pesquisa o Periódicos Capes, Google Acadêmico e Science Direct. Analisaram-se 36 trabalhos referentes a presença do composto em águas no Brasil e 43 sobre sua remoção da água. Observou-se nos trabalhos revisados, frequências de detecção da atrazina da ordem de 8% para águas superficiais e 12% para subterrâneas, além de sua ocorrência em valores superiores ao VMP em ambas as matrizes. Em águas tratadas a presença, bem como concentração da atrazina foi reportada em dois estudos, porém em concentrações inferiores à máxima permitida. O tratamento de ciclo completo é ineficaz para a remoção da atrazina. Sendo assim, é necessária a associação de outros processos ao tratamento convencional, dentre os quais citam-se: a adsorção em carvão ativado, ozonização, nanofiltração, osmose inversa e processos oxidativos avançados. Porém, é importante se atentar á conversão dos contaminantes a subprodutos que, assim como seus precursores, podem apresentar toxicidade.
O ribeirão Espírito Santo (RES) é um dos principais corpos hídricos da cidade de Juiz de Fora (JF), responsável pelo abastecimento de água potável para 40% da população. ORES transpassa o Distrito Industrial (DI) da cidade antes de desaguar no rio Paraibuna (RP), tornando-se assim um afluente potencialmente poluidor. Dessa forma, este estudo tem por finalidade avaliar a qualidade da água do RES, utilizando o Índice de Qualidade da Água (IQA) e o Índice de Conformidade ao Enquadramento (ICE) a fim de obter um panorama do nível de poluição do mesmo e verificar a magnitude de seu impacto no RP. Assim sendo, foram analisados parâmetros de qualidade da água no RES, no córrego Gouveia e no RP, de 2013 a 2017. Observou-se que o trecho do RES com pior qualidade das águas é o situado próximo ao DI. A piora do IQA de montante para jusante do exutório do RES no RP foi observada, demonstrando a influência do RES no RP, no entanto o ICE não conseguiu representar essa realidade. A precipitação demonstrou correlação com o IQA, principalmente no mês mais chuvoso. Portanto, a qualidade das águas do RES demonstra uma degradação ao longo do mesmo, uma variação com a sazonalidade além de impactar o RP negativamente.
As endoparasitoses são enfermidades comuns em cães e gatos, sendo que a disseminação dos parasitos ocorre facilmente entre eles, principalmente em ambientes de abrigos para animais, onde estes permanecem em estreito contato. Além disso, muitas destas parasitoses são consideradas zoonoses. Assim, este trabalho teve como objetivo estudar a frequência dos endoparasitos que acometem os cães e gatos abrigados em um canil municipal na região da Zona da Mata Mineira, utilizando o Método de Hoffman, Pons e Janer (HPJ) para realização da análise coproparasitológica. Para isso, foram avaliadas 91 amostras fecais, sendo 56 de cães adultos, 9 de cães filhotes, 16 de gatos adultos e 10 de gatos filhotes. As amostras foram processadas através do Método HPJ, que tem como princípio a sedimentação simples. Do total de 91 amostras fecais de cães e gatos estudadas, 69 (75,8%) foram positivas para um ou mais tipos de ovos ou cistos de endoparasitos. Verificou-se uma variável ocorrência de agentes parasitário entre as espécies e faixas etárias estudadas. Portanto, destaca-se a importância da realização de exames coproparasitológicos em animais de abrigos para identificação dos endoparasitos, na tentativa de direcionar o tratamento e evitar a transmissão dos agentes parasitários entre os animais. Além disso, constatou-se que a técnica utilizada na análise das amostras deste estudo é capaz de detectar os mais variados tipos de ovos e cistos de enteroparasitos.
Nos efluentes de reatores anaeróbios estão presentes gases produzidos durante o processo de tratamento (e.g. CH4 and H2 S). The techniques for controlling the emissions of the gases presented in this collection of Technical Notes (TNs) are based on the principle of desorption of the dissolved gases in effluent, through their transfer to the gaseous phase. The resulting gas, called waste gas, must be properly managed, for example, by means of its destruction/oxidation in biofilters or biotrickling filters. These biofiltration techniques can also be used to treat the waste gas generated in confined areas for odor and corrosion control in the sewage treatment plants (STPs). In this sense, the present TN seeks to contribute to the knowledge of the H2 S and CH4 treatment process through biofiltration. The necessary conditions for the biofiltration of H2 S and CH4 are quite different, reaching H2 S removal efficiencies between 90% and 100% for detention times between 1 and 2 min, and CH4 removal efficiencies between 70% and 100% for much longer detention times, between 20 and 30 min, considering the use of sequential bioreactor systems.
Anaerobic-based sewage treatment plants (STPs) produce various gases that, if not properly managed, can lead to problems such as odor, corrosion, occupational risks, energy losses, or even intensification of the greenhouse effect. The above-mentioned problems are mainly related to the presence of hydrogen sulfide (H2 S) and methane (CH4 ) in the biogas and/or in diffuse emissions from the various units of the STPs. In this sense, this technical note (TN) aimed at addressing the main aspects related to the generation and control of gaseous emissions in anaerobic-based STPs. This contribution is derived from the experience of experts and professionals of the academic and water utility sectors, as well as from the specialized literature. The techniques of interest are summarized in this TN, being individually detailed in the following TN of the collection “Valoration and management of gaseous by-products of sewage treatment. Part B: Advances in gas emission control techniques for anaerobic-based STPs”.
The techniques for controlling gaseous emissions in anaerobic-based STPs studied in this collection of Technical Notes (TNs) are based on the desorption principle of dissolved gases (e.g. CH4 and H2 S) in anaerobic effuent, through their transfer to a waste gas. The waste gas must be properly managed, for example through its degradation/ oxidation in biofilters (TN 5). This TN considers other approaches to manage the waste gas: (i) its energetic use mixed with biogas; and (ii) its use as a comburent in the burning of biogas. Through mathematical models, the operating conditions of the desorption systems required for both options were established. For option (i), values of the gas / liquid ratio (QG /QL in the desorption system) in the range of 0.03-0.10 are necessary, leading to an increase in the energetic potential in the range of 18 to 58%. For option (ii), it was determined that favourable conditions of biogas production are necessary, along with QG /QL values of less than 2.5.
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