Objetivo: Avaliar o padrão postural e a marcha de pacientes amputados transtibiais unilaterais, de etiologia vascular que realizaram o processo de protetização e reabilitação no setor de Fisioterapia do Lar Escola São Francisco - Centro de Reabilitação. Método: Trata-se de um estudo Observacional Prospectivo Transversal. Participaram do estudo oito sujeitos com média de idade de 60, 4 anos, submetidos à amputação transtibial unilateral até 5 anos da data da análise, por etiologia vascular e que concluíram o processo de protetização com alta da reabilitação até 24 meses. Foi avaliado o padrão postural com o paciente em ortostatismo, sobre uma plataforma de força com os olhos abertos e olhos fechados alternadamente, e também foi avaliada a marcha em uma passarela de 6 metros utilizando uma plataforma de força nivelada e escondida no meio da passarela. Foram colocados marcadores reflexivos no quinto metatarso, maléolo lateral, côndilo lateral do fêmur e trocânter maior, pois duas filmadoras foram dispostas lateralmente para a obtenção das imagens e sendo sincronizadas com a plataforma de força. Resultados: Os dados achados para controle postural em amplitude média de oscilação MANOVA revelaram diferença na visão (olhos abertos e olhos fechados) para direções ântero-posterior (F1,7 = 13.223 p < 0,05) e médio-lateral (F1,7 = 7.872 p < 0,05). Na análise de marcha, a velocidade média foi de 0,72 (m/s) ± 0,18, e não foram achadas diferenças significativas na comparação entre os dois membros nos dados analisados. Conclusão: O estudo demonstrou aumento significativo da oscilação em ortostatismo dos indivíduos com os olhos fechados em comparação com olhos abertos. Parâmetros da marcha não tiveram diferença significativa entre o membro protético e o não protético.
Objetivo: Analisar o perfil epidemiológico dos pacientes amputados de membros inferiores atendidos no Lar Escola São Francisco de 2006 a 2012. Método: A coleta de dados foi realizada de modo retrospectivo com 474 prontuários selecionados para verificar: gênero, idade, etnia, etiologia e nível de amputação, doenças associadas, intervalos de tempo entre a amputação e avaliação inicial e entre a avaliação inicial e a alta, presença de dor fantasma, uso de dispositivo auxiliar para marcha ou locomoção e independência em AVD. Os dados foram analisados descritivamente (porcentagem e média) e foi utilizado o teste do qui-quadrado, com p < 0,05, como teste de diferença de proporção para etnia e etiologia. Resultados: Trezentos e trinta e nove pacientes (72%) eram homens com média de idade de 56,2 anos; os níveis de amputação foram 43% transfemoral e 44% transtibial; a etiologia da amputação foi vascular em 341 pacientes (72%) sendo 73% em caucasianos; hipertensão arterial sistêmica e diabetes melitus foram as doenças associadas mais prevalentes; 267 pacientes (56%) foram protetizados, 100 pacientes (21%) abandonaram o tratamento. Conclusão: A população de amputados atendida no Lar Escola São Francisco no período estudado é composta, em sua maioria, por pacientes do gênero masculino, na quinta década da vida, com amputação de origem vascular nos níveis transfemoral e transtibial. Pouco mais da metade é protetizado, o índice de abandono do tratamento é elevado e o intervalo de tempo para reabilitação ainda é longo.
ACEITO PARA PUBLICAÇÃO fev. 2008RESUMO: O presente estudo avaliou os efeitos na incidência de complicações pulmonares do cuidado contínuo de fisioterapia respiratória no pós-operatório de esofagectomia, até a alta hospitalar. Examinaram-se retrospectivamente 40 prontuários de pacientes de esofagectomia consecutivos (nenhuma exclusão), que foram divididos em dois grupos: um dos que receberam fisioterapia respiratória apenas na unidade de tratamento intensivo (gUTI, n=20) e outro dos que a receberam até a alta hospitalar (gALTA, n=20). Foram coletadas informações referentes ao pré, intra e pós-operatório. Os resultados mostram que gUTI e gALTA, respectivamente, apresentaram-se similares (média±dp) quanto a idade (55,5±9,9 e 57,1±10,8 anos), IMC (22,5±3,3 e 18±4 kg/m 2 ), tempo de cirurgia (400±103,8 e 408,5±142 min), tempo de anestesia (498,3±107,3 e 516±148,9 min) e número de atendimentos de fisioterapia na UTI (9,6±14,9 e 8,3±7,6). Apesar de o gALTA apresentar história de tabagismo superior (35,7±17,6 vs 26,1±18,4 maços-ano, p<0,05), houve menos 20% de complicações respiratórias após esofagectomia nesse grupo quando comparado ao gUTI (10% vs 30%, p<0,05): incidência 75% menor de derrame pleural e 50% menos broncopneumonia. Além disso, o gALTA teve permanência menor de dreno pleural no hemitórax direito (menos 4,5 dias, p<0,05). Estes achados sugerem que os cuidados de fisioterapia respiratória até a alta hospitalar podem reduzir a incidência de complicações pulmonares após esofagectomia por câncer. DESCRITORES:Cuidados pós-operatórios; Esofagectomia/complicações; Esofagectomia/ reabilitação; Fisioterapia (respiratória)ABSTRACT: This study assessed the effects of chest physical therapy all through hospital stay until discharge onto the incidence of pulmonary complications in patients having undergone esophagectomy for cancer. Medical records of esophagectomy patients were examined and 40 subsequent ones selected (none excluded), and divided into two groups: one having received chest physiotherapy only in the intensive care unit (ICUg, n=20) and the other having received it during full hospital stay (DISg, n=20). Information concerning pre-, peri-and postoperative periods were drawn from patients' records. Results show that ICUg and DISg were similar (mean±sd) concerning age (55.5±9.9 vs 57.1±10.8 years old), BMI (22.5±3.3 vs 18±4 kg/m 2 ), operating time (400±103.8 vs 408.5±142 min), anesthesia time (498.3±107.3 vs 516±148.9 min) and number of chest physical therapy sessions in the ICU (9.6±14.9 vs 8.3±7.6 sessions). Despite the fact that DISg patients had higher tobacco consumption than ICUg ones (35.7±17.6 vs 26.1±18.4 packs-year, p<0.05), there were 20% less pulmonary complications in this group when compared to the ICU group (10% vs 30%, p<0.05): lesser incidence (75%) of pleural effusion and 50% less of bronchopneumonia. DISg also had undergone a shorter time (less 4.5 days) with pleural drain on (p<0.05). These findings suggest chest physical therapy care all along hospital stay until discharge may redu...
