O objetivo do presente estudo foi identificar a literatura existente relacionada à ansiedade em adolescentes no contexto da pandemia por COVID-19. Como metodologia utilizada para escrever esse artigo foi a revisão sistemática da literatura com material pesquisado que estivesse disponível nas bases de dados MEDLINE e Pubmed disponíveis de forma completa gratuitamente publicados a partir de 2020.Os resultados foram compostos com discussão de 16 artigos que foram selecionados após leitura e análise minuciosa do conteúdo. Para uma melhor organização da discussão de resultados, os dados foram divididos em três tópicos específicos, com agrupamento dos mesmos conforme a temática relativa às informações, como segue: 1) Prevenção da ansiedade em adolescente frente à pandemia por COVID-19; 2) Características da ansiedade em adolescente frente à pandemia por COVID-19; 3) Estratégias inovadoras nas intervenções médicas em adolescente com ansiedade frente a pandemia por COVID-19. Conclui-se que a ansiedade foi muito prevalente entre adolescentes durante o surto de COVID-19, uma vez que tal pandemia gerou efeito multiplicador em diversas características da ansiedade. É importante que as autoridades de saúde identifiquem os grupos de alto risco de adoecimento psíquico, para implementar intervenções psiquiátricas e psicológicas adequadas. Ainda há pouca literatura que tenha foco na ansiedade em adolescentes durante a pandemia. Faz-se necessário, portanto, que surjam novos estudos com foco nas estratégias de redução de ansiedade associada a este contexto mundial, a fim de que seja minimizado o impacto negativo na qualidade de vida dos adolescentes.
O propósito deste estudo foi realizar uma revisão bibliográfica com o objetivo de avaliar o comportamento suicida durante a pandemia por COVID-19. Sendo assim, foi realizada uma busca nos bancos de dados do PubMed e Scielo com os artigos científicos publicados entre janeiro de 2020 e abril de 2021. Os descritores utilizados foram Suicide e Coronavírus. Após aplicar os critérios de inclusão e exclusão, foram selecionados 37 artigos. A maioria dos estudos revisados demonstrou que a pandemia exacerbou alguns fatores de risco para o comportamento suicida, como a presença de transtorno psiquiátrico associado, isolamento social, desemprego, uso de álcool, violência doméstica, estigma social, notícias negativas, doenças neurológicas, transtornos do sono, acesso restrito a serviços de saúde e outros. Dessa forma, espera-se um aumento proporcional nas taxas de comportamento suicida durante e após o cenário atual da COVID-19. Ainda são necessárias mais pesquisas na área que contribuam para o reconhecimento precoce de fatores de risco que interferem diretamente no comportamento suicida. É importante que novos estudos foquem no desenvolvimento de estratégias de enfrentamento mais definidas diante dessa problemática, a fim de minimizar o impacto social, econômico e na saúde pública referente ao aumento do comportamento suicida.
O presente estudo é uma pesquisa bibliográfica com o objetivo de analisar as mudanças sofridas nos pacientes com Transtorno Obsessivo-compulsivo (TOC) em tempos de pandemia de COVID-19, por meio da revisão de artigos científicos disponíveis na base de dados Pubmed utilizando os descritores “Obsessive-compulsive disorder” e “COVID-19” publicados no período de janeiro de 2020 a abril de 2021. A reflexão realizada com base na literatura revelou o aumento e alteração na gravidade dos sintomas dos pacientes com TOC, especialmente naqueles que sofrem obsessão de contaminação e compulsão de lavagem. Dos pacientes que apresentaram exacerbação dos sintomas, essa foi associada a uma piora nos sintomas de estresse, ansiedade e depressão. Além disso, foram constatadas, nesse período pandêmico, manifestações de sintomas obsessivos-compulsivos na população geral. Portanto, fazem-se necessárias pesquisas futuras pós Covid-19 para avaliar como evoluirá o quadro clínico dos pacientes que apresentaram exacerbação do TOC, bem como para determinar se os novos sintomas de TOC na população geral estão relacionados a um diagnóstico definitivo de TOC, a uma expressão de ansiedade proporcionada pela pandemia ou a uma combinação de ambos.
Objetivo: Identificar a prevalência e os marcadores de risco para o desenvolvimento da depressão e ideação/tentativas suicidas em adultos com o Transtorno do Espectro Autista (TEA). Métodos: Trata-se de uma revisão sistemática, de natureza qualitativa, sobre a prevalência e os fatores de risco para depressão e ideação/tentativas suicidas em adultos com TEA. O presente estudo utilizou as bases de dados eletrônicos PubMed, LILACS e SciELO em um corte temporal de 5 anos, usando como descritores: “autism" e “depression” / “adults” e “suicide” para busca dos artigos. Resultados: Os quinze artigos incluídos abordam a alta prevalência de depressão e ideação/tentativas suicidas e seus fatores de risco em adultos com TEA. Conclusões: Os adultos autistas possuem risco elevado para o desenvolvimento de depressão e ideação/tentativas suicidas. Eles vivem expostos a diversos fatores de risco, muitos deles ligados às suas características específicas. É notório como os estudos sobre o tema ainda são iniciais, além de que ainda não há instrumentos específicos para a avaliação da depressão e do risco de suicídio nesse grupo. Conclui-se, portanto, que há necessidade de estudos longitudinais para melhor avaliação da prevalência e dos fatores de risco de depressão e ideação/tentativas suicidas em adultos com TEA, com foco na criação de instrumentos específicos e eficazes para rastreamento e diagnóstico dessas patologias psiquiátricas e uma maior e melhor delimitação desses fatores de risco. Para que, assim, estratégias de prevenção do adoecimento desse grupo possam ser traçadas com cada vez mais efetividade.
Objetivo: Buscar discutir, através de pesquisa bibliográfica, as principais causas, fatores de risco, comorbidades associadas, epidemiologia e consequências do uso de metilfenidato nos graduandos de medicina nas universidades brasileiras. Métodos: Vinte artigos das bases de dados Scielo, MEDLINE e Lilacs, em que todos foram revisados na íntegra para compor os dados dessa pesquisa. Resultados: O metilfenidato é conhecido pela sua associação ao tratamento farmacológico do Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH), sendo também utilizado em casos restritos de narcolepsia e obesidade. Devido a sua propriedade de estimulante do sistema nervoso central, esse fármaco tem sido utilizado como alternativa para o melhor desempenho acadêmico frente ao estresse e à alta cobrança advindo das universidades. Considerações finais: Sendo assim, conhecer melhor sobre o uso de metilfenidato neste grupo populacional fornecerá às instituições de ensino informações relevantes sobre epidemiologia, principais causas e fatores de risco, podendo repercutir na ampliação de estratégias que visem à prevenção e suporte dos devidos alunos.
Objetivo: Identificar a prevalência e fatores de risco para o desenvolvimento da síndrome de Burnout (SB) em professores do curso de medicina, bem como seus reflexos na qualidade de vida desses indivíduos. Métodos: Trata-se de uma revisão sistemática acerca da prevalência de SB em docentes do curso de medicina. O presente estudo baseou-se nos princípios metodológicos para busca de artigos nas bases de dados eletrônicas: LILACS, PubMed, SciELO e plataforma Google Acadêmico, com corte temporal de 10 anos (2011-2021). Para o rastreamento dos artigos indexados nas bases de dados foram utilizados os descritores: “Burnout, Professional” e “Faculty, Medical”. Resultados: Incluíram-se 15 artigos, em português, inglês e espanhol. Os artigos abordam a prevalência, consequências, fatores de risco e fatores protetores para a SB em docentes médicos. Conclusão: A SB, em geral, apresenta alta prevalência entre os docentes de medicina. Os estudos demonstram que os professores do curso de medicina estão em condição de relativa vulnerabilidade para o esgotamento mental, pois estão expostos a diversos fatores de risco para o desenvolvimento da SB. Dessa forma, estão relacionados ao aumento da exaustão emocional e despersonalização, resultando em menor realização profissional. Além disso, foi possível estabelecer uma correlação negativa entre Burnout e qualidade de vida dos docentes médicos. Todavia, é necessário maior padronização metodológica e mais estudos na área a fim de se estabelecer melhor o impacto dessa problemática no processo de ensino-aprendizagem e/ou definição de estratégias de prevenção do adoecimento mental dos docentes.
O presente estudo é uma pesquisa bibliográfica com o objetivo de analisar a incidência de sintomas ansiosos e depressivos em estudantes de medicina e os fatores associados ao seu desenvolvimento, por meio da revisão de 20 artigos científicos disponíveis na base de dados bireme e scielo, utilizando os descritores “depression”, “anxiety” e “medical students”, publicados no período de janeiro de 2012 a junho de 2022. A análise realizada com base na literatura estudada mostrou uma maior incidência de sintomas depressivos e ansiosos entre estudantes de medicina, em comparativo com ao público em geral. Diversos foram os fatores de risco associados a essa prevalência, como sexo feminino, distanciamento parental, distância entre moradia e instituição de ensino, menor disponibilidade para lazer e horas de sono, abuso de substâncias lícitas e ilícitas, autocobrança e insatisfação quanto ao curso. Portanto, faz-se necessária a promoção de políticas de incentivo ao cuidado com a saúde mental dos estudantes, com fomento à busca de ajuda profissional e o alerta referente aos sintomas que envolvem o estar ou não com Depressão ou Ansiedade, visando à prevenção e acompanhamento adequados.
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