O edema no coto é umas das complicações mais comuns após uma amputação e pode ser reduzido com o enfaixamento elástico, sendo controlado por medidas da circumetria, utilizando-se fita métrica. A protetização precoce e a prevenção de contraturas são prioridades na reabilitação. Objetivo: Avaliar as medidas da circumetria do coto de amputados transtibiais, após o período pré-protetização e pós-protetização. Método: Foram incluídos sete pacientes amputados transtibiais, com média de idade de 54 anos. Foram consideradas três medidas da circumetria: medida 1 (durante a avaliação da Fisiatria), medida 2 (no 1º dia com prótese - período pré-protetização) e medida 3 (após 12 semanas de uso de prótese - período Pós-Protetização). Resultados: Os dados mostraram a variação das medidas da circumetria dos cotos dos pacientes, tanto no período pré-protetização, como no pós-protetização. Conclusão: O período pré-protetização, com o uso de enfaixamento elástico e realização de exercícios, assim como o pós-protetização, com o treino de marcha com prótese, são capazes de alterar a circumetria do coto. Sugere-se a confecção de uma prótese provisória até a estabilização das medidas do coto para posteriormente confeccionar a prótese definitiva.
A LLAMS é uma escala criada em 2007 com o objetivo de prever o tempo de permanência hospitalar de amputados de membros inferiores; é constituída de 6 domínios (médico, cognitivo, social, físico, atividades de vida diária e outros) e a versão em português da LLAMS foi criada em 2008. Objetivo: Validar a versão em português da LLAMS e avaliar sua reprodutibilidade inter e intra-avaliador. Método: A LLAMS foi aplicada em 50 amputados de membro inferior atendidos no Lar Escola São Francisco. A reprodutibilidade foi analisada por duas avaliadoras que efetuaram 3 entrevistas utilizando a LLAMS. As duas primeiras entrevistas foram realizadas no mesmo dia, sendo que a primeira entrevista foi realizada pela primeira avaliadora e a segunda entrevista foi realizada pela segunda avaliadora. Entre 7-15 dias depois, a primeira avaliadora reaplicou a LLAMS nos pacientes pela terceira vez. Além disso, foi verificada a correlação da LLAMS. Resultados: Na reprodutibilidade intra-avaliador, os domínios Médico e Social obtiveram concordância ótima; já os domínios Cognitivo, Físico, Outros e o Total da escala obtiveram concordância substancial. Na avaliação inter-avaliador, o domínio Médico obteve concordância ótima e os domínios Cognitivo, Outros e o Total da escala obtiveram concordância substancial. Na correlação entre as escalas, o domínio Cognitivo da LLAMS apresentou significante correlação com o item comunicação da MIF (p = 0,0045); após regressão linear foi observada relação inversamente proporcional entre esses itens. Os demais domínios das escalas não apresentaram correlação com a MIF e o SF-36. Conclusão: Foi realizada a validação da versão em português da Lower Limb Amputee Measurement Scale. Todos os domínios apresentaram reprodutibilidade de moderada a ótima, com exceção do domínio AVD que obteve mínima concordância na avaliação inter-avaliador. O domínio cognitivo da LLAMS apresentou correlação inversamente proporcional com o item Comunicação da MIF. Não houve correlação entre o SF-36 e a LLAMS.
Objetivo: Traduzir a versão original da escala Lower Limb extremity AmputeeMeasurement Scale (LLAMS) da língua inglesa para a portuguesa; verificar o nível de compreensão da escala entre os profissionais da saúde e construir uma versão adaptada culturalmente aos profissionais da população brasileira. Método: Foram realizadas duas traduções da escala original americana para o português, e a tradução consensual foi convertida em duas novas versões para a língua inglesa. Estas duas versões foram comparadas com a versão original do instrumento americano e novamente as divergências foram analisadas e modificadas para um consenso com a versão original. Obteve-se uma versão brasileira da LLAMS modificada que foi avaliada em relação à sua equivalência cultural e conteúdo. A versão brasileira da LLAMS foi aplicada em profissionais da área da saúde (n = 20) para avaliação do nível de compreensão de cada sentença. Resultados: Na primeira aplicação, obteve-se 35% de não compreensão no item “data clínica,” e este item foi substituído por “data da consulta médica”. A escala foi então reaplicada, obtendo-se 100% de compreensão. Conclusão: Foi realizada a tradução e a adaptação cultural da versão original do LLAMS da língua inglesa para a portuguesa e quantificou-se o nível de compreensão dos profissionais, obtendo-se 100% de compreensão dos itens após duas aplicações. Com isso, construiu-se uma versão adaptada culturalmente aos profissionais e pacientes da população brasileira.
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